Tropas Estelares (resenha) foi um livro que me ganhou por causa dos diversos posicionamentos políticos e sociais que traz. Cabe a nós concordar, discordar e refletir, é claro.
Como gostei tanto da obra, trouxe mais alguns quotes para vocês. Confiram:
“Sempre fico com os tremores antes de uma queda. Tomei as injeções, é claro, e a preparação hipnótica, e por isso é lógico que não posso estar com medo de verdade. O psiquiatra da neve tinha conferido as minhas ondas cerebrais e feito perguntas bobas enquanto eu dormia. Disse que não era medo, que não era nada de importante, que é só igual à tremedeira de um cavalo de corrida ansioso no portão de largada” (p. 11).
“(...) Você não abandona um camarada, não enquanto houver uma chance de que ele esteja vivo. Não nos Rudes de Rasczak. Não em nenhuma unidade da Infantaria Móvel. Você tenta fazer a recolha” (p. 33).
“Guerra não é violência e matança, pura e simples; guerra é violência controlada, com um objetivo. O objetivo da guerra é apoiar as decisões do seu governo pela força. Nunca é matar o inimigo apenas por matar... mas sim forçá-lo a fazer o que você quer que ele faça. Não é matança... mas violência controlada e com um objetivo. Mas não cabe a você ou a mim decidir esse objetivo nem esse controle” (p. 90).
“Quando o governo manda, eu vou. Entre as missões, durmo pra caramba” (p. 137).
“A I.M. [Infantaria Móvel] toma conta dos seus, não importa o que aconteça” (p. 152).
“O Tenente, porém, era sempre “o Tenente”, nunca “Sr. Rasczak” ou mesmo “Tenente Rasczak”. Apenas “o Tenente”, sempre na terceira pessoa, fosse quando falávamos com ele ou quando falávamos dele. Não havia outro deus senão o Tenente, e o Sargento Jelal era o seu profeta” (p. 190).
“Cidadania é uma postura, um estado de espírito, uma convicção emocional de que o todo é maior do que a parte... e de que a parte deve ficar humildemente orgulhosa de se sacrificar para que o todo possa viver” (p. 218).