Título: O Dom
Autores: James Patterson e Ned Rust
ISBN: 9788581632810
Editora: Novo Conceito
Ano: 2013
Páginas: 288
Compre: Aqui
Sinopse:
Os irmãos Allgood nunca desistem de lutar contra os poderes autoritários e desumanos d’O Único Que É O Único, mas, agora, eles estão sem Margô — a jovem e atrevida revolucionária; sem Célia — o grande amor de Whit; e sem seus pais — que provavelmente estão mortos...
Então, em uma tentativa de esquecer suas tristes lembranças e, ao mesmo tempo, continuar seu trabalho revolucionário, os irmãos vão parar em um concerto de rock organizado pela Resistência onde os caminhos de Wisty e de um jovem roqueiro vão se cruzar. Afinal, Wisty poderá encontrar algo que lhe ofereça alguma alegria em meio a tanta aflição, quem sabe o seu verdadeiro amor...
Mas, quando se trata destes irmãos, nada costuma ser muito simples e tudo pode sofrer uma reviravolta grave, do tipo que pode comprometer suas vidas.
Enquanto passam por perdas e ganhos, O Único Que É O Único continua fazendo uso de todos os seus poderes, inclusive do poder do gelo e da neve, para conquistar o dom de Wisty... Ou para, finalmente, matá-la.
Resenha:
Sou fã do James Patterson, de seus livros policiais. E, exatamente por isso, comecei a ler o livro Bruxos e Bruxas. Até gostei do primeiro livro. Achei que tinha uma narração diferente, engraçada. A história não foi tão desenvolvida assim, mas tinha potencial. E pensando nesse potencial é que fui ler O Dom. Infelizmente, James me decepcionou pela primeira vez.
O livro começa com Whit vendo em um telão que sua irmã será executada. Ele, obviamente, como um irmão protetor, sai correndo para proteger Wisty. Porém, O Único havia preparado uma surpresa mais do que especial: não era Wisty que estava no palco, mas outra pessoa.
Posteriormente a esse acontecimento, com os dois irmãos inteiros e vivos, eles resolvem organizar um evento de rock nas Terras Livres a fim de motivar a todos aqueles que não se curvaram diante do Único. Porém, uma misteriosa banda chama a atenção, principalmente da Wisty. E, exatamente por isso, muita coisa sairá errada e o final dessa aventura poderá ser trágico.
“Meu nome é Whit Allgood, Acho que você já ouviu falar de mim e da minha irmã, Wisty, e da loucura toda que aconteceu, mas o negócio é o seguinte: é muito pior do que você pensa que é” (p. 11).
Para ser sincero, minha vontade era jogar esse livro na parede e depois queimar. Nunca me senti tão irritado com uma leitura. Literalmente eu perdi meu tempo e meu dinheiro lendo cada página dessa obra. O motivo? Se o primeiro livro já não era perfeito, mas pelo menos conseguia agradar, esse desandou de vez.
Wisty está irritante demais. No primeiro livro ela já não era a melhor personagem, agora ela está insuportável. Fala coisas sem sentido, seus pensamentos são absurdos, fica de mimimi em alguns momentos e age como se fosse uma criança hiperativa depois de comer meio quilo de açúcar. Porém, ao menos, Whit permanece da mesma forma que o primeiro livro. Não evoluiu – com exceção de seus poderes –, mas pelo menos não piorou.
Nesse livro, para mim, o único personagem que se salvou foi o Único desculpem o trocadilho. Apesar dele não ser um vilão marcante e incrível tipo Darth Vader ou Coringa, pelo menos ele consegue se safar das críticas. E ele conseguiu controlar a mente de meio mundo; então, já é alguma coisa.
“Pode acreditar em mim, você não sabe o que é dor até acordar depois de ter sido atingida por um dardo tranquilizante da Nova Ordem. Ou três. Ou Doze” (p. 127).
No Skoob eu dei apenas duas estrelas para a obra e isso só foi possível graças a Novo Conceito. Apesar de o livro ser um desastre, eu adorei a capa do livro. Além disso, o espaçamento e revisão estão bons, o que proporciona uma leitura rápida. A editora fez muito bem a parte dela; os autores não.
Com essa resenha, você deve imaginar que abandonarei a série, não é? Mas eu não farei isso; mesmo com os dois pés atrás, eu darei uma nova chance e lerei o terceiro livro. Vai que um milagre acontece. E, quanto ao James, ele é um excelente autor de livros policiais; quanto aos infantojuvenis ele deixou a desejar.