Título: Um amor para recordar
Autor: Nicholas Sparks
ISBN: 9788563219831
Editora: Novo Conceito
Ano: 2012
Páginas: 240
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Sinopse:
Cada mês de abril, quando o vento sopra do mar e se mistura com o perfume de violetas, Landon Carter recorda seu último ano na High Beaufort. Isso era 1958, e Landon já tinha namorado uma ou duas meninas. Ele sempre jurou que já tinha se apaixonado antes. Certamente a última pessoa na cidade que pensava em se apaixonar era Jamie Sullivan, a filha do pastor da Igreja Batista da cidade. A menina quieta que carregava sempre uma Bíblia com seus materiais escolares. Jamie parecia contente em viver num mundo diferente dos outros adolescentes. Ela cuidava de seu pai viúvo, salvava os animais machucados, e auxiliava o orfanato local. Nenhum menino havia a convidado para sair. Nem Landon havia sonhado com isso. Em seguida, uma reviravolta do destino fez de Jamie sua parceira para o baile, e a vida de Landon Carter nunca mais foi a mesma.
Resenha:
Esse é o terceiro livro que leio de Nicholas Sparks. Prometi a mim mesma que daria uma terceira oportunidade à escrita do autor. Afinal, li A escolha e a obra me decepcionou em todos os sentidos possíveis. Resolvi que precisava tirar essa visão deturpada e então li Diário de uma paixão, a impressão de história forçada, clichê e com um triângulo amoroso apenas permaneceu. Não contente, resolvi embarcar em mais uma história, queria ter a certeza se a maneira do autor trabalhar o enredo era sempre dessa forma ou se foi apenas mera coincidência da minha parte. Bom, posso dizer que até me surpreendi positivamente com Um amor para recordar.
Landon Carter é quem nos convida a conhecer sua história. Enquanto narra, ele tem 57 anos. Ele retoma sua vida quando tinha 17, em 1959. Carter está no ensino médio, assim como Jamie Sullivan. Porém, mesmo com esse algo em comum, eles tinham muitos contrapontos. Enquanto Landon é o típico “bad boy”, o que é bem diferente de hoje em dia, se fôssemos pesar na balança. Seus pais são ricos e proporciona a ele uma vida confortável nesse aspecto, mas o que ele mais deseja é atenção e carinho do seu pai, o que não recebe por muitos anos. Ele faz parte de um grupo de amigos, são todos muito bagunceiros, por sinal. Além disso, adoram tirar sarro da roupa de Jamie e a maneira que ela leva a vida. Em contrapartida, Sullivan é filha de um pastor da cidade e mora apenas com ele, já que sua mãe falecera há muitos anos.
“Meu nome é Landon Carter, e tenho 17 anos.
Essa é a minha história — e prometo contar tudo.
No início você vai sorrir, e depois, chorar — não diga que não avisei”.
A garota ajuda as pessoas sem esperar reciprocidade. Claro que Landon se aproveita da bondade dela e a pede um favor usando da inocência de Jamie. O que ele não sabe é que tudo o que ele faz acabará saindo caro. Quando Landon acha que tem todas as cartas do baralho nas mãos, ele acaba sofrendo as consequências disso. Sente vergonha do que os amigos vão pensar por estar perto da garota, por conversar com ela e, por vezes, Carter evita contato quando o grupo está por perto.
É a típica história de que os opostos se atraem. No entanto, a maneira como o autor trabalha a obra faz com que tudo seja emocionante e o segredo presente no livro, quando revelado, cause uma grande comoção em quem está lendo. O “bad boy” se apaixona pela garotinha humilde e religiosa. Porém, Carter não sabe que Jamie guarda um segredo que pode abalar a vida do rapaz e, quando ele descobre, já é tarde demais para evitar as comoções.
“A vida, eu aprendi, nunca é justa. Deveriam ensinar isso nas escolas”.
A obra é, sem dúvidas, algo que prende o leitor e deixa-nos sem palavras. A forma narrada proporciona uma leitura fluida. Os personagens são bem descritos, mas poderia melhorar. Senti uma enorme diferença dele para o filme. Pela primeira vez, devo confessar, prefiro a adaptação já que os detalhes são mais perspicazes. Quando assistimos antes de ler a obra, começamos a sentir falta de minuciosidades que não encontramos no livro. Mesmo com esse ponto em questão que não chega a ser negativo, eu recomendo a leitura.
Para quem não conhece a história, a chance de se emocionar é enorme. Até mesmo para quem já conhece, viu o filme ou já ouviu falar, certamente, sentirá as mesmas sensações. A obra não deixa de ter o seu lado clichê, mas, em vista dos outros trabalhos do autor, esse é o que menos apresenta monotonia.
“Mesmo depois de eu tê-la maltratado e dito as coisas mais odiosas, ela conseguiu arrumar uma razão para me agradecer. Ela era aquele tipo de pessoa, e acho que era por isso que eu a detestava tanto. Ou, para falar a verdade, eu acho que detestava a mim mesmo”.