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Resenha: Por Lugares Incríveis

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Título: Por Lugares Incríveis
Autora: Jennifer Niven
ISBN: 8565765571
Editora: Seguinte
Ano: 2015
Páginas: 336
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Sinopse:

Violet Markey tinha uma vida perfeita, mas todos os seus planos deixam de fazer sentido quando ela e a irmã sofrem um acidente de carro e apenas Violet sobrevive. Sentindo-se culpada pelo que aconteceu, Violet se afasta de todos e tenta descobrir como seguir em frente. Theodore Finch é o esquisito da escola, perseguido pelos valentões e obrigado a lidar com longos períodos de depressão, o pai violento e a apatia do resto da família.
Enquanto Violet conta os dias para o fim das aulas, quando poderá ir embora da cidadezinha onde mora, Finch pesquisa diferentes métodos de suicídio e imagina se conseguiria levar algum deles adiante. Em uma dessas tentativas, ele vai parar no alto da torre da escola e, para sua surpresa, encontra Violet, também prestes a pular. Um ajuda o outro a sair dali, e essa dupla improvável se une para fazer um trabalho de geografia: visitar os lugares incríveis do estado onde moram. Nessas andanças, Finch encontra em Violet alguém com quem finalmente pode ser ele mesmo, e a garota para de contar os dias e passa a vivê-los.

Resenha:

Por lugares incríveis já começa de uma maneira muito diferente e que já me surpreendeu: encontramos Theodore Finch e Violet na parte superior da escola em que estudam, prestes a pularem, tentando dar um fim aos seus problemas. Porém, nenhum dos dois esperava ter companhia no alto da torre escolar. De uma maneira meio atrapalhada, eles acabam se ajudando e salvando-se. Porém, a repercussão do acontecido foi bem diferente do que eles imaginavam.

Os dois, depois do episódio, tentam levar suas vidas normalmente, porém, o que eles viveram juntos, no alto da torre, marcaram-lhes de uma forma peculiar. E Finch, com seu jeito sincero e exótico, resolve não deixar Violet esquecer, mesmo que isso seja tudo que ela queira. Então, ao surgir a chance de fazer um trabalho de geografia em dupla, ele vê a possibilidade de, finalmente, se aproximar da misteriosa Violet. E talvez, se aproximar novamente da vida.
Através deste trabalho de geografia em que Violet e Finch precisam fazer, Jennifer Niven vai reconstruindo os personagens, peça por peça, assim como na capa. Eles, que são quebradiços, cheio de partes faltando, vão, aos poucos, se tornando mais próximos da beleza da vida e percebendo que os problemas não são o fim, mas talvez o meio de chegar a uma felicidade superior.
“– A gente tem que arrumar uma garota para você. – Ele está falando indiretamente do incidente na torre. Se eu pegar alguém, não vou tentar me matar. De acordo com Charlie, pegar alguém conserta tudo. Se os líderes mundiais pegassem alguém pra valer e com frequência, talvez os problemas do mundo desaparecessem” (p. 36).
Desdobrando o passado e trabalhando o presente, a autora constrói uma relação de dependência entre os protagonistas que, sem dúvidas, é bela. É cativante como eles descobrem a si mesmo e ao mundo; se esforçam para saírem da caverna e pararem de enxergar apenas sombras. E talvez, até mesmo, perceberem que o amor pode ser a força mais poderosa do universo.

Através de uma narrativa clara, fácil e fluída, a autora cativa o leitor e faz com que as páginas virem-se rapidamente. Não é um suspense desesperador que faz com que a leitura seja rápida, mas a iminência da descoberta da vida através de cada linha. Porém, não se iluda de que este será o melhor livro do mundo. Ele não ganhará o Nobel de literatura e nem pode ser comparado aos grandes clássicos. Contudo, isso não tira o mérito de ser uma obra incrível, com personagens bem elaborados e, acima de tudo, um enredo tocante.
Associado à boa escrita da autora, a editora Seguinte trouxe para a obra uma capa bonita e que tem total relação com os personagens. Além disso, o livro possui uma diagramação simples e confortável, juntamente com páginas amareladas, que ajudam ainda mais na agilidade da leitura.
“Não sou perfeita. Tenho segredos. Sou uma bagunça. Não só meu quarto, mas eu mesma. Ninguém gosta de bagunça. As pessoas gostam da Violet que sorri” (p. 48).
Para quem procura uma leitura simples, com personagens jovens e um enredo que fale sobre a vida, reconstrução e que ainda seja tocante, certamente amará a obra. Para esses, a leitura é mais do que recomendada. E para quem possui preconceito com livros juvenis, essa é uma oportunidade excelente de mudar de opinião. Você não irá se arrepender.

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