Título: Elevador 16
Autor: Rodrigo de Oliveira
ISBN: 9788562409455
Editora: Faro Editorial
Ano: 2014
Páginas: 64
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Sinopse:
Estamos em 2017. Cientistas descobrem um planeta vermelho em rota de colisão com a Terra. Depois de muito pânico nos quatro cantos do mundo, eles asseguram que passaria a uma distancia segura. E todos ficam tranquilos acreditando que nada iria acontecer... Mas não podiam estar mais enganados. No dia em que o planeta estaria mais visível, enquanto todo mundo se preparava para observar o fenômeno a olho nu, um grupo seguia para um compromisso chato: trabalhar num sábado na empresa de processamento de dados, pois estavam com muitos projetos atrasados. Na hora do almoço, 16 pessoas entram no elevador... mas ele para entre dois andares. As comunicações não funcionam, nem alarmes, nem celulares, ninguém aparece para ajudar. E eles não sabem que, em todo o mundo, algo muito estranho aconteceu. Em poucos segundos, 10 pessoas caem num surto coletivo, como que desmaiadas. Entre o desespero, tentativas de busca por ajuda, um deles começa a abrir os olhos, mas eram olhos vazios, olhos do mal... Este livro conta uma história que ocorre no exato momento em que o nosso mundo se transforma. Traz personagens que vivem o intenso evento cósmico que mudaria a Terra para sempre.
Resenha:
O conto começa com Mariana aguardando, de modo desesperado, o resultado de seu teste de gravidez de farmácia. Depois de alguns minutos de agonia, o teste anunciou: ela estava esperando um bebê. Seria uma boa notícia, se ela não fosse apenas uma recém-formada e mal tivesse dinheiro para se sustentar. E o pior: o seu namorado, quase ex, estava na mesma situação.
Depois de dar a notícia a Raul, seu namorado, e os dois brigarem ferozmente, ela o manda sumir de sua vida e diz que não deseja vê-lo novamente, nunca mais. Mal sabe ela que os deuses conspiraram ao seu favor e o pedido haveria de ser atendido. Porém, a forma em que eles conspiraram era inimaginável para ela.
“– Tem certeza? Esses testes de farmácia não são muito confiáveis... – Raul argumentou, tentando encontrar algum fiapo de esperança no qual pudesse se agarrar.”
Na hora do almoço, Mariana e suas duas amigas de trabalho, Mayara e Joana, estavam saindo para almoçar. Por ser horário de almoço, acabou pegando um elevador lotado, onde também estava Raul. Contudo, antes mesmo que Mariana tivesse qualquer reação diante da presença indesejada dele, o elevador parou entre dois andares e os sistemas falharam. Os celulares pararam de funcionar e o telefone de emergência do elevador ficou mudo.
Se tudo estava estranho, as coisas pioraram. Subitamente, diversas pessoas desmaiaram ao mesmo tempo e ficaram como se estivessem em transe. Após alguns minutos, eles começaram a acordar, mas já não eram os mesmos. Os olhos eram brancos, o raciocínio era lento e a vontade de comer carne humana era latente.
“– Ei, o pessoal está acordando! – Robson falou, animado. Isso significa que...E mais uma vez se interrompeu, ao notar algo tremendamente estranho em todos.Os olhos. Todos os olhos. Estavam completamente brancos.”
Do despertar dos zumbis até a última página do conto, a ação e o suspense farão com que você passe de página freneticamente. Por ser uma obra pequena, em um dia você consegue saciar sua vontade de descobrir tudo sobre essa nova realidade e fica um desejo incessante de ler O Vale dos Mortos. Afinal, elevador 16 é apenas um incrível aperitivo.
“Todos grunhiam como animais. Eram sons que nunca poderiam ser atribuídos a seres humanos. Eram gemidos das trevas, de seres sem alma e destinados a infligir sofrimento e morte aos humanos.”
A escrita do autor é bem fluída, o que confere uma agilidade ótima ao texto, combinando exatamente com o gênero do livro. Sem falar que, apesar das poucas páginas, o autor consegue dar uma profundidade boa aos personagens, o que torna a obra ainda melhor. Não obstante, como a história se passa no Brasil, há uma familiaridade maior com os personagens.
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“A criatura estava toda ensanguentada e com as roupas em frangalhos, o que permitia ver as costelas do corpo delgado e ossudo. Pedaços de tecidos e músculos pendiam das lacerações da pele que podiam ser vistas por todo o corpo da fera que, como as outras, possuía olhos brancos e sem vida.”
Se tudo isso não fosse motivo suficiente para ler o conto, ainda tem a edição. A Faro manteve o seu padrão de qualidade e entregou aos leitores uma versão bonita, confortável e limitada. Então, corra já e adquira o seu! Não deixe de conhecer a melhor série sobre zumbis desde The Walking Dead!
