Muito tempo após os fatos de "O Retorno de Jedi", encontra-se a Primeira Ordem, uma organização sombria iniciada após a queda de Darth Vader e do Império. O grupo está em busca do poderoso Jedi Luke Skywalker, mas terão que enfrentar outro grupo em busca de Luke: a Resistência, liderada por Leia.
Resenha:
Resenha sem spoiler
Referência [s. f.] – 1. Ação de referir.
2. A coisa referida.
3. Menção, registro.
4. Ponto de contato ou relação que uma coisa tem com a outra.
Referência, essa é uma das palavras que melhor define Star Wars, episódioVII – O Despertar da Força. O último lançamento da franquia multibilionária é uma grande referência ou homenagem à trilogia clássica da série. Sem arriscar muito, apenas fazendo algumas quebras de paradigmas, o novo filme de Star Wars mostra porque essa franquia conquistou o universo e é a maior produção do cinema mundial.
Após a um tanto apagada segunda trilogia, episódios I, II e III, finalmente, temos Star Wars de volta. O verdadeiro espírito do filme reina nessa nova produção: há uma continuação interessante do episódio VI, efeitos incríveis que aproveitam o melhor das novas tecnologias, mas sem perder a aura do clássico, elementos que rementem a história mundial – como o nazismo – e personagens bem construídos.
Aliás, os personagens continuam sendo o ponto alto da produção, com destaque todo especial a Han Solo (Harrison Ford), que foi a alma do filme. Ele se destaca tanto pelo brilho solo – trocadilho infeliz, eu sei – quanto pelo saudosismo que carrega em si. Aliás, vemos nele mais do que o antigo Solo, temos um novo Han. O tempo o deixou mais maduro, apesar de estar tão debochado quanto antigamente. Porém, agora vemos a vivência dele na tela, como ator e personagem. Aliás, em alguns momentos, é possível ver um Indiana Jones pilotando a Falcon sem qualquer problema. Só faltou o chicote, mas isso já seria pedir demais.
Dos novos personagens, Rey (Daisy Ridley) é a dona da tela. Carismática, talentosa, feminista e linda, rouba o coração de quem assiste ao filme. Consegue com apenas alguns minutos fazer o que alguns personagens não conseguem fazer em horas: ser forte, determinada, profunda e ter uma história própria. Aliás, consegue ir além: ser a mulher durona e verdadeira – uma mulher parecida com a mulher de verdade – que o cinema raramente apresenta. Com falas como “não preciso que você segure a minha mão para eu corra” mostram bem a sua personalidade. Ela não é a mocinha a ser salva, ela é a mocinha que lutará por seu lugar, com armas e sabres, se preciso.
Outro ponto interessantíssimo é que, ao menos em parte, a Disney escutou os fãs da lendária saga. Apesar de não seguir os livros do Legends, quem os leu verá um detalhe ou outro na telona. Aliás, antes do filme, já tinha apostado quem era Kylo Ren e ganhei a aposta; graças ao livro Provação(resenha), aliás. Fui além, apostei qual seria o papel de Luke e também ganhei. Isso, sem dúvidas, me deixou com uma sensação excelente. Afinal, foi bom perceber que ler o universo expandido vale sim a pena.
Não falarei mais para não soltar um spoiler, apenas digo: assistam ao filme. Aliás, um detalhe interessante: não é necessário ter assistido aos filmes anteriores para entender esse, o que será excelente para a nova geração de fãs e curiosos. Contudo, ter conferido os primeiros filmes enriquece demais. Lembra-se das referências? Essas são para quem já é velho na batalha, seja da ordem Jedi ou Sith.