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Resenha: A Magia da Raposa

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Título:A Magia da Raposa
Autora:Inbali Iserles
Editora:Rocco Jovens Leitores
ISBN:8579802954
Ano: 2017
Páginas:272
Compre:Aqui

Sinopse:

Destemidas, solitárias, trapaceiras, pouco confiáveis... Seja em fábulas ou ditos populares, o imaginário coletivo não tem sido muito generoso com as raposas. A inglesa Inbali Iserles, uma autora premiada e apaixonada por animais, convida os leitores a conhecer melhor esses seres incríveis com a série Foxcraft, uma emocionante trilogia de fantasia protagonizada por uma raposa filhote. Isla vive nos limites das terras dos sem-pelo (os humanos) e está começando a desenvolver suas habilidades. Um dia, ao retornar para sua toca, ela está em chamas e cercada por raposas estranhas. E sua família não está em lugar nenhum. Forçada a fugir, Isla escapa para o frio e cinza mundo dos sem-pelo e é caçada por um inimigo cruel. Para sobreviver e encontrar sua família, Isla precisará dominar a antiga arte das raposas – poderes mágicos conhecidos apenas por elas – e desvendar os segredos da Foxcraft.

Resenha:

Gente linda!!! Hoje venho falar de um dos livros mais fofos e lindos que li esse ano e que me deixou completamente encantada por uma criatura tão pouco explorada nos livros: A raposa. Quer saber o motivo? Confira abaixo.

Isla, é um filhote de raposa que vive junto com sua família nos limites da Terracinza, cidade humana. Como é muito nova, não pode ou consegue fazer tudo o quer, pois está em fase de desenvolvimento junto com seu irmão Pirie, a quem tem muito carinho e é bastante apegada; os dois são como unha e carne e vivem seus dias com brincadeiras e práticas de caça.
“Não confiar em ninguém além da família, porque uma raposa não tem amigos” (p. 207).

Tudo ia bem até que, um dia, ao retornar para sua toca, Isla entra em desespero ao não encontrar sua família em lugar nenhum, não deixaram rastros e, para piorar, é forçada a fugir ao ver raposas estranhas perto de sua toca. Não tendo escolhas, acaba fugindo para Terracinza, enfrentando frio e o perigo dos sem-pelo.


Perdida e muito despreparada, Isla enfrenta muitas dificuldades ao tentar caçar, pois nunca foi tão boa quanto seu irmão, e principalmente tenta adaptar-se e sobreviver aos perigos da cidade, como os esmagadores (carros) e os sem-pelo. Em uma de suas andanças pelo Canal da morte, acaba entrando em território inimigo e é salva Siffrin, uma raposa que parece carregar muitos mistérios.

Juntos, os dois tentam sobreviver, tanto dos perigos da Terracinza quanto das raposas estranhas que os estão perseguindo; além disso, Isla sente que o recente amigo está escondendo segredos sobre sua família, pois a forma como se encontraram parece estranha e coincidente demais.

É impressionante em como a narrativa faz você acreditar que está mesmo na cabeça de uma raposa, Isla têm uma voz poderosa e notável; também é engraçado perceber como ela enxerga os humanos e nomeia coisas relacionadas ao nosso mundo e também mostra algumas ações que são bastante perigosas para animais como ela. Essa raposinha destemida nos dá descrições fortes e algumas até engraçadas.
“Você é muito ousada, Isla, muito destemida para esse mundo” (p. 191).


Em busca de sua família, Isla começa a conhecer sobre a magia de Fox Craft, sobre os Anciãos e sobre Karka e os Dominados, e perceberá que para sobreviver precisa aprender e dominar essa arte antiga que tem perpetuado por muitos anos entre as raposas, filhos de Canista. A relação entre Isla e Siffrin é ao mesmo tempo intrigante e engraçada, por desconhecer tudo relacionado a Fox Craft e por ser curiosa e teimosa, Siffrin perde um pouco a paciência em ensiná-la ou tentar responder todas às inúmeras perguntas do filhote.

A correlação entre os filhos de Canista, como os cachorros, lobos e raposas se dividiram, os cachorros deixaram ser domesticados e acostumaram-se a viver presos, os lobos isolaram-se na Terraneve e as raposas separaram-se vivendo nos limites da cidade ou na Terrabrava. Perceber como a magia têm influência na vida dos felinos é encantador e admirável.
“– Há muitas maneiras de uma raposa morrer, mas só uma para ela viver.– Qual? – perguntei, os olhos arregalados, as orelhas aguçadas.– Nós escolhemos sobreviver, e esse é o nosso legado. Escolhemos viver e nunca desistimos” (p. 67).
Os perigos e perseguições que os dois enfrentam é de deixar qualquer um angustiado e delirante, ainda mais quando Karka está envolvida nessa história; ficava eufórica e eletrizada para saber mais sobre o rumo da história e para descobrir novas pistas sobre o paradeiro da família de Isla, o porquê do bando de Karka a está perseguindo e porque Siffrin desviava de algumas de suas perguntas ou ficava sombrio quando mencionava alguns assuntos.


Inbali Iserles criou uma história encantadora e magnífica, explorando os mistérios que envolvem as raposas, animais tão incomuns e ao mesmo tempo intrigantes, que são pouco vistos nos livros atualmente. A forma que a autora inseriu a magia ficou incrivelmente extraordinária e sublime; sempre tive curiosidade sobre esses felinos e os acho fascinantes e enigmáticos, mas infelizmente só vi uma raposa na televisão ou internet.

Espero ansiosamente pela continuação dessa história tão rica em detalhes e deliciosa de ler, em uma tarde você consegue ler e ficar fascinado e encantado pelo poder das raposas e os mistérios que rodeiam Isla.

A Rocco fez um excelente trabalho com este livro, essa capa é linda demais e a diagramação é ainda melhor com algumas ilustrações que dão um toque a mais; a tradução da Débora Isidoro ficou impecável e a revisão excelente.


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