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Resenha: Morte na Flip

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Livro:Morte na FLIP
Autor:Paulo Levy
Editora:Bússola
ISBN:9788562969171
Ano:2012
Páginas:267
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Sinopse:

Embalado por sua amizade colorida com Dulce Neves, por doses de sua cachaça favorita, por seu empenho como pai à distância e por seu mingau de farinha láctea, o delegado Joaquim Dornelas mais uma vez usa de aguçada intuição e incrível faro policial para desvendar mais um complicado crime.


Resenha:

O crime nunca para, nem mesmo ao decorrer de uma festa literária. Durante a FLIP, o delegado Joaquim Dornelas vê uma estranha cena: um barquinho de passeio saindo para o mar durante a noite. Intrigado, pois esse tipo de passeio é feito somente durante o dia, ele deixa seus subordinados de sobreaviso e vai para casa.

No meio da madrugada, Dornelas recebe uma ligação de um de seus assistentes: um crime foi cometido e um dos mortos, muito provavelmente, é um turista estrangeiro que veio para curtir o evento que estava ocorrendo no local. Porém, quem teria interesse em assassinar um estrangeiro?


Dornelas, com a ajuda de seus assistentes, Solano, Caparrós e Peixoto, além de Dulce Neves, legista e sua recente namorada, correrão contra o tempo para tentar desvendar os motivos que levaram a acontecer um crime tão hediondo. E o pior: o assassino está solto. Será que haverá outras vítimas? A festa literária está manchada; há morte na FLIP.
“– Esse crime vai atrair a imprensa brasileira e internacional como mel para um enxame de abelhas. Se não tomarmos o cuidado de divulgar a notícia de forma organizada, o trabalho da policia será muito dificultado” (p. 67).
Partindo dessa premissa, Levy cria um livro seria excelente. Como eu já havia lido o primeiro livro do autor, Réquiem para um assassino, a minha expectativa quanto a Morte na FLIP era alta. Contudo, o autor conseguiu superar o que eu imaginava e, certamente, entrou para lista de meus autores policiais favoritos.

Paulo Levy soube aproveitar muito bem a trama do livro; todas as possibilidades foram exploradas. Assim como no primeiro livro, o autor conseguiu extrair o melhor de cada um de seus personagens; algo raro em muitos livros policiais. Conseguimos entender o motivo da ação de cada um dentro do livro.


A relação de Dornelas e Dulce também ganha um enfoque especial nesta obra. Mas se você está imaginando um romance meloso, está muito enganado. O autor constrói um relacionamento maduro entre os dois personagens, o que deixa todo o enredo mais convincente.
“O nome do delegado e a introdução macabra de Ruth prepararam o terreno para as más notícias que logo viriam. Um murmúrio coletivo tomou conta do ambiente. Ruth passou o microfone a Dornelas que respirou fundo antes de falar” (p. 76).
Aliás, Dornelas apresenta um amadurecimento enorme do livro anterior para esse. Agora, além de delegado exemplar, ele se mostra um homem mais feliz com a vida, menos melancólico. Ela acaba se tornando um pai melhor, apesar da distância de seus filhos. Ou seja, o autor soube caprichar tanto no assassinato quanto no plano de fundo da obra.

Quanto à diagramação, o livro também não deixa a desejar. Eu gostei muito da capa, pois ela exemplifica perfeitamente a essência do livro. As folhas são brancas, mas como o espaçamento e as letras são grandes, a leitura é rápida e fluída. Mesmo lendo por horas seguidas, como eu fiz, você não sente as vistas cansadas.

O livro é mais do que recomendado, tanto para quem gosta de livros policiais como para quem não gosta, afinal, a trama do plano de fundo deixa o livro mais leve para quem não é fã desse gênero. Certamente o livro irá te surpreender, mas prepare-se: haverá muitas reviravoltas.




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