Título: Fogo Cruzado
Autor: James Patterson
Editora: Arqueiro
ISBN: 9788580410525
Ano: 2012
Sinopse:
Em meio aos preparativos para seu casamento com a detetive Bree Stone, Alex Cross é chamado pelo Departamento de Homicídios de Washington para resolver o assassinato de dois dos homens mais poderosos – e corruptos – da cidade. Quando o ardiloso homicida, um atirador de elite, age novamente, exterminando outros integrantes da alta-roda, as opiniões ficam divididas: será que ele é um herói ou apenas um justiceiro?
A onda de mortes continua e o FBI designa o agente Max Siegel para o caso. Enquanto ele e Cross disputam quem será o responsável pela investigação, fica claro que o autor dos disparos sabe de detalhes da rotina das vítimas que só alguém que conhece o círculo íntimo delas poderia descobrir.
Enquanto se divide entre o franco-atirador, a rivalidade com Siegel e os planos para o casamento, o detetive recebe um telefonema de seu maior inimigo, Kyle Craig. Ele escapou da penitenciária de segurança máxima, para onde foi mandado por Cross, e não vai descansar até conseguir se vingar.
Resenha:
Apesar de gostar do autor, começo achar que é impossível um admirador brasileiro do trabalho de James Patterson ler suas séries na ordem correta. Os livros são lançados por editoras diferentes e muitos estão esgotados há tempos. Porém, o lado bom é que os livros são independentes e, apesar de ser uma série, pouco se perde em ler as séries fora da ordem.
Em Fogo Cruzado, livro 17 da série Alex Cross, James cria mais uma obra que prende o leitor do começo ao fim. Neste livro, após uma estranha onda de calmaria, Cross é chamado para investigar dois assassinatos de figurões do alto escalão de Washington. Porém, ele terá que dividir a investigação com Max Singel, um detetive que esteve fora por muito tempo e voltou com sede de ação.
Os assassinatos eram realizados por um atirador de elite, altamente preciso, que acertava suas presas mesmo estando a mais de cem metros de distância. Além disso, o atirador parecia conhecer a rotina de cada uma das vítimas.
“Pensei no que Siegel havia dito no telhado do Edifício Moore. Esses caras são matadores de aluguel. Eu não havia excluído essa hipótese na ocasião e estava a ponto de acreditar nela. Só não gostava de pensar que Siegel havia sido mais rápido que eu” (p. 71).
Todas as vítimas assassinadas eram acusadas de fazer parte de um esquema financeiro de corrupção e favores. O Assassino deveria ser amado ou odiado pelo povo? Herói ou assassino? Vingador ou justiceiro? A opinião pública pode acabar jogando contra a polícia.
Se não bastassem os assassinatos e a estranha relação que tem com Singel, Cross começa a ser atormentado por seu maior inimigo: Kyle Craig. Ele havia escapado da cadeia e estava de volta a cidade, pronto para acertar as contas com Alex. Entre os cuidados com os filhos, a escolha dos detalhes do casamento e uma investigação dificílima, Cross terá que enfrentar seus piores medos.
Cross é um velho conhecido dos livros do James, mas, dessa vez, quem rouba a cena é Craig, o vilão. Estrategista e extremamente inteligente, ele não mede esforços para atormentar Alex Cross e ficar mais próximo do investigador que qualquer um imaginaria ser possível. Além disso, se mostra ser persuasivo, sádico, altamente perigoso e astuto: tudo que um vilão perfeito precisa.
“Quando Alex entrou na sala, Kyle se empertigou e olhou direto nos olhos dele. Defunto ambulante, pensou Kyle, e sorriu enquanto estendia a mão” (p. 53).
O livro tem um ritmo rápido e tenso, do início ao fim. Capítulos curtos, cenas fortes e muito mistério continuam fazendo parte da escrita de James, deixando o livro alucinante. A escrita continua simples, objetiva e muito fluída, dando agilidade à obra. As reviravoltas são muitas e o leitor fica preso, virando as páginas incessantemente.
“Os federais não sabiam de nada. A Polícia Metropolitana também não. Tudo o que qualquer um sabia era que Washington estava se tornando um lugar muito quente e apavorante para se viver” (p. 65).
Confesso que a capa não é das mais bonitas, mas existem outras piores, convenhamos. Porém, a diagramação é bem agradável, assim como o tamanho da letra. As folhas amarelas contribuem mais ainda para uma leitura rápida. Não é um livro profundo e que marcará o leitor para sempre, mas é excelente para quem gosta de muito mistério e ação.
Sem dúvida alguma, James mantém o seu nível de excelência nessa obra, justificando os mais de 230 milhões de exemplares vendidos. Para quem gosta do gênero policial e muito suspense, esse livro e os outros do autor são excelentes dicas. Quem não gosta do gênero, leia essa obra. Certamente você passará a amar.