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Resenha: A Batalha dos Mortos

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Sinopse:

Ano 2018. À passagem de um planeta próximo da órbita da Terra, o que era para ser um dia de festa... Pessoas do mundo inteiro prepararam-se para um espetáculo astronômico mas o evento se transforma num pesadelo. Um dia após à maior aproximação do planeta, um imenso calor sobrevêm e 2/3 de todas as pessoas do mundo transformam-se em zumbis. Em São José dos Campos, um grupo cria um centro de refugiados para milhares de pessoas... eles reuniram condições de sobrevivência com água, alimentos e criaram uma grande fortaleza. Agora dedicam-se a encontrar outros focos de resistência e ajudar peregrinos do grande apocalipse. Eles não sabem, mas essa pode ser a maior comunidade de vivos na face da terra. No entanto, próximo a eles, uma outra resistência - perversa e potente -, também cresce. Um grande Comando do Exército é tomado por criminosos do presidio de segurança máxima de Taubaté. Eles resistiram aos zumbis, escravizaram outros humanos e, fortemente armados, se tornam uma ameaça letal à comunidade vizinha. Uma batalha está para acontecer. Um cerco para salvar vidas. E em meio a isso, inúmeras histórias de pessoas vivendo em situações-limite, muito além da sua imaginação. Livro II da série mais original sobre Zumbis desde The Walking Dead!

Resenha:

De tirar o fôlego é a melhor expressão que posso usar para resumir esse livro. O primeiro da série já havia sido incrível e esse continuou no mesmo ritmo: mortalmente viciante e alucinado. Diante desse mundo catastrófico e letal criado por Rodrigo de Oliveira, virar uma página atrás da outra é a solução.

Rodrigo continua a sequência de sua série basicamente no mesmo momento que o anterior terminou. Ivan e Estela, com a ajuda de diversas pessoas, conseguiram erguer um grande centro de refugiados onde milhares de pessoas trabalham juntas para que a espécie humana resista à catástrofe global causada pelo Absinto.



A comunidade estava caminhando bem, cada dia com mais refugiados. Já conseguiam colher alimentos, cuidar de animais, retirar água de poços cartesianos e etc. Um clima de paz diante da batalha pela vida já era sentido. Porém, um contato pelo rádio abalará o estilo de vida desse pacífico grupo.
“O mais perturbador era que se tratava de um rosto assustadoramente familiar. Um rosto conhecido, a face outrora bela de uma mulher. Mas, nos olhos brancos e leitosos do ser, Ivan enxergou o Absinto. Não viu nada menos do que o Inferno, porque aquela criatura era personificação do Mal. Um demônio que fora libertado sobre a Terra para esmagar o que havia sobrado da humanidade” (p. 12).
Não muito distante dali, outro grupo de refugiados se escondia em um quartel do exército. Porém, quando uma gangue de ex-presidiários escapa da cadeia e segue para o quartel, o lugar passa a se tornar um centro de concentração altamente perigoso. As pessoas são transformadas em escravas e são abusadas de todas as formas.

Um confronto se anuncia e tudo que os sobreviventes podem fazer é torcer para que resistam mais um dia naquele inferno. Cabeças rolarão e a batalha dos mortos começará.


Como eu já disse, o livro é de tirar o fôlego. Eu o lia por horas ininterruptas, assim como aconteceu com o primeiro livro da série. Você promete para si mesmo que irá parar, mas o desejo de descobrir o que acontecerá no capítulo seguinte é mais forte. Rodrigo soube prender o leitor de uma maneira incrível.
“O condenado gritou de dor novamente, com lágrimas transbordando de seus olhos. Outro zumbi mordeu seu braço, outro cravou os dentes em todos os lados, sentindo o sangue jorrar por todas as partes. A dor era tanta que ele já não conseguia mais gritar. Assim, engoli todo o sofrimento até que, por fim, sua alma desabou em direção ao absinto” (p. 26).
Assim como no primeiro livro, os personagens são muito bem construídos. A maior parte é formada por velhos conhecidos, como Ivan, Estela, Adriana, Gisele e Zac. Porém, novos personagens serão apresentados e são estes trarão grandes dificuldades aos protagonistas. Sem contar que pintará duas novas candidatas a entrar no rol de personagens principais.

A ambientação do livro continua sendo na cidade de São Paulo pós-apocalíptica, o que confere uma proximidade do texto com o leitor, o que não é encontrado em grandes livros do gênero como The Walking Dead. Além disso, o autor foge do ponto comum sobre os zumbis, criando explicações totalmente originais para o surgimento desses monstros.


Se não bastasse o enredo original e a qualidade literária da obra, o livro ainda consta com uma diagramação impecavelmente assustadora. O início dos capítulos tem detalhes bem trabalhados, há páginas negras na obra, sem falar que a capa ficou excelente. Mais uma vez a Faro Editorial merece parabéns pelo trabalho bem feito.
“Foi quando Isabel assistiu a uma cena que parecia ter saído de um pesadelo. O homem cambaleante avançou sobre a moça infeliz e agarrou-a pelos cabelos. Ela tentou se desvencilhar, sem sucesso, e na sequência ele a mordeu. E depois, desferiu uma mordida na bochecha, tão forte que rasgou a pele como se ele estivesse mordendo um pedaço de pão” (p. 77).
Por tudo isso e muito mais, eu indico A Batalha dos Mortos. Quem gosta de ação, fantasia e principalmente de zumbis amará o livro. Mas prepare seu estômago e confira suas armas, os zumbis estão se tornando cada vez mais violentos e assustadores.

Livro: A Batalha dos Mortos
Autor: Rodrigo de Oliveira
Editora: Faro Editorial
ISBN: 978-85-62409-22-6
Ano: 2014
Páginas: 310

Livro 2: A Batalha dos Mortos

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