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Resenha: O Portal de Magmund

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Título: O Portal de Magmund
Autor: Marcos Baccarini
ISBN: 9788582352137
Editora: Gutenberg
Ano: 2014
Páginas: 384
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Sinopse

O totem sagrado da cidade de ValaMares desapareceu. Só esse acontecimento já seria um grande problema, não fosse a preocupante lenda que diz que o sumiço do monumento é o prenúncio da vinda do Duocáptero, um temível dragão de duas cabeças que virá de um mundo chamado Magmund, deixando pânico e destruição em seu rastro de fogo.
A missão de evitar o desastre iminente e fechar o portal entre os dois mundos ficará a cargo de quatro garotos, um cão, uma coruja e mais alguns convidados inesperados que se juntarão à tarefa por vontade própria ou não. Enquanto os adultos e investigadores buscam descobrir se as lendas e os mitos sobre portais e ladrões de relíquias são verdadeiros, Krigo, Petronius, Rita e Valentina aceitam o desafio de desvendar os antigos mistérios entre ValaMares e Magmund por si mesmos ou, de repente, com a ajuda de alguns dons inesperados que por acaso possam se revelar neles.
Quando soldados mutantes, uma bruxa indiscreta, um rei ganancioso e um gnomo explosivo se colocam no caminho dos viajantes, um monstro de duas cabeças deixa de ser a única ameaça de um mundo onde o perigo espreita por trás de cada passagem secreta.

Resenha:

A resenha, dessa vez, será um pouquinho diferente; não farei aquela breve ambientação inicial sobre o livro porque, tudo que eu poderia falar sem proferir spoiler, a sinopse já mencionou. Então já vou direto para a análise da obra, certo?

Marcos Baccarini foi um autor que me surpreendeu positivamente. Não conhecia nada sobre ele, até porque esse é seu livro de estreia. Então, não criei expectativas para não correr o risco de me decepcionar. A estratégia deu certo; o autor foi muito além do que eu imaginava e, certamente, me ganhou com sua escrita descomplicada.

Como dá para perceber pela sinopse, o livro é uma fantasia voltada para o público infantil ou adolescente. Eu, como não ligo para a questão da idade, mergulhei de cabeça e conheci uma turma muito legal. Krigo, Petronius, Rita e Valentina são crianças muito interessantes e curiosas, algo bem típico da idade; porém, dessa vez, a curiosidade deles os levam para uma aventura inimaginável. Na investigação do sumiço de um totem, eles podem encontrar criaturas que eles jamais imaginavam existir.
“O prefeito puxou o delegado e o levou até a praça. Era até engraçado ver aqueles dois homens correndo lado a lado pela rua, pois, ao contrário do prefeito, o delegado era um sujeito baixo, gordinho e muito desajeitado” (p. 8).
Apesar de termos crianças como protagonistas na investigação do sumiço do totem, o autor não as fez parecerem adultas, prontas para lutas e para resolver problemas, como muitos livros por aí. Elas são retratadas como crianças verdadeiras, tanto no modo de pensar e agir. Só com isso o autor já ganhou pontos inúmeros comigo. Porque não há nada pior do que ler um livro onde a criança age como um lutador ou esgrimista de trinta anos.

Não obstante essa coerência na criação dos protagonistas, o autor soube trabalhá-los de maneira incrível. Eles são bem aprofundados, tanto física quanto psicologicamente. E o melhor: alguns deles possuem poderes especiais bem interessantes, o que torna todo o enredo muito mais atraente.
Se o enredo e desenvolvimento do livro são ótimos, a parte física também não fica atrás. A Gutenberg, além de caprichar na revisão, preparou uma diagramação encantadora. É impossível não ficar admirando a arte do livro. Além disso, o espaçamento e as letras de tamanho confortável tornam a leitura ainda mais ágil.
“Alguns fatos comprovam que nosso totem é a representação de um dos deuses do antigo império dos tavilandros, deus esse que era chamado de Porthus. Porthus era o deus guardião, aqueles que os tavilandros consideravam o protetor do seu povo e, exatamente por isso, nosso totem é considerado sagrado, já que representa a proteção divina de um povo”. (p. 25).
Recomendo esse livro, sem dúvidas, para crianças e adolescentes; ele proporcionará uma aventura incrível para a turma que você tem em casa. E se você for um adulto que não faz questão de crescer, também é bem-vindo nessa jornada. Você não vai se decepcionar.


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