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Resenha: Daisy está na cidade

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Título: Daisy está na cidade
Autora: Rachel Gibson
ISBN: 9788584840045
Editora: Geração Editorial
Selo: Jardim dos Livros
Ano: 2015
Páginas: 320
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Sinopse:
Daisy Lee Monroe está de volta a Lovett, Texas, e depois de muitos anos descobriu que pouca coisa mudou. Sua irmã continua uma louca e sua mãe ainda tem flamingos de plástico rosa no quintal. E Jackson Lamott Parrish, o bad boy que ela havia deixado para trás, ainda é tão sexy quanto antes. Ela gostaria de poder evitar este homem em particular, mas ela não pode. Daisy tem algo a dizer para Jackson, e ela não vai a lugar nenhum até que ele escute.
Jackson aprendeu a lição sobre Daisy da maneira mais difícil, e agora a única palavra que ele está interessado em ouvir dos lábios vermelhos de Daisy é um adeus. Mas ela está surgindo em toda parte, e ele não acredita em coincidência. Parece que a única maneira de mantê-la quieta é com a boca, mas beijar Daisy já foi sua ruína no passado. Ele é forte o suficiente para resistir a ela agora? Forte o suficiente para vê-la sair da sua vida novamente? Ele é forte o suficiente para fazê-la ficar?

Resenha:
Inicio essa resenha com uma pergunta que parece um tanto quanto óbvia, mas não para os nossos protagonistas Jack e Daisy: “você prefere ser feliz ou ter razão?”. Enquanto um deles prefere ser feliz, o outro prefere ter razão. E quanto a você, leitor, o que escolheria? Acredito que mais do que um romance meloso e cheio de blábláblá, esse livro nos passa uma lição que vai além do que eu poderia imaginar.

Daisy Lee está de volta a Lovett. Ela encontra Jack, depois de quinze anos, com quem a jovem viveu um tórrido romance que acabou de um jeito inesperado. Depois de tanto tempo longe, ela decide voltar para revelar um segredo. Durante todos esses anos, ele não esqueceu a pessoa encantadora que Daisy sempre foi. No entanto, tratava de odiá-la e de tentar esquecer o que para ele era considerado inesquecível.
“- Porque você trata as mulheres como um anoréxico trata os chocolates Whitman Sampler. Belisca aqui e ali. Talvez dê uma ou outra mordida, mas nunca come um bombom inteiro” (p.10).
Com seu retorno, o sentimento parece voltar à tona e o faz lembrar que todas as tentativas não passaram de frustrações acumuladas. A verdade é que, para Jack, Daisy Lee jamais foi esquecida e tudo o que ele mais queria era odiar quem ele mais aprendeu a amar. Com isso, o jovem não quer falar com a moça que despedaçou o seu coração. Quando Daisy se aproxima, o rapaz evita o contato e até foge de suas investidas de conversa.

A trama me pareceu bem clichê no sentido do segredo. Quando li a sinopse, não sei se por sorte ou por feeling, já imaginei até do que se tratava. As primeiras páginas eu já imaginei até detalhes da história. Acredito que nada seja revelado na contracapa e pode nem haver indícios, mas o meu pensamento fértil, às vezes, me impossibilita de esperar grandes surpresas. Divago tanto nas coisas que nem tudo é considerado segredo para mim. Portanto, pelo fato de não ter me surpreendido com a revelação, você, leitor, pode ficar surpreso. Não é porque eu descobri que perderá a graça para todos.
“Para ele, nunca bastara dirigir a bicicleta tão rápido quanto ela fosse capaz de ir; ele precisava tirar as mãos do guidão, ou ficar de pé no banco. Não era suficiente correr atrás de pequenos redemoinhos de vento, poeira e folhas; ele tinha que brincar ao ar livre quando o serviço de meteorologia previa um tornado de força máxima. Ele pensava que era invencível, como o super-homem” (p.38).
A história tem um elemento muito promissor que, além do romance, quer nos passar uma grande lição de vida. Afinal, quantas coisas protelamos simplesmente por sentir medo? Quantas coisas deixamos de lado com receio da resposta? Muitas vezes, preferimos ocultar uma verdade, para evitar maiores sofrimentos, e isso ocasiona mais dor do que, deveras, deveria.

A autora sabe divertir e nos fazer dar uma gargalhada ou outra, mas o que ela soube mesmo é tocar o leitor com a lição passada. Deixei de lado as cenas românticas, a comédia contida e todos os elementos que poderiam prender qualquer tipo de leitor. O que me fisgou foi a mensagem que Gibson quis nos passar. Fugi do clichê, dos elementos óbvios que poderiam até me fazer abandonar a leitura. Quis ir além e consegui; cheguei ao nível de procurar me tornar alguém melhor apenas com a reflexão que a autora nos passa – o que nem foi tão surpresa assim. Mas que conseguiu arrastar os sentimentos mais incônditos dentro de mim.

Em suma, se for para avaliar toda a estrutura, não foi uma das melhores obras que li; longe disso. Entretanto, a obra consegue nos fazer observar detalhes que nem sempre enxergamos. Além de contar com uma grande lição, a obra prima por um capricho no quesito aparência. A editora não deixou a desejar com o trabalho da capa e da diagramação. As folhas são amareladas, o que proporciona uma leitura agradável. A narrativa, também, auxilia nesse feito, já que a autora consegue prender o leitor em alguns momentos.

Outros quotes:
“- Daisy Brooks também é um telhado de vidro. Talvez alguém com este nome não devesse atirar pedras” (p.77).
“Na noite em que perdeu tudo, Jack aprendeu uma lição valiosa. Aprendeu que ninguém pode tirar de você algo que você não tenha dado para esta pessoa. Ninguém poderia fatiar você por dentro se você não lhe entregar uma faca” (p.97).
“- Eu estou cagando para o que você sente. Porque não é nem metade do que você ainda vai sentir” (p.200).
http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2015/05/top-comentarista-de-maio.html

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