Sinopse:
Sam ama fatos. Ele é curioso sobre óvnis, filmes de terror, fantasmas, ciências e como é beijar uma garota. Como ele tem leucemia, ele quer saber fatos sobre a morte. Sam precisa de respostas das perguntas que ninguém quer responder. ”Como Viver Eternamente”, é o primeiro romance de uma extraordinária e talentosa jovem autora. Engraçado e honesto, este é um livro poderoso e comovente, que você não pode deixar de ler. A autora tem apenas 23 anos e embora seja seu primeiro livro, ele está sendo lançado em 19 países, dirigido a crianças, adolescentes e adultos.Resenha:
Quando soube que receberia este livro da Geração, fiquei curiosa para saber mais sobre a obra e tive a sensação de já ter lido-a; ao pesquisar mais afundo, tive certeza. O livro foi publicado em 2008 e, este ano, uma nova edição foi lançada. Reconheci o livro pela capa anterior e pelo personagem. O li em 2009 e a história me marcou profundamente.
Como viver eternamente é uma comovente história narrada pelo próprio protagonista. Sam é um garoto de onze anos que sofre de uma doença chamada glóbulos esferoidais, conhecida como leucemia. Ele adora colecionar histórias e fatos fantásticos.
Sam não frequenta a escola, ele tem aula particular em sua casa, três vezes na semana. A professora Willis aplica os conteúdos para ele e seu amigo Felix. Eles se conheceram no hospital. Sam passou seis semanas internado e, quando estava passeando pelos corredores, encontrou Felix em sua cadeira de rodas.
“Morrer é a coisa mais boba de todas. Ninguém lhe conta nada. Você faz perguntas, e eles tossem e mudam de assunto” (p.19).
A ideia de Sam começar a escrever um livro surge a pedido de sua professora. Como um bom sonhador em ser cientista, ele deseja escrever sobre perguntas que ninguém sabe responder. O garoto, então, passa a escrever um livro; não voltado à sua doença, mas, cheio de pesquisas e histórias curiosas.
O livro tem uma linguagem bem acessível a todas as idades. A leitura é gostosa, fluída e emocionante. A Geração enviou uma embalagem de lenço, juntamente com o exemplar. Certamente, muita gente vai precisar bem mais do que um pacote.
Nicholls toca-nos profundamente com sua obra. Não é um livro que fala da morte, mas trata da vida. Não fala do fim, mas da eternidade. Não foca na tristeza, mas dá lugar a alegria de viver. Sam tinha tudo para chorar, se desesperar e não desejar viver. Porém, ele faz o oposto. Logo no início da obra, ele cria uma lista com oito coisas que deseja fazer.
“Por que Deus faz as crianças ficarem doentes?” (p.38).
Um dos itens que mais me marcou foi a simples vontade de Sam querer subir a escada rolante de descer ou descer a escada rolante de subir. Podemos observar isso como algo simples, contudo, para ele requer um grande esforço, tanto físico quanto psicológico. Sua mãe não o deixa sozinho e, para realizar a sua vontade, era preciso convencê-la ou, até mesmo, fazer escondido.
A forma que Sam encara seus obstáculos é magnífica. Ele sabe absorver as melhores lições de tudo que ele vive. Sua mãe é uma grande guerreira, ela é o alicerce de sua família. O pai de Sam é sempre muito calado, mas sofre em silêncio. A dor de ver o seu filho sofrer, sem poder curá-lo, torna-o, aparentemente frio. Porém, no decorrer da obra vemos que não é essa a realidade.
O protagonista tem uma irmã chamada Bella, ela tem 8 anos. Ela, aparentemente, se mostra muito ciumenta. Enquanto Sam estuda em casa, sua irmã tem de frequentar o colégio todos os dias da semana. Ela quer faltar, mas os pais sempre a proíbem e Bella sempre questiona de um poder e o outro não. Mesmo com esse lado insensível, sua irmã é muito doce e carinhosa, quer sempre o bem do irmão e o ajuda em todos os momentos.
“Deus é como um grande médico. Faz as pessoas ficarem doentes só para depois fazê-las melhorar – do mesmo jeito que os médicos dão quimioterapia às pessoas para fazê-las melhorar. Não importa para Deus se você morrer, porque você acaba indo para o Céu, que é onde Ele vive, de qualquer maneira” (p.53).
A história é recheada de personagens, alguns supérfluos; porém, outros são tão marcantes que é impossível não se emocionar.
A capa da obra é simplesmente linda, a frase da contracapa é bastante reflexiva e marcante. A diagramação é impecável, os detalhes aplicados por Vanderlucio é para colocar muitos diagramadores no bolso. A revisão é perfeita, não notei nenhum erro ortográfico ou algum ou deslize.
Esse livro é recomendado a todo ser humano, basta estar vivo.
“Não me lembro por quanto tempo nós choramos juntos. Mas me lembro de que, quando paramos, ela me deu um lencinho de papel, e eu enxuguei minhas lágrimas, e ela secou os olhos. Senti o quanto ela queria fazer tudo voltar ao normal, mas não tinha como” (p.134).
Título: Como Viver Eternamente
Autora: Sally Nicholls
ISBN: 9788561501006
Editora: Geração Editorial
Ano: 2014
Páginas: 222