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Resenha: Primeiro e Único

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Título: Primeiro e Único
Autora: Emily Giffin
ISBN:
9788581635972
Editora: Novo Conceito
Ano: 2015
Páginas: 448
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Sinopse:
Shea tem 33 anos e passou toda a sua vida em uma cidadezinha universitária que vive em função do futebol americano. Criada junto com sua melhor amigas, Lucy, filha do lendário treinador Clive Carr, Shea nunca teve coragem de deixar sua terra natal. Acabou cursando a universidade, onde conseguiu um emprego no departamento atlético e passa todos os dias junto do treinador e já está no mesmo cargo há mais de dez anos.
Quando finalmente abre mão da segurança e decide trilhar um caminho desconhecido, Shea descobre novas verdades sobre pessoas e fatos e essa situação a obriga a confrontar seus desejos mais profundos, seus medos e segredos.
A aclamada autora de Questões do Coração e Presentes da Vida criou uma história extraordinária sobre amor e lealdade e sobre uma heroína não convencional que luta para conciliá-los.

Resenha:
Esse é o primeiro livro que leio de Giffin, embora a autora tenha escrito várias obras. Não iniciei a leitura com uma expectativa grande; apenas estava neutra. O bom é que fiz certo. Ele poderia ser resumido com apenas uma palavra, mas vou deixá-la para depois.

Somos apresentados a Shea, ela tem 33 anos e namora um ex-jogador de futebol americano. Sua amiga Lucy está enfrentando um processo difícil, pois sua mãe faleceu e a jovem só tem Shea e seu pai – o treinador Carr, além do seu irmão (o que vale dizer que é uma verdadeira peça descartável no livro, já que ele não acrescenta em nada).


Shea e Lucy são amigas desde a infância, embora sejam bem diferentes tanto na forma física quanto na personalidade, elas são bem unidas e uma sempre ajuda a outra em tudo o que pode. Enquanto Shea vive mais baseada na realidade e segurança, Lucy é ousada e prefere se arriscar. Além disso, Shea adora esporte e gosta de acompanhar o time do treinador Carr; Lucy, por sua vez, não é ligada ao futebol e se apega a sua loja de roupas de luxo.

A jovem acha que gosta de seu namorado, mas Lucy coloca tantos pontos negativos nele que resolveu repensar sobre seu relacionamento. A verdade é que Shea achava que gostava de um e não gostava; passou a se relacionar com outro e estava convicta que era isso que queria; estava enganada. Ela sabe o que quer, mas prefere esconder os seus sentimentos. Porém, até quando?
O livro tem uma lição a nos passar, mesmo com uma história fraca e um esporte que não chama tanto a atenção do público brasileiro. O fato é que esse esporte é muito cobiçado nos Estados Unidos, no entanto, aqui, não é bem dessa maneira. Mesmo com esse ponto negativo e alguns outros, a autora consegue colocar o leitor para refletir. Até que ponto um amor pode prejudicar uma amizade? Até que ponto vale a pena ocultar o que sentimos? Medo, insegurança, receio, dúvida e diversos sentimentos e sensações estão presentes no livro.

No entanto, não é só disso que o livro “vive” e acredito que apenas isso não é um ponto-chave para prender ninguém. É necessário que a história tenha um carisma e que envolva o leitor, senti falta disso enquanto lia. Shea e Lucy são excelentes amigas e isso me cativou no início, mas depois percebi que não era o suficiente. Um livro que possui mais de 400 páginas não poderia ter apenas uma relação de amizade como centro. Nesse caso, ponto para a autora por elaborar outras ideias. Contudo, voltamos à estaca zero no quesito “elemento”.

Li a obra aos trancos e barrancos, mais parecia que estava concluindo um livro jurídico para a Faculdade, daqueles em que somos obrigados a ler para fazer algum trabalho. Não é pelo tamanho e nem por ser um romance, é pela carga excessiva contida nele. Não existe leveza e os termos técnicos trabalhados do futebol americano me deixaram cansada e, sem dúvidas, a experiência que eu tive com a autora não foi a das melhores. Aliás, foi a pior que eu poderia ter. Tirando as partes ruins, sobraram as boas, claro, e assim é possível gostar do livro. A palavra que definiria bem seria “desgastante”.

A capa do livro não é das melhores da Novo Conceito, óbvio, mas achei a simplicidade contida nela bem agradável e a diagramação não deixou a desejar – como sempre. A editora, por seu trabalho, está de parabéns, com uma revisão muito bem feita; fez a sua parte, enquanto o conteúdo não seguiu o mesmo processo.

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