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Resenha: Psicose

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Título: Psicose
Autor: Robert Bloch
ISBN: 9788566636154
Editora: DarkSide
Ano: 2013
Páginas: 240
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Sinopse:

Livro que deu origem ao mais famoso filme de suspense de todos os tempos. Psicose conta a história de Marin Crane, que foge após roubar o dinheiro que foi confiado a ela depositar num banco. Ela então vai parar no Bates Motel, cujo proprietário é Norman Bates, um homem atormentado por sua mãe controladora. Belo suspense, de tirar o fôlego!


Resenha:

Iniciar essa resenha sem antes fazer menção do lendário filme Psicoseé praticamente impossível. Ambos são clássicos, considerados como ícones do horror. O filme de Alfred Hitchcock ganhou um super destaque por seguir à risca o que o livro de Robert Bloch aborda. Todavia, não posso dar a minha opinião a esse respeito porque ainda não vi o filme. Porém, é preciso deixar claro: esse livro é fantástico.

A obra de Bloch foi publicada em 1959 e até hoje o sucesso é garantido e, a cada edição, o trabalho fica bem mais rico e prazeroso de se ler. Para quem não sabe, o livro é baseado no caso do assassino de Wisconsin, o psicótico Ed Gein.

Norman Bates é o protagonista e, engana-se quem pensa que o personagem principal é a mocinha bela por nome de Mary Crane. Nesse aspecto, o autor nos dá uma grande lição de como construir personagens incríveis e enredos totalmente fora do comum. Se você duvida, leia o livro e tenha certeza!

“Agora não adiantava chorar sobre o leite derramado. Ainda que não tivesse sido leite”.

O protagonista é um homem de 40 anos e bastante solitário. Mesmo com uma idade madura, sua mãe o trata como criança. Ela é dominadora e proíbe o filho até de ter relacionamentos amorosos. Norman gerencia o pequeno imóvel da família, o Bates Motel, localizado à beira da estrada. Depois de inaugurada uma nova rodovia, o movimento foi reduzido e, automaticamente, os lucros sofreram uma grande queda.


Paralelamente, temos a presença de Mary Crane, a mocinha da história. Ela é uma jovem muito idealista e que deseja casar com seu noivo, Sam, que está com problemas em seus orçamentos. Ele herdou uma dívida do falecido pai e pretende findá-la antes do casamento. Para ajudar o rapaz, ela desvia 40 mil dólares que seu chefe lhe confia o poder para depositá-los.

Ela decide fugir e, devido a uma forte chuva na estrada, acaba se hospedando no Bates Motel. Crane acredita que terá de passar a noite hospedada e adiar a viagem para o dia seguinte. Porém, alguns planos são alterados sem que ela possa reverter isso. O que Crane jamais imaginaria é que estaria no lugar errado e com as pessoas erradas.

“- Você odeia as pessoas porque em verdade tem medo delas, não é? Sempre teve medo, desde pequeno. Melhor se enroscar numa cadeira debaixo da lâmpada e ler um livro”.

Norman convida a doce jovem para um jantar. Ele se encanta pelo jeito da garota e fica obcecado por ela. Contudo, como sua mãe barra todo tipo de contato, ela percebe que aquela garota lhe causará problemas e decide dar um basta nisso. E o que será que ela faz?

A obra é uma adrenalina do início ao fim. O leitor fica vidrado para saber o que acontecerá e não quer perder nenhum detalhe sequer. Bloch sabe desenvolver um bom enredo sem tornar a narrativa cansada e com inúmeros detalhes. Ele não enrola: é isso ou aquilo. Não existe meio termo e o leitor apenas capta os resquícios de provas possíveis para saber o desfecho da obra. Porém, é impossível prever o que acontecerá. O autor age como um psicótico e cria um fim totalmente inesperado.


Não é apenas isso que mostra a arte de Bloch, mas o fato de ele eliminar a mocinha logo no início da trama, acabando com a visão taxativa que a mocinha tem que viver. Excepcional e que merece destaque.

“- Mudar, menino? Não vai mudar. Pode ler todos os livros do mundo que será sempre o mesmo. Não preciso dar ouvidos a essa algaravia obscena para saber quem é você. Até uma criança de oito anos sabe!”.

Porém, o que senti falta um pouco foi na cena do banheiro. Penso que essa parte poderia ter sido bem mais trabalhada e desenvolvida de uma maneira que fisgasse o leitor ao descobrir a presença da jovem moça no chuveiro. Não dá para explicar mais para não cometer nenhum spoiler. Embora tenha pensado isso nessa cena, em momento algum diminuí as cinco estrelas desse livro. É incrível, surpreendente e impactante.

Não satisfeito com o sucesso do livro e a criação do filme, ainda lançaram uma série chamada Bates Motel e que estou mega ansiosa para assistir. Esse ícone do horror tende a se perpetuar por muitos e muitos anos ainda, quanto mais se lê a obra, mais se gosta; acredito que o mesmo aconteça com o filme, afinal, os elogios não acabam nunca.

Não tem como explicar a delícia que é ler esse incrível pânico recheado de terror e suspense. A leitura é fundamental e imperdível!

“A prática leva à perfeição”.

Essa resenha faz parte da Primeira Maratona Literária de Horror.

http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/09/1-maratona-de-horror.html


http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/10/resultado-do-top-comentarista-de.html

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