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Resenha: Nunca Jamais

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Título: Nunca Jamais
Autoras: Colleen Hoover e Tarryn Fisher
Editora: Galera
ISBN: 
9788501106216
Ano: 
2016
Páginas: 
192
Compre: Aqui

Sinopse:

Charlie Wynwood e Silas Nash são melhores amigos desde pequenos. Mas, agora, são completos estranhos. O primeiro beijo, a primeira briga, o momento em que se apaixonaram... Toda recordação desapareceu. E nenhum dos dois tem ideia do que aconteceu e em quem podem confiar.
Charlie e Silas precisam trabalhar juntos para descobrir a verdade sobre o que aconteceu com eles e o porquê. Mas, quanto mais eles aprendem sobre quem eram, mais questionam o motivo pelo qual se juntaram no passado.

Resenha:

Por sempre ler resenhas positivas em relação aos livros da Colleen Hoover, estava curioso para conferir a sua escrita e descobrir se era realmente tudo o que falavam. Quando a Galera lançou Nunca Jamais, um livro com um toque de suspense, onde a Hoover era uma das autoras, percebi que era o momento de ler algo dela. Contudo, nem tudo foi como eu imaginava. Os motivos? Confira comigo.

Charlie Wynwood e Silas Nash são praticamente inseparáveis. Ou eram, ao menos. Pelo que eles ouviram falar, eram amigos desde a infância e começaram a namorar durante a juventude. Porém, eles não se lembram de nada. Algo aconteceu e apagou a memória dos dois. Eles se lembram das coisas mais banais, como nome de artistas e fofocas. Entretanto, em relação as suas vidas, nada restou na memória.


Os dois, com medo e vergonha de assumir que não se lembravam de nada, percebem que deveriam unir forças para descobrir quem eles eram e qual o motivo de tudo estar acontecendo. Porém, infelizmente, nem todas as descobertas são exatamente o que esperavam. Eles começam a perceber que, na maior parte do tempo, eles não eram as melhores pessoas do mundo. O que irá acontecer? Só lendo para descobrir.
“Na minha opinião, se é para trair, tem que ser com alguém por quem vale a pena pecar. Não sei se esse é um pensamento da antiga ou da nova Charlie” (p. 81).
Partindo dessa premissa, as autoras começam a reconstruir os personagens lentamente. Esse processo de redescobrimento de personalidades, gostos e de ações tomadas anteriormente é deveras interessante. Isso fica ainda mais evidenciado pela narração intercalada em primeira pessoa, o que permite que o leitor consiga entender os pensamentos e ações dos personagens de maneira mais íntima.

Outro ponto positivo na obra é a escrita das autoras: direta, verdadeira e envolvente. Elas escrevem de uma forma que se torna impossível não ser envolvido pelo enredo. Se o suspense por si só já tem uma carga magnética, a escrita o completa, deixando o enredo ainda mais atraente. Isso, somado com a boa construção dos personagens, que possuem uma profundidade adequada e são complexos, faz com que o livro tenha um grande potencial para deslanchar.


O único problema que fez o livro não alcançar todo o seu potencial foi a estratégia de marketing adotada pelas autoras. Temos um livro pequeno, com muitas pontas soltas, e que poderia ser muito bem a primeira parte de um livro maior. As autoras, ou suas editoras originais (o livro já veio para o Brasil dividido dessa maneira), resolveram construir com o enredo três livros curtíssimos. Isso deixou a trama fragmentada, o que frustra o leitor que está ávido por respostas. Apesar de todo o bom desenvolvimento, os mais curiosos, como eu, terminarão com um gosto amargo. Afinal, o enredo não está completo. Nunca Jamais claramente não é um livro fechado e que se complementa com outras duas obras maiores; ele é, na verdade, apenas a primeira parte de algo que deveria ser um livro grande.
“Como esperado, ela finge estar desapontada consigo mesma.Como esperado, me sinto vitorioso” (p. 147).
Quanto à parte física, não tenho o que reclamar. A obra conta com uma capa muito bonita e chamativa, deixando no ar um clima de romance, mas também de mistério. A diagramação está simples, mas muito confortável, com letras e espaçamento em bom tamanho. A revisão e tradução também foram bem feitas. Ou seja, tudo contribui para uma boa leitura.

Diante de todos os aspectos mencionados, eu indico Nunca Jamais, porém, deixo um grande aviso: não crie expectativas em relação a um enredo fechado ou a muitas respostas. Se você for com muita sede, irá se decepcionar. Caso leia esperando uma boa introdução, o livro irá te satisfazer completamente.




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