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Resenha: A Sala dos Répteis

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Título: A Sala dos Répteis
Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
ISBN: 9788535901436
Ano: 2016
Páginas: 184
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Sinopse:
Lemony Snicket é um autor que não pode ser acusado de falta de franqueza. Sabe que nem todo mundo suporta as tristezas que ele conta e por isso - para que depois ninguém reclame - faz questão de avisar: 'Se você esperava encontrar uma história tranquila e alegre, lamento dizer que escolheu o livro errado. A história pode parecer animadora no início, quando os meninos Baudelaire passam o tempo em companhia de alguns répteis interessantes e de um tio alto-astral, mas não se deixem enganar...'. Os Baudelaire têm mesmo uma incrível má sorte, mas pode-se afirmar que a vida deles seria bem mais fácil se não tivessem de enfrentar o tempo todo as armadilhas de seu arquiinimigo: o conde Olaf, um homem revoltante, gosmento e pérfido. Em "Mau Começo" ele deu uma pequena amostra do que é capaz de fazer para infernizar a vida de Violet, Klaus e Sunny Baudelaire – e aqui as coisas só pioram.


Resenha anterior: 
Mau Começo

Resenha:

Resenha sem spoiler do livro anterior

É definitivo: estou apaixonada e encantada pelos irmãos Baudelaire! Pois é, os livros são finos, mas com grandes histórias; além disso, há a facilidade de conseguir ler com mais rapidez a continuação. Confesso que não consegui aguentar a ansiedade para ler mais uma desgraça dessas infelizes crianças. O motivo? Confira abaixo.

Fui novamente alertada pelo Lemony a largar a história dessas crianças, a ler um livro mais alegre e com final feliz, mas quando você se apega aos Baudelaire, fica difícil largá-los e não querer acompanhá-los em mais uma tragédia e dessa vez com seu novo tutor: o tio Monty.

Depois de todas as crueldades, infelicidades e ameaças que sofreram nas mãos do desprezível Conde Olaf, Sunny, Klaus e Violet partem para um novo “lar”. O Sr. Poe conseguiu achar um novo parente para cuidar das crianças, e com esperanças em um futuro – e tutor melhor –, as crianças vão ao encontro de seu tio Monty, um herpetólogo bastante gentil e carinhoso.

O que parecia ser uma chance de chamar aquela nova casa de lar, acaba rapidamente quando Conde Olaf ataca novamente com um disfarce tão ridículo que os irmãos logo o identificam, mas, para a surpresa deles, mais uma vez não acreditam em suas acusações. Como então derrotar esse homem que estava passando-se por alguém importante para tio Monty? A escolha certa é que eles novamente irão desmascará-lo, só que essa decisão acarretará em mais desgraças para suas vidas, infelizmente...




“A ocorrência de um acidente certo lugar pode criar uma mancha nos sentimentos de uma pessoa em relação a esse local, como a mancha de tinta que perdura num lençol branco. Por mais que se esfregue e se lave para tirar essa mancha da memória, não há como esquecer o que aconteceu e deixou todo mundo triste”.
Tio Monty é um homem bastante incomum, desde a sua aparência a como lidar com seu trabalho. O carinho e talvez amor, que os irmãos adquirem por ele é grande, mesmo com pouco tempo que passam com ele. Sunny, Klaus e Violet gostam de trabalhar com seu tio e de suas funções, mas Conde Olaf irá atrapalhar esses pequenos momentos com suas ameaças e plano ainda mais perverso. Só de ler sobre esse personagem tenho uma grande aversão e raiva.

Deu muito agonia ver o desespero das crianças em revelar quem era o verdadeiro Stephano, por mais que mostrassem provas bastante esclarecedoras e motivos do Conde Olaf se disfarçar para conseguir colocar as mãos na fortuna dos Baudelaire, parecia impossível e extremamente imaginário para Sr. Poe e tio Monty.

Então, saibam que é muito mais doloroso e angustiante ler essa nova história de desgraças dos Baudelaire tentando fugir das garras de Olaf sem fazer mal a seu tio ou outras pessoas inocentes. Dessa vez, as páginas serão mais intensas e a ousadia do Conde será maior.




Você irá encontrar momentos de felicidade, mas não se acostume tão rápido, porque comparado com as desventuras em uma porcentagem, não chegam a ser nem 20%. Os infortúnios desses pobres órfãos são dilacerantes e tristes até para o próprio autor.


Tio Monty foi um personagem que fiquei bastante cativada, e por ser herpetólogo, encontramos inúmeros répteis e anfíbios de suas descobertas e pesquisas; dentre todos, um deles destacou-se: A Víbora Incrivelmente Mortífera. Sou apaixonada por cobras, e essa, em especial, tem um papel fundamental e desenvolve uma amizade linda com um dos personagens.

A cada desfecho dos livros fica mais triste, e os alertas do autor mais evidentes; os infortúnios dos Baudelaire só tendem a aumentar e piorar de uma forma assustadora. Ao mesmo tempo, você vai apegando-se cada vez mais por essas tragédias, pela união desses irmãos, suas peculiaridades e habilidades; também não posso deixar de destacar a inteligência e coragem desses três.

Agora é preparar as emoções para o próximo tutor e as próximas desventuras de Sunny, Klaus e Violet.



A Companhia das Letras manteve o mesmo trabalho incrível que o livro anterior, a tradução ficou ótima, revisão e diagramação excelentes e as ilustrações que estão contidas cada livro são cada vez mais lindas e intrigantes.

Se você gostou do livro anterior, vai adorar ainda mais essa nova desventura com uma trama ainda mais delirante e apaixonante de ler.





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