Título: Corra, Alex Cross
Autor: James Patterson
ISBN: 9788580413441
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Páginas: 224
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Sinopse:
Um cruel assassinato na escuridão
Dentro de um estacionamento em Georgetown, uma mulher é esfaqueada e trancada no porta-malas do próprio carro. Como assinatura, o criminoso corta os cabelos louros da vítima e os deixa espalhados pelo corpo. Designado para o caso, o detetive Alex Cross nem imagina que esse é apenas o primeiro de uma série de pesadelos.
Uma mulher é morta e um bebê desaparece
No mesmo dia, Alex Cross é chamado para uma segunda cena de crime: uma jovem enforcada do lado de fora do sexto andar de um edifício. Assim que a legista responsável descarta a possibilidade de suicídio e informa que a vítima deu à luz recentemente, Cross descobre que não está lidando apenas com um homicídio, mas também com um caso de sequestro.
Alex Cross precisa deter três assassinos
Três dias depois, o corpo de um rapaz é descoberto em uma doca, baleado e com meia dúzia de perfurações ao redor da área genital. Quando os rumores de três assassinos em série se alastram pela cidade de Washington e novas vítimas são encontradas a cada dia, a pressão recai nos ombros de Cross. Uma pressão tão forte que pode afetar sua concentração a ponto de ele não conseguir evitar um perigo mortal que se aproxima de sua família.
Resenha:
Dizer, aqui no blog, que sou fã do James Patterson já está mais do que batido. Porém, minha última leitura de um de seus livros, O Dom, tinha me deixado decepcionado. Então, sabia que precisava arrumar isso. Apostei em um dos seus últimos lançamentos: Corra, Alex Cross. O que descobri foi um dos melhores livros do autor.
A primeira coisa que preciso ressaltar é que, em geral, os livros que o James escreve sozinho são infinitamente melhores do que os que ele escreve em parceria. A única exceção que me vem à mente no momento é Os Assassinos do Cartão-postal; pois, apesar de escrito com outro autor, é excelente. Em Corra, Alex Cross, vemos a essência de James: a narrativa ágil, os capítulos curtos e a capacidade de aprofundar os personagens mesmo em um romance policial.
O detetive Cross nunca teve vida fácil, essa é a verdade; porém, dessa vez, o destino parece que o tirou para dançar. Uma das áreas mais valorizadas e ricas da cidade começa a sofrer com assassinatos em série. O detalhe é que não é apenas um assassino, mas três. E o pior: simultâneos. Dessa forma, a mídia e o governo caem de forma pesada sobre o departamento de polícia, tirando o sono de seus detetives.
“Era fácil matar um homem. Qualquer imbecil com uma arma podia meter uma bala na cabeça de alguém. Mas conhecer verdadeiramente um homem, descobrir seus pontos fracos, entender suas fraquezas e tirar sua vida de vagar? Isso era profissionalismo” (p. 18).
A grande sacada deste livro foi o autor respingar os problemas da cidade na família de Cross, o que deu uma carga emocional mais forte à obra e ajudou a aprofundar o personagem. Nesse contexto conturbado na vida profissional e pessoal de Alex, percebemos como ele é um pai e um marido protetor e preocupado. Além disso, descobrimos como Bree, esposa de Alex e também policial, é uma mulher forte e decidida.
Outro ponto importante ressaltado na obra foi a interferência da imprensa no trabalho policial. Conseguimos entender de uma maneira bem profunda como os meios de comunicação podem acabar trabalhando contra a sociedade e não a seu favor. Principalmente quando se há um motivo bem específico para isso, seja pessoal ou profissional.
A premissa da obra foi muito bem trabalhada e construída, não deixando pontas soltas. Além disso, o autor mostrou novamente sua inteligência e sagacidade na construção de assassinos frios e calculistas. Aliás, um deles era tão bom que juro que até torci por ele, desejando que ele se safasse.
“Do ponto de vista psicológico, estávamos olhando para um tipo inteiramente novo de assassino. Este era o meu pior pesadelo. Alguém que parecia estar tomando gosto pela coisa” (p. 68).
Além do bom livro, eu gostei bastante do trabalho gráfico realizado pela editora Arqueiro. A capa é bonita, bem acima da média das que são desenvolvidas para livros policiais. Não obstante, a diagramação, apesar de simples, está ótima. Com letras grandes e espaçamento confortável, a leitura segue em um ritmo alucinante.