Título: O Coração do Cão Negro
Autores: Cesar Alcázar; Fred Rubim
Editora: AVEC Editora
ISBN: 9788567901558
Ano: 2016
Páginas: 64
Ano: 2016
Páginas: 64
Compre: Aqui
Sinopse:
Anrath, o mercenário irlandês conhecido como o Cão Negro de Clontarf, é um homem atormentado. Nascido gaélico, foi criado entre os Vikings. O destino fez dele um renegado, um guerreiro condenado a vagar entre duas culturas sem pertencer a nenhuma.
Contratado pelo misterioso Inglês para encontrar o medalhão chamado Coração de Tadg, Anrath é envolvido em uma trama de vingança e traição que o levará direto para as mãos de Ild Vuur, o viking, e o fará confrontar horrores além do espaço e do tempo.
Resenha:
Anrath, O Cão Negro, é contratado por um inglês para recuperar um medalhão que foi há muito perdido. Em busca de tal artefato, ele encontra sua primeira batalha e também a primeira vitória. Contudo, o que parecia muito simples começa a se complicar quando o protagonista sofre desagradáveis surpresas em seu trajeto.
Diante dos acontecimentos, o Cão Negro terá que reencontrar o seu passado e tentar acertar algumas de seus problemas. Contudo, algumas dívidas parecem impagáveis com bens; só o sangue pode saná-las. Assim sendo, Anrath terá que lutar contra homens e deuses para se manter vivo.
Partindo dessa premissa, Cesar Alcázar e Fred Rubim criam um excelente trabalho. Destacam-se, nessa obra, o contexto utilizado e o excelente trabalho gráfico. Através do enredo teremos contato com a mitologia nórdica, o que é bem interessante. Apesar de ainda não ser completamente aprofundada, dá para ter uma boa ideia do excelente material que virá por aí nos próximos volumes.
“Roubar a sepultura de um druida traz má sorte”.
Em relação à parte gráfica, temos desenhos sombrios, em tons escuros, dando um aspecto mais dark para o HQ. Levando em consideração o enredo em si e tudo que se desenvolve nele, a escolha de uma arte mais obscura foi acertada. Afinal, temos certos elementos do terror envolvido no trabalho e o povo viking não é exatamente o que eu chamaria de dócil.
Outro ponto interessante do trabalho é a referência “clássica” que ela carrega. Como para bom conhecedor meia imagem basta, é possível ver nitidamente que os autores beberam das fontes de H.P. Lovecraft e Robert E. Howard e trouxeram certos elementos para esse HQ, o que deixa tudo mais rico. Destaco, especialmente, a referência a Cthulhu, uma das minhas entidades cósmicas favoritas.
Quanto à parte física, eu não tenho o que reclamar. A AVEC trouxe para o mercado um material de altíssima qualidade, com bela capa, um ótimo material para impressão e revisão perfeita. Sem dúvidas, tudo contribui para uma excelente leitura.
“Nunca subestime um cão na coleira, inglês. Às vezes, eles escapam e mordem!”
Diante de todos esses aspectos, resta-me apenas indicar O Coração do Cão Negro. Mesmo que você não goste de HQs, essa obra tem tudo para te agradar.