Título: Aconteceu em Paris
Autora: Molly Hopkins
ISBN: 9788581632599
Editora: Novo Conceito
Ano: 2013
Páginas: 480
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Sinopse:
Evie Dexter quer fazer carreira como guia de turismo. Determinada como é, e cheia de coragem por causa de um ou outro drink, ela logo começa a “melhorar” seu currículo. E consegue um ótimo emprego: acompanhar turistas por toda Paris. Agora é só uma questão de se firmar como profissional demonstrando o seu melhor. Mas os vinhos franceses são tão gostosos... E seu tutor, Rob, é bonito demais!
O primeiro romance de Molly Hopkins é um livro que todo mundo gostaria de ler. É verdade que você pode se incomodar com o comportamento de Evie quando ela descobre que Rob é muito rico, e pode até ser que você ache que Rob é exageradamente controlador. Mas nada é maior que as gargalhadas que você dará quanto mais conhecer a garota descomedida, apaixonada e com um imenso coração que é Evie. Uma moça como muitas que conhecemos.
Resenha:
Aconteceu em Paris é uma obra diferente de tudo o que eu poderia imaginar. Porém, não é diferenciada por um lado que eu consideraria como positivo, pelo contrário. A obra apenas mostra aquilo que já sabemos, ela apenas repete para termos certeza de tudo o que não devemos fazer.
Evie Dexter é uma moça de 26 anos, devo confessar que ela tem uma mentalidade de uns 15 anos (ou até menos). Ela está desempregada e bastante endividada. Seu dinheiro é apenas investido em bebidas, viagens, roupas e comidas. Então, cansada de não ter renda para gastar, ela decide procurar um emprego de guia turística. Como Dexter não tem nenhuma qualificação profissional, sua alternativa é mentir. Ela monta o seu currículo regado de mentiras e, para sua felicidade, consegue o emprego. A sua primeira viagem tem como destino Paris e ela não sabe nada sobre o lugar.
Ao chegar ao local de destino para embarcar no ônibus, Evie percebe que esqueceu a sua bolsa em casa, com os documentos, dinheiro e, claro, sua maquiagem (claro, isso é absolutamente normal para as mulheres, não? Esquecer uma bolsa em casa é algo muito comum. Só preciso ser apresentada a uma delas porque desconheço isso). Ao avistar o ônibus, ela vai até ele e conhece Rob, o motorista, e explica a situação. Rob decide ajudar a moça pedindo para que ela se tranque no banheiro quando chegar à divisa do país. Como a protagonista não conhece nada sobre Paris, enquanto eles passam por pontos turísticos, ela simplesmente inventa aos passageiros o nome de cada lugar.
“Peguei meu guia de Paris da bolsa e folheei as páginas, tentando decorar o máximo de fatos e informações que pudesse. Estava agitada, nervosa e com as palmas das mãos suadas. Eu queria aquele emprego. O problema é que não poderia ser eu mesma. Certamente essa era a última pessoa que eu deveria ser, porque eu não teria nenhuma chance de conseguir esse emprego”.
Evie tem uma personalidade totalmente conturbada, estranha e repugnante. Leva uma vida fútil, só pensa em beber e depois fica se martirizando por estar gorda. Ela decide que vai emagrecer, mas não larga as bebidas e a alimentação regada de besteiras. É uma viciada em sexo, ela não pode ficar um mês sem sair com alguém, pois já considera que está encalhada (francamente). Evie deseja encontrar um homem dos sonhos, aquele que seja sempre gentil, agradável, doce e que possa comprar as melhores coisas para ela. Porém, a protagonista esquece o principal: ela não se valoriza. Não se trata como uma mulher que merece respeito. Anda bêbada em cada festa, bar, se envolve com vários homens e depois não quer ser considerada como fútil e ser desprezada? Dexter é uma pessoa que as mulheres deveriam observar e tomá-la como um exemplo de tudo o que não deveríamos fazer e nem ser. Não obstante, como se bastasse apenas ela, Evie divide o apartamento com uma amiga que está no mesmo páreo.
A sinopse alega que a obra é romântica, que a personagem é destemida e engraçada. No entanto, quem se deixa levar pela sinopse acabará se decepcionando. Não vi nada disso na obra. Poderia até considerar o livro romântico, se fosse algo mais envolvente. Contudo, o relacionamento deles parecia mais um interesse para evitar a solidão, já que Evie se rotula como encalhada e carece de modificar isso.
Quando não gosto de algo na obra, apego-me ao personagem com intuito de observar sua personalidade e a maneira de agir em determinadas circunstâncias. No entanto, em momento algum consegui sentir carisma pela protagonista e por nenhum outro personagem, com exceção das sobrinhas dela que eram umas pestinhas e me divertia com a bagunça das crianças. Evie é irritante e isso fez com que eu desejasse apenas chegar ao final da obra, mesmo pensando em abandoná-la em muitos momentos.
“Quando você entrega a alguém a chave de seu coração, ele pode entrar e sair quando quiser, a menos que você ponha uma barreira. Do contrário, existe a possibilidade de que o coração fique permanentemente aberto, permitindo que entre quando desejar e destrua qualquer vestígio de amor-próprio que ainda tenha”.
Fui despertada a ler esse livro mais pela sinopse e pela opinião das pessoas na blogosfera do que por qualquer outra coisa. Muitas afirmaram que a história era ótima e muito divertida. Se você gosta de romance a obra é indicada para você e espero que minha crítica não influencie. Contudo, se você não gosta de romances chick-lits, assim como eu, sugiro que procure outra obra para embarcar nesse gênero.
A capa é bem trabalhada e a diagramação é muito bem feita proporcionando uma leitura confortável. A editora Novo Conceito realmente capricha em seus trabalhos. Uma pena que o livro não foi nada daquilo que eu esperava.
Para quem não sabe, essa obra tem continuação; o segundo livro é intitulado Aconteceu em Veneza. Para ser sincera, não vi nenhuma ponta solta nessa história para que necessitasse de outro volume. Aconteceu em Paris não me proporcionou uma leitura envolvente e confesso que não estou nada curiosa para ler a continuação.
“Amar não é encontrar uma pessoa com quem você queira viver junto. É entender que encontrou uma pessoa e que não pode viver sem ela”.