Certa vez, ouvi um sábio dizer que para tudo há um tempo debaixo do céu. Talvez não fosse um sábio, apenas um homem um pouco mais inteligente do que os demais, que copiara palavras de um livro antigo. Sábio ou não, suas palavras nunca foram tão verdadeiras. Há, realmente, para tudo um tempo.
Há muito tempo, numa galáxia tão distante, eu criei o meu primeiro blog. De lá para cá, entre idas e vindas, consolidei-me como um bom resenhista e tornei-me razoavelmente conhecido. Isso aconteceu, é claro, não apenas por esforço e mérito, mas por muita ajuda, de leitores, de amigos, de conhecidos. As dicas e comentários sempre me fizeram crescer e melhorar. As resenhas foram ficando maiores, melhores... A faculdade veio, passou. A pós também. Isso ajudou ainda mais no desenvolvimento. Amadurecimento e experiência, entre o acadêmico e o aprendido com os milhares de leitores e as dezenas de amigos.
Entretanto, para tudo há um tempo. A vida dá voltas e apresenta novos caminhos. Cabe a nós trilhar ou não. Oportunidades saltam aos olhos; uns agarram, outros não. Eu agarrei. Novas oportunidades geram novos caminhos, novos trajetos e novas escolhas. Trazem consequências, mudam a vida. Mudam o tempo. Tempo... Essa entidade, ora amiga, ora inimiga, geralmente culpada por tudo que não fazemos. Parece desculpa, eu sei; mas hoje falta tempo. Por novas escolhas e oportunidades, por novos projetos, o blog será paralisado. Definitivo? Talvez. Temporário? Quiçá. Há tempo para tudo debaixo do céu. O próprio tempo responderá.
Até lá, agradeço-vos por todo carinho, por todo sentimento compartilhado, por cada palavra distribuída. Agradeço por cada semente literária que vocês plantaram em mim. Espero, da mesma forma, ter plantado muitas sementes em vocês.
Existe um ditado antigo, árabe, se não me engano, que diz que quem planta tâmaras não colherá tâmaras. Por alguns anos, plantei tâmaras aqui com vocês. Provavelmente, não verei muitos dos resultados. Entretanto, espero, sinceramente, que vocês floresçam. Quem planta tâmaras provavelmente não colherá tâmaras, mas sorrirá sabendo que um dia, muito provavelmente, alguém o fará.
Nada jamais continua,
Tudo vai recomeçar!
Quintana, M.