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Resenha: 72 horas para morrer

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Sinopse:

Pior do que conhecer um Serial Killer, é um Serial Killer conhecer você! “O Carro pertence à sua namorada.” Com essas palavras, Júlio Fontana, delegado da pacata cidade de Novo Salto, tem a vida transformada em um inferno. Pessoas próximas começam a ser brutalmente assassinadas, como parte de uma fria e sórdida vingança contra ele. Agora, Júlio terá que descobrir a identidade do responsável por esses crimes bárbaros, antes que sua única filha se torne o próximo nome riscado da lista. 72 Horas para Morrer é uma corrida frenética contra o tempo, que prenderá o leitor do início ao fim.






Resenha:

Quatro histórias eletrizantes...

Júlio Fontana é o delegado da cidade de Novo Salto. Ele tem uma filha chamada Laura e tem um relacionamento amoroso com Agatha. A história do livro se inicia com Agatha em um lugar escuro, amarrada numa cadeira e com uma fita adesiva em sua boca. A primeira parte se desenvolve no misterioso motivo por ela estar naquelas condições.

Paulo Carvalho é um amigo de infância de Júlio Fontana. Tornou-se padre, porém, jamais abandona as idas ao bar para apreciar uma cerveja. Embora o padre coloque a cerveja e a água benta para caminhar de mãos dadas, ele sempre é bastante respeitado na cidade de Novo Salto.

Miguel é um ex detento que foi solto após cumprir sua pena. Ele foi acusado de assassinar a pessoa que Júlio mais amou na vida. O padre resolve trabalhar o coração de Miguel, mostrando que ainda existe mudança naquela alma.

“Não podia acreditar no que acabara de ouvir. Sabia que aquele dia chegaria e percebi que nunca havia me preparado para tal. Mas agora seria diferente. Minha cidade, minhas regras. Podia tornar a vida de Miguel um verdadeiro inferno se quisesse. E queria.” (p.15).

Felipe Diniz é um ex jardineiro de Júlio. Trabalhava na residência do delegado na época em que a mãe de Laura ainda era viva.

Que se cruzam numa trama envolvente...

 Júlio Fontana está sofrendo graves ameaças. Seu maior medo é perder sua filha Laura, então, ele coloca um segurança para protegê-la. Ao acordar, o delegado encontra bilhetes dentro do jornal e fita com gravações são entregues a ele. Todo trabalho é feito para que Júlio siga as pistas e descubra muito mais do que deveria. São 72 horas para morrer, será que ele consegue sobreviver até o final?

“Acho que você está confundindo meu uniforme de policial com o de um garçom. Não estou aqui para lhes servir bebidas. Se quiser algo, vá você mesma pegar.” (p.43).

O que todas essas histórias poderiam ter em comum para que haja ligação? Ricardo consegue misturar romance, sangue, muitas mortes e vingança de uma forma incalculável. O modo que ele narra os homicídios são de forma fria, horrenda, mas muito incrível. Ele corta, trucida, arranca pedaços, costura. Ricardo consegue descrever tudo o que um psicopata poderia fazer ao torturar até a morte.

“Há certas coisas na vida que nos marcam para sempre. Situações que penetram nossa pele criando crostas duras e ásperas como as que aparecem nas pedras banhadas pelo oceano – do tipo que nos fazem acordar suados, no meio da madrugada” (p.133).

Ao ler essa obra, a vontade que temos é de devorar o livro o mais rápido possível. Toda parte é um mistério revelado, é um fôlego perdido e atenção dobrada.



“O silêncio imperou no ar pelos segundos que sucederam àquela revelação. Apesar da força daquelas palavras, custei a acreditar que Felipe falava a verdade. Aquela ideia veio penetrante como uma faca afiada, e admitir a veracidade do que ele falava seria como retorcê-la dentro do meu próprio peito” (p.220).

Um excelente trabalho feito pelo autor. A revisão e diagramação foram impecáveis. Confesso que a editora Novo Século tem me decepcionado muito com os livros publicados, porém, esse livro só notei um pequeno erro de digitação: a palavra foi separada. O restante, o trabalho foi muito bem feito. Ao notar a qualidade da revisão, fiz questão de observar por quem foi realizada e notei que foram três pessoas. Por mais que tenha deixado um pequeno erro passar e a sinopse, com o nome do protagonista sem acento, o trabalho foi de qualidade. Já que muitos livros foram lidos e a Novo Século pecou por não fazer o seu serviço com maestria.

Uma observação cabe, também, para a capa. Muito chamativa, com um olhar te convidando para apreciar a leitura e conhecer essa história incrível. Uma obra mais do que indicada aos amantes de todo gênero literário.

“A vingança move, alimenta, energiza. É água no deserto. Uma amargura doce que dá sentido à vida. O ódio, diferente do amor, permanece conosco. Para sempre. Enquanto o amor é efêmero, o ódio enraíza na alma, modifica, transforma. Odiar, meus amigos, é a essência da vida!” (p.229).

E faz com que o final seja emocionante e inesperado!

  
“Pior do que conhecer um Serial Killer, é um Serial Killer conhecer você!”


Adquira o seu exemplar através do site da editora Novo Século, Submarino, Saraiva ou tenha o seu autografado, comprando diretamente com o autor.


Autor:Ricardo Ragazzo
Título:72 horas para morrer
ISBN:9788576794950
Editora:Novo Século
Ano:2011
Páginas:254

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