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Resenha: January Jones – Corrida contra a morte

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Título: January Jones – Corrida contra a morte
Autor: Martin Loweijk
Ilustrador: Eric Heuvel
Editora: AVEC Editora
ISBN: 978-8567901565
Ano: 2016
Páginas: 48
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Sinopse:

A aviadora January Jones viaja pelo mundo a bordo de um avião Havilland Comet, enfrentando conspirações e perigos com muita ação, aventura, suspense e humor.
Clássico do estilo Linha Clara, a série situa a personagem em uma agitada década de 1930, recheada de personalidades e fatos históricos.
Em Corrida Contra a Morte, January Jones deixará os céus um pouco de lado para participar do Rali de Monte Carlo, uma famosa prova que existe desde 1911. Jones pilotará o Viragiro, um carro revolucionário que lhe trará muitas chances de alcançar a vitória. Enquanto tenta chegar ao fim do trajeto, ela luta contra espiões alemães, corredores desleais e encara muita neve.

Resenha:

Jones é uma aviadora mundialmente famosa. Ela é conhecida por sua coragem, por sua constante quebra de recordes e por não recusar uma boa ação. Contudo, por um incidente muito suspeito, Jones será obrigada a deixar de voar e passará a andar entre os meros mortais. Ao invés de asas, agora ela usará um carro de alta velocidade para disputar o Rally de Monte Carlo.

Contudo, Jones não terá uma vida fácil. Alguns participantes do Rally não pretendem competir honestamente; para eles, o importante é vencer. Ademais, a obra se passa na época da ascensão de Hitler na Alemanha, o que fará com que a heroína passe por uma série de dificuldades nesse país. Será que, mesmo assim, a jovem Jones conseguirá seus objetivos?

Corrida contra a mortefoi um HQ me surpreendeu grandemente, tanto pelo enredo quanto pelo capricho da editora.  Comecemos, então, pelo primeiro ponto: o enredo. O trabalho chama a atenção pela não estereotipação da protagonista. Como se passa nos anos 30, eu imaginava encontrar uma mulher submissa dentro de uma sociedade opressora e machista. Muito ao contrário, Jones é uma mulher muito à frente de seu tempo: forte, destemida, batalhadora e muito talentosa. Ela não desanima com as dificuldades e menos ainda se deixa oprimir por conceitos da sua época.


O segundo ponto interessante é a ambientação que ocorre. A história se passa durante a ascensão de Hitler, então temos no trabalho um foco na Alemanha. Conferimos as belas estradas construídas pelo governante, mas também a sua mão forte, o seu sistema de espionagem e suas agências opressoras que não se importam em matar para alcançar os seus objetivos.

Além disso, a abordagem do Rally em si foi muito bem elaborada. É possível perceber as dificuldades que os competidores enfrentavam, principalmente numa época onde as estradas eram ruins ou inexistentes, os carros não eram seguros e a morte pairava a cada curva. É possível sentir a adrenalina que o HQ passa.

Quanto ao trabalho da editora, eu só tenho elogios. Para começar, a tradução está perfeita, sendo feita diretamente do original e contando com várias notas para ambientar o leitor quanto aos fatos culturais que não temos conhecimento. A impressão foi feita em um material de luxo, de altíssima qualidade. Ademais, os traços dos quadrinhos são ótimos. Sem dúvidas, um trabalho de primeira.



Em suma, Corrida contra a morteé um HQ bem original, inteligente e que quebra com muitos estereótipos, sendo perfeito para ser lido por adultos e adolescentes. Independentemente da idade, é uma excelente aposta.

Outras fotos:







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