Título: Entre o Amor e o Silêncio
Autora: Babi A. Sette
ISBN: 9788542802344
Editora: Novo Século
Editora: Novo Século
Ano: 2014
Páginas: 528
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Sinopse:
Francesca Wiggs sofreu uma grande decepção amorosa e, desde então, está decidida a não se relacionar mais. Além de se dedicar a escrever o seu livro, ela resolve preencher os dias com um trabalho voluntário – a leitura para pacientes em coma proporcionaria para ela a distância para problemas com o coração. No entanto, um grande imprevisto ocorre quando ela passa a se sentir atraída pelo paciente. Mitchell, descrito como um poderoso magnata, seria a antítese de tudo o que ela busca em um homem... se não estivesse em coma. Precisar de alguém inconsciente seria um absurdo, não seria? Amar uma pessoa que nunca responde parece loucura! Francesca já havia entendido e sentia-se quase segura diante disso. Mas, e se Mitchell acordasse? A aproximação desses personagens tão diferentes revela um romance encantador e divertido, repleto de reviravoltas. Entre a vida e a morte, a ilusão e a realidade, o amor pode ser realmente o milagre que faz tudo mudar?
Resenha:
Entre o amor e o silêncio foi um livro que me surpreendeu positivamente. Nunca costumo esperar muito de romances românticos porque, em geral, eles são envolto em clichês Porém, Babi conseguiu claramente ir além, principalmente no quesito qualidade da escrita, o que me agradou bastante.
Francesca nunca teve sucesso com os homens. O seu primeiro trauma foi com seu pai que lhe abandonou e mesmo ela tentando sucessivos contatos, nunca recebeu atenção. Isso a faz não confiar nos homens. Seus relacionamos amorosos posteriores só agravaram a situação devido às decepções que surgiram deles.
Ela, então, resoluta a mudar seus hábitos, resolve se candidatar para participar de uma terapia diferente: ela iria começar a ler para pessoas em coma. Porém, algo saiu do controle e Francesca se vê encantada por alguém que não pode respondê-la. Mas e se um dia ele acordasse? Será que o amor poderia acontecer?
“Afogada nas lembranças, permitiu-se chorar. Quando menina fazia isso até dormir. Fazia isso sozinha, como estava, encolhendo o seu corpo. Com uma dor travada na boca, soube que outro homem a fazia amargar com gosto escuro” (p. 14).
Em uma narrativa em terceira pessoa, Babi criou personagens profundos e bem trabalhados, mas, acima de tudo, reais. Eles possuem falhas, erram, muitas vezes têm defeitos quase insuportáveis, mas possuem uma verdade que encanta o leitor. Não obstante, mesmo em terceira pessoa conseguimos entender perfeitamente a ação dos protagonistas e também seus pensamentos.
Outro ponto que me chamou muito a atenção, também, foi a escrita quase poética, mas muito fluida, da autora. Eu, particularmente, prefiro a linguagem mais trabalhada como ela usou; até porque isso demonstra um talento maior de quem escreve, além de um amadurecimento quando tal linguagem é usada nos momentos propícios.
Se não bastasse a construção do enredo que foi bem elaborada, a parte física também está muito boa. Mesmo eu não gostando de perfis humanos em capas, gostei da capa que foi utilizada na obra. A diagramação, por sua vez, está simples, porém bem confortável, com letras e espaçamento em um bom tamanho, além de páginas amareladas; o que propicia uma leitura ainda mais ágil.
"Sempre quando nos apaixonamos por alguém, na verdade estamos apaixonados por nossas próprias expectativas, Fran, você apenas levou isso ao limite. Bem extremo." (p. 139/140).
Sem dúvida alguma indico o livro para quem gosta de romances românticos; estes leitores certamente irão adorar a obra. Para quem não é fã do gênero vale a leitura para conhecer a excelente escrita da autora.
Só lembrando que o livro possui algumas cenas mais quentes, o que pode não agradar todo mundo. Mas as cenas são bem moderadas, podemos dizer assim, o que faz que o livro não seja hot.