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Resenha: Poesias que Sangram

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Sinopse:

Poesia. Uma palavra composta por seis letras e milhares de sentimentos. Difícil traduzir em significado, mas que pode aliviar, enfatizar ou fazer com que o poeta transforme-se através da arte da escrita. Uma coleção delas? Mais que um livro... um pedaço da alma de quem escreve. Por isso, são mágicas e especiais. Poesias que Sangram presenteia o leitor com alegria, drama, dor, amor, infelicidade e outras caixinhas de elementos abstratos que somente podem ser entendidos por almas melancólicas e sensíveis. A prova de que as palavras podem de alguma forma transformar pessoas e o mundo. Escrito em aproximadamente três meses, foi confeccionado através de várias inspirações, entre elas as escritas de grandes poetas como Vinicius de Moraes, Charles Baudelaire, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Renato Russo, Cazuza e tantos outros. Um livro que promete mexer com os sentimentos e a sensibilidade do leitor de maneira ímpar.


Resenha:

Conheço a Paloma Virício há alguns anos, pois acompanho o blog dela, Monólogo de Julieta, mesmo antes da criação do Desbrava(dores) de Livros . Quando soube que ela havia lançado um livro, quis ler e não me decepcionei. Vamos conhecer um pouco mais sobre Poesias que Sangram?

O livro é divido em três partes e apresentam claramente três momentos distintos do eu lírico. A primeira parte, Elas Sangram, é angustiante. O eu lírico expõe toda a sua dor e amargura, joga-as no papel e transforma em poesia. Através de versos intensos somos levados a perceber como é sofrível as consequências do amor.

Aliás, falando em amor, ele é o começo, meio e fim da obra. Afinal, como muito bem disse Mario Quintana, toda poesia fala de amor, não importa qual seja o assunto dela. E percebemos exatamente isso em Poesias que Sangram. Não importa o motivo do sofrimento, o amor está lá, latente, pulsando, sangrando em cada folha.

“Meus músculos... agonizam por descanso,
Mais fascinante que a paz, seria a morte?
Ou seria na morte que encontraríamos
A verdadeira paz?”
Porém, nem tudo é tristeza nesse livro. Na segunda parte da obra, Cicatrizam, o eu lírico volta a ver uma possibilidade de cura, ele começa a crer que a tristeza não é permanente. A angústia não é eliminada, mas é possível enxergar um brilho, mesmo tenro, na alma daquele que joga os versos no papel.

A segunda parte do livro também é destinada a reflexões sobre a vida. Pode-se dizer que o poeta está em um momento de autodescobrimento, ele está reavaliando o que está a sua volta, suas ações e consequências. Nitidamente acontece um amadurecimento.

“A pele continua ardente,
Ferve, como vinho
Em veias quentes.
Os poros adormecem,
Esquecem, lembram
E destroem,
A dor de um grande amor”.
Na terceira parte, Regeneram, o poeta redescobre o colorido do mundo, percebe a sensação plena da libertação da alma. Porém, essa última parte também me fez lembrar o verso de Vinícius que diz “Tristeza não tem fim, felicidade sim”. O livro me fez pensar em ciclo, e que, muito provavelmente, o eu lírico voltaria ao choro, pois a vida é assim: uma eterna construção e demolição.

Paloma consegue, nesse livro de estreia, conquistar os leitores. Os românticos certamente se encontrarão perfeitamente nas palavras; os mais racionais talvez não se vejam nos versos, mas mesmo assim gostarão da leitura. Em geral, o livro é indicadíssimo. Leiam, vocês não irão se decepcionar!


Livro: Poesias que Sangram
Autora: Paloma Virício
Editora: Clube de Autores
Ano: 2014
Páginas: 204
Compre o livro aqui.


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http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/09/resultado-do-top-comentarista-de-agosto.html

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