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Resenha: O Jovem Sherlock Holmes – Nuvem da Morte

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Título: O Jovem Sherlock Holmes – Nuvem da Morte
Autor: Andrew Lane
ISBN: 9788580570625
Editora: Intrínseca
Ano: 2011
Páginas: 288
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Sinopse:

Sherlock Holmes tem apenas catorze anos quando, ao caminhar por um bosque, descobre um cadáver. Trata-se de um homem. Está coberto de pústulas. É então que Holmes começa uma nova vida.
Sua mente destemida e a sede de aventuras conduzem-no por uma jornada capaz de deixar qualquer um sem fôlego: da tranquilidade da vida no campo ao submundo das docas londrinas, enfrentando fogo, espionagem e sequestros, até o cerne de uma aterrorizante trama que poderá mudar o futuro da Grã-Bretanha.

Resenha:

Sherlock Holmes, antes de ser um grande detetive, foi uma criança como qualquer outra. Ele estudava em um colégio apenas para garotos e tinha pouquíssimos amigos. Exatamente por isso ele ansiava entrar de férias; porém, quando esse feliz dia chegou, ele teve uma triste notícia: ele não poderia ir para casa, teria que passar dois meses na casa de seus tios.

Lá, além dele não ser bem-vindo, sofria de tédio, pois não havia nada para fazer. Ele temia ter as piores férias de sua vida. Mas nada é tão ruim que não possa piorar, não é isso? E nesse caso piorou: seu irmão contrata um tutor para lhe dar aulas durante as férias. Certamente nada estava dando certo para o jovem Holmes.

Contudo, durante uma de suas aulas no bosque adjacente à casa de seu tio, Sherlock encontra um cadáver. Porém, o mais esquisito é que o corpo do defunto estava coberto de bolhas. Ele resolve que precisa descobrir de qualquer jeito o porquê o homem morreu. E, a partir de então, suas aulas talvez não sejam mais tão chatas.
“O jovem sentiu a pressão a pressão no peito, mas controlou as emoções. Se aprendera uma lição durante seu tempo em Deepdene, era que uma pessoa nunca deveria demonstrar emoção. Caso contrário, isso seria usado contra essa pessoa” (p. 15).
Andrew Lane criou um livro muito ambicioso e que promete mostrar como Sherlock Holmes começou a se dedicar a ser um grande detetive. Uma das promessas do livro foi cumprida: realmente é um excelente livro policial para jovens. Porém, na minha visão, na maior das promessas o autor não logrou êxito: recriar Sherlock durante a adolescência.

O protagonista apresentado em nada lembra o Sherlock da vida adulta e isso, em muitos momentos, fez com que eu desconfiasse que ele não fosse o verdadeiro Holmes. Apesar de o garoto ser bastante curioso, algumas das principais características do detetive adulto foram esquecidas: excentricidade e um pensamento dedutivo muito acima da média.

Apesar dessa minha desconfiança em muitos momentos, o livro não é ruim. Aliás, para adolescentes que nunca leram uma verdadeira obra do Sherlock, ele certamente será eletrizante. Como livro de suspense policial ele cumpre seu papel. Mas para quem já é fã do famoso detetive, o livro será uma decepção, no mínimo.
“Sherlock duvidava de que a matemática pudesse algum dia ser importante, e a deixara de lado. Ele adoraria “encher o depósito de sua mente” com coisas como arte e música, que considerava interessantes, mas equações era algo que podia dispensar” (p. 54).
Embora haja diferenças na criação de Holmes, é impossível não elogiar a escrita simples, interessante e ágil do autor, além da ótima revisão e diagramação realizada pela Intrínseca. Com folhas amarelas, espaçamento e letras de tamanho agradável e um livro bonito, a leitura se torna ainda mais agradável.

De uma forma geral, o livro é bom e é indicado para quem nunca teve contato com a escrita do Arthur Conan Doyle e quer conhecer uma possível faceta de Holmes. Porém, os leitores mais adultos talvez não consigam se conectar ao protagonista.



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