Morte entre Poetas (resenha) foi livro que me surpreendeu e me encantou, tanto pela qualidade literária quanto pelo mistério criado pela autora. Por isso, estou trazendo alguns quotes do livro para vocês conhecerem mais sobre a obra.
“ – Aonde vais? Por que te pintaste tanto? – A menina observou sua irmã mais velha com uma risadinha boba. Mascava um chiclete que lhe enchia a boca totalmente, por isso teve dificuldades em pronunciar as palavras de maneira correta. Normalmente esforçava-se para fazer-se entender, em qualquer circunstância e com qualquer interlocutor, visto que tinha a vaga suspeita de que no mundo era indispensável fazer-se compreender inteiramente” (p. 15)
“Alex mantinha Fábio sob controle: um joão-ninguém que procurava abrir caminho aos empurrões na universidade e na literatura; um péssimo poeta (“o melhor de seus poemas são os versos de outros, que ele rouba sem qualquer escrúpulo”, havia ouvido comentar com malícia nada dissimulada um colega em certa ocasião)” (p. 19).
“Não te preocupes. Vou procurá-lo e vou matá-lo com minhas próprias mãos. Um pai tem o direito de fazer algo desse tipo com seu filho quando seu filho é esse tipo de filho” (p. 124).
“– Tenho a impressão de que teu coração costuma estar mais aberto que uma farmácia de plantão. Mas suspeito que nem sequer tens a preocupação de colocar uma grade antifurto, caso as moscas...” (p. 174).