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Resenha: A Tormenta de Espadas

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Livro: A Tormenta de Espadas
Autor: George R. R. Martin
Editora: LeYa
ISBN: 9788580442625
Ano: 2011
Páginas: 884
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Sinopse:

A tormenta de espadas, o terceiro livro da série de George R. R. Martin, onde os Sete Reinos já sentem o rigoroso inverno que chega, mas as batalhas parecem estar mais cruéis e impiedosas. Enquanto os Sete Reinos estremecem com a chegada dos temíveis selvagens pela Muralha, numa maré interminável de homens, gigantes e terríveis bestas, Jon Snow, o Bastardo de Winterfell, que se encontra entre eles, divide-se entre sua consciência e o papel que é forçado a desempenhar. Robb Stark, o Jovem Lobo, vence todas as suas batalhas, mas será que ele conseguirá vencer os desafios que não se resolvem apenas com a espada? Arya continua a caminho de Correrrio, mas mesmo alguém tão desembaraçado como ela terá grande dificuldade em ultrapassar os obstáculos que se aproximam. Na corte de Joffrey, em Porto Real, Tyrion luta pela vida, depois de ter sido gravemente ferido na Batalha da Água Negra; e Sansa, livre do compromisso com o homem que agora ocupa o Trono de Ferro, precisa lidar com as consequências de ser a segunda na linha de sucessão de Winterfell, uma vez que Bran e Rickon estariam mortos. No Leste, Daenerys Targaryen navega em direção às terras da sua infância, mas antes ela precisará aportar às desprezíveis cidades dos escravagistas. Mas a menina indefesa agora é uma mulher poderosa. Quem sabe quanto tempo falta para se transformar em uma conquistadora impiedosa?


Resenha:

Quando você pensa que George R. R. Martin não poderá mais se superar, ele te mostra que você está completamente errado. Você diz que manterá a mente aberta e esperará por tudo, porém, mesmo assim ele te surpreende. Com essa obra, certamente, Martin se confirma como o maior escritor de fantasia época da atualidade. Mas, prepare seu estômago e coração: a morte ronda esse livro.

Asas escuras, palavras escuras. Os corvos voam por todos os lados nos Sete Reinos levando suas mensagens de morte, traição, suspeitas e vitórias pouco louváveis. A guerra dos cinco reis esquenta e parece não ter fim. Os ânimos são, aparentemente, inesgotáveis. Luta-se até a última gota de sangue, até a última consequência. E quando uma chama é minimizada, outra se alastra e leva tudo que encontra a sua frente.


A guerra se torna tão profunda e dolorosa que chega até as longínquas muralhes de gelo, Isso, sem dúvidas, é sinal que o inverno está para chegar. E quando ele surgir, as pessoas se surpreenderão. Espadas e lanças serão inúteis contra o frio que corrói a alma e destrói o coração.

“O jantar estava sendo servido no salão quando Arya entrou, toda lavada, penteada e vestida, Gendry deu uma olhada e riu tanto que o vinho saiu por seu nariz, até que Harwin lhe deu uma forte palmada na orelha. A refeição foi simples, mas nutritiva; carneiro e cogumelos, pão escuro, purê de ervilhas e maçãs cozidas com queijo amarelo” (p. 235).

Os reis, verdadeiros e falsos entram em combate. Alguns sucumbirão diante dos inimigos, outros, diante daqueles que se vestem de amigos. Aliás, traições é uma característica marcante na escrita de George R. R. Martin. Espere sempre o pior de cada personagem; raramente eles são essencialmente bons. Afinal, pessoas bondosas morrem cedo e dolorosamente.

Por trás de cada sorriso sempre há uma sugestão de batalha. Por trás de cada afago, um punhal que clama por sangue e traição. Irmãos contra irmãos, filhos contra pais. Não há outra escolha: quando se entra no jogo dos tronos, ou ganha ou morre. E todos preferem morrer a serem vencidos. 


Ante tanta luxúria e jogos de poder, a fé começa a se destacar fortemente nesse livro. Alguns cultuam aos velhos deuses e buscam abrigo embaixo de seus represeiros. Outros se curvam sob os Sete. Há ainda os que se entregam ao Senhor da Luz, porém, a fé não empunha espadas e não vence batalhas. Raramente a fé estanca o sangue e faz levantar os quase mortos.

“Jon interrogava-se sobre onde estaria agora o Fantasma. Teria ido para Castelo Negro, ou andaria vagueando pelos bosques com alguma alcateia? Não tinha qualquer percepção do lobo gigante, nem mesmo em sonhos. Isso fazia-o sentir como se parte de si mesmo tivesse sido cortada” (p. 427).

A guerra dos cinco reis pouco durará. Reis caem como laranjas podres de uma velha árvore. Porém, atrás de cada queda, uma nova casa ressurge, uma nova pretensão ganha força. E até mesmo aqueles que não têm sangue nobre resolvem que tomarão parte nos jogos, transformando o livro em uma grande arena de batalha.

No livro A Tormenta de Espadas George R. R. Martin demonstra mais uma vez sua genialidade com as palavras. Os dados estão lançados. Quem você menos espera, sairá vitorioso. Preparem seus corações, o trono de ferro irá sangrar.
http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2014/11/resultado-do-top-comentarista-de.html


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