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Resenha: Mulheres Guerreiras

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Livro: Mulheres Guerreiras
Autora: Fátima Rosalina Castelo Branco
Editora: Pandorga
ISBN: 9788561784553
Ano: 2014
Páginas: 156
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Sinopse:

Mulheres guerreiras são tantas... as que saem para trabalhar fora, as que ficam e cuidam da casa e dos filhos, as que estudam, a semianalfabetas, pois não tiveram tantas oportunidades, as cheias de filhos e as que não tem nenhum, mas dão tanto amor aos filhos do coração, seus ou não!
As mães, as esposas, as filhas, as sogras, as noras, as cunhadas, as avós, as bisas, as irmãs e acima de tudo as irmãs-amigas... senão de sangue, de consideração, apoio, carinho, apego e paixão.
Não importa! Todos têm uma guerreira em sua vida! Quem é a sua?
Quem ficou ao seu lado, ensinou direcionou, ajudou e teve toda paciência na hora que você mais precisou?
Quem é a sua mulher guerreira?
Talvez seja você mesmo!!! Quem sabe?

Resenha:

Mulheres Guerreiras foi um livro que me ganhou, inicialmente, pela capa e pelo título que são bem chamativos. Após ler uma resenha, imaginei que fosse um livro de crônicas sobre a luta de mulheres na sociedade. Não são crônicas; na verdade, é um livro de memórias. E, confesso, que me surpreendi com o gênero.

A autora inicia o livro falando sobre sua amizade com Guiomar, uma senhora de 94 anos que, mesmo enfrentando muitas dificuldades, venceu na vida. Essa doce senhora superou a escravidão, a não inclusão na sociedade e a tristeza. Com tantas provações, adquiriu sabedoria e muita experiência.


Fátima afirma na obra que escreve em homenagem a Guiomar, sua mestra, para demonstrar os ensinamentos que teve com ela. Porém, de um certo momento em diante, percebemos que não é só a sábia senhora que tem a ensinar; a autora também começa a fazer suas considerações e relatar tudo que a vida lhe ensinou.

“Digamos que a rebeldia seja uma característica inerente, sim, a toda juventude, pois se trata de um momento de nossa vida em que buscamos avidamente por todas as coisas que satisfaçam nossas necessidades imediatas, e a juventude nos permite arriscar e enfrentar as consequências que atitudes rebeldes tatuam irrevogavelmente em nossa experiência de vida” (p 16).



Há quem vá classificar o livro como autoajuda. A princípio, eu também o faria. Porém, percebi uma particularidade na obra que me surpreendeu: a autora, em nenhum momento, nos diz que devemos fazer isso ou aquilo. Ela relata suas experiências, nos mostra a sabedoria de Guiomar e para por aí. Ao leitor resta relacionar tal conhecimento com sua vida e aplicá-lo ou não.

Uma particularidade que me agradou bastante foi a diversidade de temas que a autora conseguiu elencar no livro: família, superação, religião, política... Fátima fala de um tudo um pouco, compartilhando suas visões e o que a vida lhe ensinou na prática. Obviamente há pontos que não concordei com a autora, mas é exatamente isso que faz o livro ainda melhor. Afinal, é enxergando as opiniões opostas que podemos formar as nossas com mais consistência.


Não obstante, o livro ainda possui uma escrita fluida e que parece muito mais com uma conversa. O leitor se sente ao lado da autora enquanto ela compartilha suas opiniões. Isso, associado a uma diagramação linda e confortável e a um número reduzido de páginas, faz com que a leitura seja rápida. É possível ler toda a obra em algumas horas.

“Mulheres Guerreiras atuam sempre com intensidade, buscado o campo das realizações e ampliando horizontes. Manifestam seus pensamentos e práticas, angariando os melhores resultados possíveis” (p. 40).



Para quem quer se afastar um pouco dos enredos fantásticos, Mulheres Guerreiras é uma excelente pedida. Aliás, uma conversa franca e algumas opiniões, mesmo contrárias as suas, é mais do que necessário de vez em quando. Leia com a mente aberta; dona Guiomar tem muito a te ensinar.


http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/11/resultado-do-top-comentarista-de.html

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