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Resenha: Salve-me

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Título: Salve-me
Autora: Rachel Gibson
Editora: Jardim dos Livros
ISBN: 9788584840076
Ano: 2016
Páginas: 272
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Sinopse:

A salvação de Sadie Hollowell e Vince Haven depende de muitos fatores. Ele voltou traumatizado da guerra ao terrorismo no Afeganistão e ela, aos 33 anos, acha ridículo ser convidada para ser dama de honra do casamento de uma prima no interior do Texas, onde nasceu. Ambos estão perdidos, à procura das raízes e de uma identidade que a vida foi esfacelando, e são atormentados por uma atração sexual violenta que demora muito a se transformar em amor e compromisso.
O que se oferece aos leitores é uma história tensa, em que preconceitos e hesitações lutam contra o amor, sem saber qual dos lados terá o triunfo final. Vale a pena ler e torcer por ele.

Resenha:

Sadie nunca se encaixou em Lovett, Texas, visto que a cidade possui uma estrutura patriarcal e machista onde as mulheres são “criadas” para casar. Além disso, a protagonista tem um relacionamento tenso com o pai, o que contribuiu significativamente para que ela, assim que possível, saísse da cidade. Porém, alguns anos depois, ela retorna e as coisas parecem indicar um novo caminho para a sua vida.

Vincent Haven, o outro protagonista, é um homem de trinta e seis anos, solteiro por opção. Ele é um ex-militar, um Seal, um dos melhores no que fazia, mas que se afastou da carreira. Durante uma viagem, seu carro quebra na estrada. Porém, uma mulher aparece e lhe oferece ajuda. Adivinhe quem é a mulher misteriosa? Sim, Sadie.


O que começou com uma ajuda na estrada vira, de certa maneira, uma amizade. Posteriormente, a amizade torna-se colorida. Afinal, os dois eram atraentes, avessos a relacionamentos e tinham química. Porém, quando o coração fala mais alto do que a mente, as complicações começam a aparecer. Será nesse momento que os dois terão que enfrentar seus fantasmas para tentar seguir em frente, juntos ou não.
“Por anos, ela tentou viver de acordo com as expectativas de alguém. As da mãe. As do pai. As de uma cidade cheia de pessoas que esperavam que ela fosse uma garota simpática, charmosa e bem-comportada. Uma rainha da beleza. Alguém de quem eles pudessem se orgulhar, como sua mãe, ou a quem pudessem admirar, como seu pai, mas, no ensino médio, ela se cansou da difícil tarefa. Largou aquela carga e começou a ser apenas Sadie” (p. 13).
Analisando a premissa da trama, é possível afirmar sem medo que a trama é clichê, previsível e sem grandes novidades. Aliás, uma parte considerável dos romances se desenvolve dessa maneira. O diferencial da obra é o percurso que os personagens deverão seguir para alcançar o possível “felizes para sempre”. Haverá dificuldades, complicações, dramas e enfrentamento de situações passadas. Isso dá um aprofundamento maior aos personagens, o que é essencial para ir além de apenas mais um romance com enredo repetitivo.

Outro ponto positivo da obra é a obra escrita da Rachel Gibson. Nunca tinha lido nada da autora e tenho que confirmar que o que dizem por aí é realmente verdade. Sua escrita, apesar de não ser muito profunda e nem altamente trabalhada, é ágil, envolvente e prende o leitor. Mesmo que você já saiba o que te aguarda no fim do livro, Rachel consegue te fazer curtir o desenvolvimento.


Os personagens também são bons. Como já mencionado, há certa profundidade, impedindo que eles sejam apenas uma casca com nome. Além disso, como o passado está bem presente ainda, principalmente para Vince, acompanhamos algo mais do que um simples romance. Também quero evidenciar a preferência que a autora deu por diálogos cômicos durante a narrativa. Isso quebra o clima quando tudo parece se encaminhar para mais do mesmo, impedindo que a obra seja enfadonha.
“Típico. Quando as coisas pareciam um pouco piegas, Clive ficava irritável. Sadie sorriu. A relação deles podia ter sido sempre difícil, mas pelo menos ela entendia seu pai um pouquinho mais do que antes. Ele era um homem duro. Criado por um homem ainda mais duro” (p. 184).
Quanto à parte física, a obra mantém o padrão de qualidade consagrado da Jardim dos Livros – selo da Geração Editorial –. Temos uma capa que evidencia bem o estilo de leitura que o livro apresentará. A diagramação é bonita e possui alguns detalhes. A revisão e tradução também estão boas, deixando a leitura ainda mais rápida.

Em suma, Salve-meé um livro clichê, previsível e de rápida leitura. Não te ganha pela originalidade, mas consegue prender o leitor através dos diálogos cômicos, dos bons personagens e do relacionamento que é desenvolvido na obra. Se for um romance leve que você procura, essa obra é para você.




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