Autora: Cora Carmack
ISBN: 9788581636665
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 336
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Sinopse:
Fingindo - Por quanto tempo você consegue prender alguém?
Meu nome é Cade Winston. Aluno de mestrado em belas-artes, voluntário, abraçador de mães e seu namorado pelas próximas vinte e quatro horas. Prazer em conhecê-la.
Com seus cabelos coloridos, tatuagens e um namorado que combina com tudo isso, Max tem exatamente o estilo que seus pais mais desprezam... E eles nem sonham que a filha vive assim.
Ela fica em apuros quando seus pais a visitam na faculdade e exigem conhecer o futuro genro. A solução que Max encontra para não ser desmascarada é pedir para um desconhecido se passar por seu namorado.
Para Cade, a proposta veio em boa hora: é a chance que ele esperava para acabar com a sua fama de bom moço, que até hoje só serviu para atrapalhar sua vida.
Um faz de conta com data marcada para terminar... E um casal por quem a gente vai adorar torcer. Fingindo vai seduzir você.
Resenha:
Acredito que não seja novidade aos leitores aqui do Blog que não sou fã de romances e nem de livros voltados para o lado hot. Recebi Fingindo e pensei que teria uma dosagem pesada de tudo o que eu não curto. Porém, a obra conseguiu me surpreender e fez com que a leitura fluísse rapidamente.
Imaginei que Fingindo seria um fingimento do início ao fim, perdoem-me o trocadilho barato. No entanto, estava enganada. Max é uma garota completamente louca e que tem um namorado mais para frio do que para morno, mas foi o que ela escolheu e ela não finge gostar disso. Contudo, esse sujeito pode não ser o genro perfeito para seus pais e, então, Max resolve enganar...
A moça finge ser o que não é. Seus pais acham-na certa, que tem uma vida pacata e um trabalho que eles se orgulhem dela. Todavia, Max é totalmente o oposto: usa e abusa de maquiagens; tem várias tatuagens – que, por sinal, esconde dos seus pais a todo o custo; além de trabalhar como dançarina em um bar noturno e outras duas profissões.
“E não é que eu não os amasse... Eu os amava. Só não amava a pessoa que eles queriam que eu fosse” (p.19).
Quando a jovem menos espera, seus pais anunciam que farão uma visita na faculdade e desejam conhecer o “futuro genro”; é aí que tudo parece desmoronar para Max. Seu namorado é exatamente o estilo de homem que sua família jamais aceitaria e ela deseja mostrar o inverso, até que surge um plano: pedir para um desconhecido se passar por seu namorado.
A primeira pessoa que a garota enxerga na cafeteria é Cade Winston. Sem alternativas, ela vai até ele e faz o pedido. Max só não contaria que teria de fazer algo em troca, mas resolve aceitar devido o momento de urgência. Já para Cade, a proposta chega em boa hora, pois ele vê essa oportunidade como uma forma de acabar com a sua fama de bom moço.
Para Max, mesmo Cade sendo aparentemente um excelente genro, ela não esperava que fosse surpreender seus pais. Inteligente, aluno de mestrado em belas-artes, voluntário e com um carisma para lá de arrebatador. É impossível não se encantar por ele, até mesmo Max consegue perceber isso, mas já é tarde demais.
“- Meu nome é Cade Winston. Aluno de mestrado em belas-artes, voluntário, abraçador de mães e seu namorado pelas próximas vinte e quatro horas. Prazer em conhecê-la” (p.42).
A protagonista é engraçada e desajuizada, porém, gostei do jeito dela; mas, Cade é quem realmente encanta. Ele sabe como fazer uma mulher se sentir feliz e consegue conquistar até mesmo os pais de qualquer pessoa que ele queira. Finge bem, mas, acima de tudo, sabe usar e abusar da verdade. Ele sabe envolver a todos através de uma boa conversa. Porém, já com Max, isso não é necessário; um olhar já é o suficiente.
A diagramação da editora Novo Conceito é bem simples, apenas o início de cada capítulo que são trabalhados, mas ficou excelente. As folhas amareladas, espaçamento e fonte com tamanhos confortáveis apenas proporcionam uma ótima leitura.
Enquanto lia esse livro, em vários momentos, pensei em O segredo de Ella e Micha e O para sempre de Ella e Micha. As histórias são parecidas, até mesmo por conter a música como um dos elementos principais. Embora o clichê predomine, diferente desses dois livros, Fingindo me encantou justamente por não ter um protagonista insuportável e cheio de frescuras. Para quem é fã de romance, certamente, irá torcer para que tudo dê certo.
“Peguei o abajur da mesinha de cabeceira e o joguei contra a parede. Fiquei vendo-o quebrar e desejei ter a satisfação de me estilhaçar daquele jeito. Doía mais quando não se podia ver ou tocar aquela parte de você que está em pedaços” (p. 236).