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Resenha: O Lago das Sanguessugas

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Título: O Lago das Sanguessugas

Autor: Lemony Snicket
Editora: Seguinte
ISBN: 9788535901719
Ano: 2016
Páginas: 192
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Sinopse: 

O misterioso autor das Desventuras em Série não só alcançou a lista de best-sellers infanto-juvenis do New York Times, como conseguiu entrar em todas as outras principais referências de vendagem americanas. Com sua estranha franqueza, na contracapa deste livro ele manda um recado a seus possíveis leitores: "Se você ainda não leu nada sobre os órfãos Baudelaire, é preciso que antes mesmo de começar a primeira frase deste livro fique sabendo o seguinte: Violet, Klaus e Sunny são legais e superinteligentes, mas a vida deles, lamento dizer, está repleta de má sorte e infelicidade. Todas as histórias sobre essas três crianças são uma tristeza e uma verdadeira desgraça, e a que você tem nas mãos talvez seja a pior de todas. Se você não tem estômago para engolir uma história que inclui um furacão, uma invenção para sinalizar pedidos de socorro, sanguessugas famintas, caldo frio de pepinos, um horrendo vilão e uma boneca chamada Perfeita Fortuna, é provável que se desespere ao ler este livro. Continuarei a registrar essas histórias trágicas, pois é o que sei fazer. Cabe a você, no entanto, decidir se verdadeiramente será capaz de suportar esta história de horrores". Respeitosamente. Lemony Snicket.

Resenhas anteriores:


Mau Começo 

A Casa dos Répteis

Resenha:

Resenha sem spoiler dos livros anteriores

Estou acorrentada às tragédias dos irmãos Baudelaire, não tem mais volta, é triste de ler, mas estou apegada a eles e as suas desventuras com Conde Olaf. Lemony Snicket pode continuar dando-me inúmeros motivos para deixar a série, mas não vou conseguir largar esse masoquismo de sofrer a cada livro. Quer saber o motivo? Confira abaixo.

Com esse aviso do Snicket fica impossível não querer continuar acompanhando os infortúnios dos órfãos, fico com um sentimento ambíguo de alegria e tristeza. Sei que o final não vai ser feliz, mas o que custa continuar a ler? Será que as crianças vão sofrer tanto assim como as pessoas falam e o próprio autor nos diz? A verdade é que sim, os irmãos sofrem mais a cada nova desventuras e é minha obrigação instigar vocês a quererem acompanhar essa série.

Depois do que aconteceu na obra anterior, os Baudelaire vão ficar com uma nova tutora, dessa vez sua tia Josephine, uma viúva que mora no alto dum morro tão alto e decrépito que parece impossível alguém morar naquele lugar; porém o mais estranho mesmo é o jeito de tia Josephine, uma senhora que ama gramática e é uma pessoa extremamente medrosa e com os medos mais bizarros referente a várias formas de morrer. Para ela um tapete pode significar sua morte, pois você pode tropeçar e quebrar o pescoço ou ser decapitado. Maçanetas nas portas? Nem pensar em usar, elas podem quebrar-se em milhares de pedaços e acertar seu olho; e o seu pior pesadelo são os corretores.



Então vocês têm um pouco de noção como não será nada fácil para os órfãos terem de lidar com uma pessoa que tem medo até de um fogão! Porém, a medida que começam a conhecê-la, entendem um pouco o seu lado e sua história e quando estão criando um laço, algo terrível acontece: Conde Olaf ataca mais uma vez em um disfarce mais ridículo que o anterior, dessa vez ele é capitão Sham.

Para o azar das crianças, mais uma vez os adultos não acreditam em suas palavras, já que o desprezível capitão Sham escondeu bem as características marcantes do Conde Olaf, e para piorar ainda mais a desgraça, sua tia Josephine parece ter sido enfeitiçada por ele. É, parece que dessa vez Sunny, Violet e Klaus terão que usar com muita rapidez e inteligência suas habilidades para desmascarar novamente esse “tio” que quer roubar sua fortuna.

Enquanto os Baudelaire tentam sobreviver à sopa de pepinos fria de sua tutora, às ameaças do capitão Sham e descobrir uma forma de acabar com a farsa de Olaf, algo incrivelmente terrível acontece, e o Conde parece que triunfou sem dificuldades e está prestes a conseguir a guarda dos órfãos com o Sr. Poe.

Como escapar das mãos desse vilão que parece que finalmente conseguiu o que queria? Correndo contra o tempo, os três irmãos usaram sua inteligência e coragem; com a memória fotográfica e o vasto conhecimento de Klaus junto com a mente inventora de Violet e os quatro dentes afiados de Sunny, eles irão enfrentar sanguessugas famintas e um terrível furacão para conseguir provar quem é o verdadeiro capitão Sham, já que o senhor Poe novamente não acredita neles, o que chega a ser um pouco irritante e desesperador, já que ele presenciou algumas das façanhas do vilão e seus truques que o levaram a escapar de suas mãos.



Sabemos que os Baudelaire conseguirão escapar das garras do Conde Olaf, mas, infelizmente, as consequências serão desastrosas, a felicidade torna-se um fio de esperança e a união entre os irmãos é o que mais importa, os três irão perceber o que realmente tem importância entre eles. Para toda ação existe uma reação, então toda vez que o Conde Olaf aparecer com seus ridículos disfarces, os Baudelaires irão reagir cada vez mais preparados para enfrentá-lo e desmascará-lo para seu novo tutor ou para sr. Poe.

A franqueza e sinceridade do Snicket, com toda certeza, é o que torna a leitura mais agradável, mesmo com as novas desgraças contadas por ele. Seus avisos tornam-se cada vez mais urgentes para largarmos a história se quisermos ler algo feliz. Cada vez que leio uma nova desventura sinto-me mais conectada com o autor e com sua narrativa irônica e sagaz.

Mais uma vez terminei o livro já buscando o seguinte, pois, como disse a vocês, é impossível parar de ler, e por ser histórias curtas acabo lendo rápido, por mais que eu enrole para não terminar, Lemony nos conduz com muita facilidade para o desfecho.

Revi recentemente o filme, pois como ele aborda os três primeiros livros, queria compará-lo com eles e o filme não é de todo ruim, mas para uma adaptação pecaram e muito, mudaram muitas coisas que poderiam ter sido mantidas e não entendo por que juntaram os três livros sendo que poderia juntar dois ou até mesmo ter feito só o primeiro. A atuação da Meryl Streep como tia Josephine ficou impecável demais e foi um dos destaques.


A Companhia das Letras arrasou mais uma vez; esse box está lindo demais e cada livro é uma felicidade porque as capas são lindas, a ilustrações perfeitas e a diagramação lindíssima, a tradução do Carlos Sussekind está perfeita e a revisão excelente.


Se você continua aguentando com bravura essas desventuras dos irmãos Baudelaire, vai adorar conhecer a nova tutora das crianças e suas novas desgraças.





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