Título: Cidade dos Anjos Caídos
Autora: Cassandra Clare
ISBN: 9788501092717
Editora: Galera Record
Ano: 2013
Páginas: 364
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Sinopse:
A guerra acabou e Caçadores de Sombras e integrantes do submundo parecem estar em paz. Clary está de volta a Nova York, treinando para usar seus poderes. Tudo parece bem, mas alguém está assassinando Caçadores e reacendendo as tensões entre os dois grupos, o que pode gerar uma segunda guerra sangrenta. Quando Jace começa a se afastar sem nenhuma explicação, Clary começa a desvendar um mistério que se tornará seu pior pesadelo.
Resenha:
Cidade dos Anjos Caídos dá início à chamada “segunda trilogia” da série Os Instrumentos mortais. E começou bem, por sinal, principalmente porque o grande protagonista muda: Clary e Jace saem do centro das atenções, apesar deles serem essenciais para a trama, e Simon ganham os holofotes. Como ele é meu personagem favorito, a trama me agradou muito.
A vida de Simon mudou radicalmente. Ele não queria se tornar um vampiro, mas infelizmente não teve escolhas quanto a isso. Se não fosse o bastante, ele recebeu uma “maldição”, a marca de Caim. Ou seja, qualquer um que tentar fazer mal a ele será punido pela ira divina. Há quem pense que isso é um benefício, mas isso só faz Simon se achar ainda mais estranho.
Por ele ser um vampiro diferenciado, vários grupos do submundo desejam sua companhia. O que já era indesejável para ele, se torna ainda pior quando ele começa a ser perseguido por homens encapuzados. Enfim Simon terá que se assumir como um vampiro e enfrentar as consequências de seus poderes.
“Mas seu pai havia lhe ensinado que matar sem piedade era uma virtude, e talvez fosse impossível esquecer o que os pais ensinavam. Independente do quanto quisesse” (p. 64).
Não obstante, mortes estranhas começam a acontecer e o submundo volta a borbulhar. A paz que foi selada pode chegar ao fim novamente e a guerra pode estourar antes do que todos imaginam. E o pior: Simon, Jace, Clary e Isabelle podem estar no epicentro de tudo.
A partir daqui, resenha livre de spoiler.
Eu achei a premissa do livro muito boa, já o enfoque foi no personagem que eu gosto. Mas tenho que admitir que, apesar de Simon ter evoluído bastante, outros personagens regrediram, principalmente Jace e Clary. Além disso, temos menos ação do que no livro anterior, o que pode incomodar alguns leitores mais ávidos por aventura e lutas.
Jace, que sempre foi um personagem marcante e irônico, está bem mais soturno nessa obra. Já não há grandes tiradas e menos ainda uma participação ativa. Ele parece apenas “apanhar” da realidade. Clary, por sua vez, havia melhorado um pouco no livro anterior e se tornado uma personagem mais forte. Mas essa fase passou. Ela voltou a ser a menina cheio de mimimi e que precisa ser salva. E, claro, faz um drama enorme toda vez que acha que Jace a está ignorando.
“– Às vezes, Clary – disse ele –, o amor não basta” (p. 125).
Porém, em contramão a esses dois, temos uma surpresa: juntamente com Simon, Isabelle também cresce na obra, o que é maravilhoso, já que ela é uma das melhores personagens. Ela se torna ainda mais forte, decidida; e, claro, continua a chicotear as pessoas e coisas, o que eu adoro.
Quanto à parte física, assim como os anteriores, o livro não deixa a desejar. A capa é bela, assim como a diagramação. Além disso, as folhas são amareladas, a letra tem um tamanho confortável e o um espaçamento agradável, o que torna a leitura ainda mais ágil.
De uma maneira geral, o livro é bom e dá uma sequência satisfatória à série. Para quem gosta de fantasia juvenil e/ou da escrita da autora, o livro é mais do que indicado.