Título:A Piada Mortal
Roteiro:Alan Moore
Ilustração:Brian Bolland
Editora:Panini
ISBN:9788573515473
Ano:2011
Páginas:79
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Sinopse:
Um dia ruim. É apenas isso que separa um homem são da loucura. Pelo menos segundo o Coringa, um dos maiores e mais conhecidos - se não o maior e mais conhecido - vilão do mundo dos quadrinhos. E ele quer provar o seu ponto de vista enlouquecendo ninguém menos que o principal aliado de seu maior inimigo: o Comissário Gordon. Cabe ao Cavaleiro das Trevas impedir.
O genial roteirista Alan Moore (Watchmen, V de Vingança) e o artista Brian Bolland (Camelot 3000) mergulharam na mente do Palhaço Psicótico e presentearam os fãs da nona arte com uma das melhores histórias já escritas sobre a origem do Coringa, analisando de forma definitiva sua relação com o Cavaleiro das Trevas e Gotham.
Resenha:
Em primeiro lugar tenho que deixar totalmente claro que sou fã incondicional do Batman, que é meu herói favorito, e também do Coringa, que é o vilão que eu mais admiro; então, talvez a resenha fique um pouquinho imparcial. Outro ponto que devo salientar é que como resenho poucas vezes quadrinhos e HQ aqui no blog, é possível que eu deixe escapar alguns aspectos que alguém já acostumado com o gênero não deixaria.
De início é necessário saber que A Piada Mortalé uma reedição, pois o original saiu há muitos anos, ainda em versão p/b, estilo quadrinho. A edição de luxo que tenho em mãos é colorida e possui capa dura, bem diferente da primeira edição. Outro ponto significativo é que esse é considerado, por muitos especialistas no assunto, o melhor quadrinho do universo do morcego. Quer coisa melhor?
Nesse HQ encontramos mais um duelo entre Batman e o Coringa. O Batman está disposto a ajudar o estranho bandido, achando que pode reabilitá-lo. O herói tem medo que a batalha entre ambos acabe levando um deles a morte. Porém, tratar com o Coringa nunca é nada fácil e o Batman terá muitas surpresas pelo percurso. E a maior parte delas é desagradável, eu garanto.
“Frente ao inegável fato de que a existência humana é louca, casual e sem finalidade, um em cada oito deles fica piradinho” (p. 40).
O enredo é bom? Com certeza. Porém, o que dá um tom ainda mais inteligente à obra é a proposta de elaborar um surgimento para o Coringa, que foi bem original. Além disso, o fim é simplesmente inesperado e incrível; eu terminei a leitura com um sorriso nos lábios, um tanto louco por sinal.
O Batman está muito bem delineado no enredo, mas é o Coringa quem rouba a cena. Ele está ainda mais louco, mortal e sagaz nesse HQ. E o melhor de tudo é que ele consegue explicar de uma maneira bem inteligente e convincente a sua loucura. E para corroborar com todo esse aspecto enlouquecedor, temos desenhos incríveis e com coloração tão viva que é impossível não se sentir refém do vilão.
Não há muito mais o que falar sobre o HQ, vocês precisam ler para entender como esse enredo é insanamente bom. E o leitor ainda ganha uma surpresinha: tem conteúdo extra no final.
“Talvez você me mate. Talvez eu o mate” (p. 43).
Esse, sem dúvidas, é um HQ que indico para todos, fãs ou não.