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Resenha: Sete Pecados da Língua

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Título: Sete Pecados da Língua
Autora: Dad Squarisi
Editora: Contexto
ISBN: 9788552000013
Ano: 2017
Páginas: 96
Compre: Editora ou Amazon

Sinopse:

Há pecados no uso do hífen? E na pontuação? E, Deus nos acuda!, na crase? Dad Squarisi trata, de forma irônica e agradável, dos grandes pecados e heresias da língua portuguesa. Cada tópico contém sete pecados diferentes, os mais comuns e os mais profanos, trazendo sempre dicas de como se manter na linha. Dad também nos apresenta dez grandes maravilhas de uma comunicação clara e objetiva. O humor, aliado a um conhecimento profundo do tema, faz o leitor aprender com alegria e sutileza sobre os elementos mais pecaminosos que existem no uso cotidiano do português. Contra a profanação, apresentamos este livro prazeroso e inventivo. Imperdível para quem quer escrever corretamente.

Resenha:

Aprender português é mais fácil do que você imagina. Isso mesmo, sabe aquela matéria cheia de regras, com regências despencando para todos os lados? Pode ser ensinada de maneira fácil, descontraída e, acredite, intuitiva. Isso é o que Dad Squarisi consegue mostrar em sua obra Sete Pecados da Língua. Com uma linguagem acessível, mostra que corrigir muitos pecados da língua é mais fácil e melhor do que pagar penitências depois.

O livro é dividido em assuntos, apresentando temas como “Os sete pecados do haver”, “Os sete pecados da conjugação verbal”, “Os sete pecados da pronúncia” e “Os sete pecados da reforma ortográfica”. Ou seja, a autora prioriza assuntos que sempre causam dúvidas em falantes nativos da língua e pessoas que utilizam o português padrão no ambiente do trabalho. Afinal, se precisamos de uma marca gráfica de reconhecimento em documento, precisamos de uma rubrica. Mas na hora de falar, a questão é: sílaba tônica na penúltima ou antepenúltima? Aquela verba que recebemos chama-se subsídio; porém, o s, depois do sub, pronuncia-se como “z” ou “ss”?


Dad desbrava dúvidas reais e constantes. Isso faz com que seu livro seja atrativo e realmente útil para o leitor. A obra funciona quase como um manual de consulta. Na dúvida sobre um determinado tema, basta verificar se ela o aborda. Se a resposta for positiva, há a certeza que a dúvida será sanada de forma simples e fácil. Mesmo para escritores com maior proficiência, a obra ainda traz dicas úteis, permitindo melhorar ainda mais o estilo e a pronúncia.

Além do excelente conteúdo, o livro também chama a atenção pela parte física. A capa é bonita e atrativa. A diagramação, por sua vez, é confortável e facilita demais a leitura da obra; para completar, temos uma revisão perfeita. Ou seja, tudo contribui para uma leitura agradável e útil.

Em suma, Sete Pecados da Línguaé uma obra interessante, que traz conteúdo acessível, e é perfeita para quem quer melhorar seus conhecimentos linguísticos. Sem dúvidas, obra mais do que recomendada.


Alguns trechos:

Nobel, papel e cruel se pronunciam do mesmo jeitinho. A sílaba tônica é a última. Na dúvida, pense um pouco. Se Nobel fosse paroxítona, pertenceria à gangue do móvel e automóvel. Teria acento. Como não tem, a conclusão é uma só. O nome do prêmio mais cobiçado do planeta é oxítono e não abre” (p. 33).

Demais, de maisDemais joga no time do exagero. Tem a acepção de muito, demasiadamente: Como demais. Falo demais. Corro demais. É inteligente demais. De mais quer dizer a mais. Opõe-se ao de menos: Ele me deu troco de mais (de menos). Até aí, nada de mais. No judiciário, há processos de mais e juízes de menos” (p. 40).

Iniciar a frase com o fracote– O pronome se chama átono porque é fraco. Tão fraco que precisa de apoio. Onde se encostar? Em outra palavra. Por isso, na norma culta, é proibido iniciar a frase com pronome átono. O pecador deixa a vítima desamparada. Ela tomba. Na queda, atropela a reputação do ímpio” (p. 45).


Mendigo, reivindicar– Leia as duas palavras em voz alta. Repita-as sete vezes. Guarde a posição do n. Muita gente muda a nasalzinha de lugar. Maltrata mentes e ouvidos. Olho vivo! Língua afiada!

Seriíssimo– Sabia? Há superlativos que dobram o i. Só cinco ou seis adjetivos têm essa manha. Quais? Os terminados em -io: frio (friíssimo), macio (maciíssimo), necessário (necessariíssimo), precário (precariíssimo), sério (seriíssimo), sumário (sumariíssimo).



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