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Resenha: Terras Metálicas

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Sinopse:

A Última Guerra lavou a atmosfera com uma massa nuclear, tornando-a incapaz de sustentar a vida. Para continuar sobrevivendo, a humanidade precisou se adaptar, isolando-se numa atmosfera artificial: a Esfera, local onde tem se mantido com o passar das gerações. A utopia da sociedade reinou desde então, com a paz sendo mantida com mão de ferro pela Elite. Mas essa paz pode acabar…
Raquel é uma recém-formada em primeiro nível na Academia, que passa seu tempo livre entre Saturno – o parque temático da Esfera – e divagações sobre seu sonho de voar. Ao iniciar uma nova etapa de vida, ela vai encarar a cerimônia de implante que pode tornar esse sonho realidade, se a habilidade dos Túneis lhe for conferida. Mas essa nova etapa também vai levá-la por caminhos perigosos… Raquel descobrirá que o IA, responsável por todos os sistemas de sobrevivência da Esfera, está com os dias contados. Como manter a sanidade sabendo que a vida tal qual você conhece está para acabar? Raquel ainda não tem essa resposta, mas vai precisar encontrá-la. E para isso ela precisará, mais do que nunca, da ajuda de seus amigos… Tashi, Tales, Ângelo, Camila, Liceu, Isabela e Nirvana lhe darão sustentação quando tudo o mais na utópica Esfera estiver ruindo.

Resenha:

Uma grande guerra acontece e a atividade nuclear durante o combate é intensa, trazendo ao fim o mundo como conhecemos hoje. Para sobreviver, a espécie humana cria uma esfera metálica nas entranhas da terra, fechada hermeticamente, evitando, assim, qualquer comunicação com o mundo exterior e, principalmente, a entrada de radiação que assola a superfície.

O livro é narrado em terceira pessoa e foca as vidas de Raquel, Camila, Isabela, Ângelo e Tales, além dos tashis Tashi, Liceu e Nirvana. Bem no começo do livro, é mostrado como a Esfera funciona, desde a Academia (escola de formação) aos chips que são implantados nos adolescentes, proporcionando-lhes habilidades especiais.


“O tashi era uma pequena esfera, um pouco maior que as extintas bolas de tênis. Metade de sua superfície era recoberta por metal e microcircuitos, com minúsculos pontos e linhas azuis, a outra era um visor côncavo capaz de reproduzir imagens, dar notícias ou acessar a televisão local, mas que na maior parte do tempo apresentava um fundo branco com dois pontos robustos e um risco, numa imitação simplória do rosto humano.” (p. 9)




Após receber os chips, as pessoas passam a ser enquadrada em uma das cinco classes: Túnel (pessoa que ganha o poder da telecinese), Antena (pessoa que pode ler e manipular mentes, sendo a habilidade especial mais rara), Bio (pessoa com poder de controlar mudanças no próprio corpo), Sibério (pessoa que possui controle sobre a temperatura) e Exilado (pessoa que não desenvolve nenhuma habilidade específica).


“Os chips agem diretamente na medula, sendo ativados pelos impulsos elétricos que passam por ela. Cada pessoa produz determinada quantidade de impulsos, e é isso que lhes confere as diferentes habilidades. Porém, há uma delicada faixa que é incapaz de ativar o chip e é o que acaba tornando a pessoa um Exilado.” (p. 37)


Como mencionado na sinopse, a Esfera é regida pela Elite. Essa liderança foi consagrada na última grande crise ocorrida por causa do crescimento exponencial da população e um atraso no IA. Desde lá, a paz reinou nas terras metálicas e a segurança voltou a se fazer presente.



Contudo, como nem tudo são flores, Raquel, depois de receber seu chip e desenvolver uma habilidade específica, descobre que o atraso no IA, o mesmo que gerou a primeira grande crise, nunca foi solucionado. Para piorar, a Facção, um grupo que não concorda com a Elite e nem com suas medidas unilaterais, tentará tomar o controle da esfera, iniciando, se necessário, uma miniguerra civil.


“– A justiça nem sempre é justa – Isabela bufou.
– O que isso quer dizer? – Tales perguntou.
– Quer dizer problemas.” (p. 266)


Raquel, juntamente com seus amigos, tenta descobrir mais sobre os problemas que afligem a Esfera e acabam esbarrando nos interesses da tão temida Facção. O cotidiano dos pequenos heróis é transformado e a vida normal de estudante parece ter ocorrido milênios antes.

Para sobreviver e lutar pelo bem da Esfera, Raquel, Camila, Isabela, Ângelo, Tales, Tashi, Liceu e Nirvana enfrentarão perigos inimagináveis, lutarão com inimigos poderosos e encontrarão apoio e proteção onde menos se espera.



“- (...) A Facção existe e está agindo por aí... E escute o que vou dizer: mais cedo ou mais tarde vai ser impossível ignorá-la.” (p. 103)


Renato C. Nonato cria uma distopia, nos presenteando com personagens cativantes e um cenário incrível. Depois que você começa a leitura, não quer desgrudar do livro até que ele termine.

Das distopias que já li, essa é uma das que mais recomendo. Sem dúvida, você irá adorar!

Adquira o seu exemplar através da editora Novo Século, Saraiva ou diretamente com o autor.


Livro:Terras Metálicas
Autor:Renato C. Nonato
Editora:Novo Século
ISBN:9788576797968
Ano:2012
Páginas:616



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