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Resenha: O Pequeno Príncipe

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Título: O Pequeno Príncipe
Autor: Antoine de Saint-Exupéry
ISBN: 9788581303079
Editora: Geração Editorial
Ano: 2015
Páginas: 160
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Sinopse:
O Pequeno Príncipe - Um piloto cai com seu avião no deserto e ali encontra uma criança loura e frágil. Ela diz ter vindo de um pequeno planeta distante. E ali, na convivência com o piloto perdido, os dois repensam os seus valores e encontram o sentido da vida. Com essa história mágica, sensível, comovente, às vezes triste, e só aparentemente infantil, o escritor francês Antoine de Saint-Exupéry criou há 70 anos um dos maiores clássicos da literatura universal. Não há adulto que não se comova ao se lembrar de quando o leu quando criança. Trata-se da maior obra existencialista do século XX, segundo Martin Heidegger. Livro mais traduzido da história, depois do Alcorão e da Bíblia, ele agora chega ao Brasil em nova edição, completa, com a tradução de Frei Betto e enriquecida com um caderno ilustrado sobre a obra e a curta e trágica vida do autor.

Resenha:
O Pequeno Príncipeé um dos livros mais lidos no mundo; sempre fiquei envergonhada por não ser uma das que tinha o nome na lista. Quando a Geração divulgou o lançamento com uma nova edição, tive certeza: era essa a minha hora. Antes, nunca entendia muito bem o porquê as pessoas falavam tão bem desse livro. Não imaginei que era um exagero, mas fiquei com um pé atrás desde o início. Se soubesse da magnificência dessa obra, certamente, já teria lido-a, no mínimo, umas três vezes.

A obra nos faz acordar e mostra-nos o verdadeiro sentido da vida. Parece loucura, estranho ou exagero; não é nada do que imaginamos. Assim como um idoso, uma criança de cinco anos tem o poder de entender o que esse livro diz. Ele é tocante e cheio de emoções.

“Ora, meu desenho é, com certeza, bem menos charmoso que o modelo. Não é culpa minha. Quando tinha seis anos, os adultos me desencorajaram a seguir a carreira de pintor. Não aprendi a desenhar mais nada, exceto serpentes vistas pelo lado de fora e serpentes vistas pelo lado de dentro” (p.14).
Um piloto cai com seu avião no deserto e então conhece uma criança. Em sua infância, esse homem desiste de ser desenhista, pois os adultos nunca entendiam os seus trabalhos. A verdade é que, mesmo hoje em dia, os grandes têm uma forte influência sobre os pequenos; muitos deles sofrem traumas que os adultos os fizeram passar.

Essa criança que o piloto encontra diz ter vindo de um pequeno planeta. Ele é chamado de o pequeno príncipe e adora fazer perguntas sobre tudo. O garoto pede ao homem para que ele desenhe um carneirinho e ambos passam a conversar sobre os detalhes da vida. É impossível não se encantar com esse garotinho. O jeito que o pequeno príncipe enxerga as coisas, a forma que ele descreve os adultos é algo incrível e de deixar qualquer um envergonhado por ele trazer à baila uma dura realidade.
“Adultos adoram números. Quando vocês contam que têm um novo amigo, eles não ligam para o que é importante. Nunca perguntam: ‘Qual o tom da voz dele?’, ‘De que ele gosta de brincar?’, ‘Ele faz coleção de borboletas?’. Os adultos preferem perguntar: ‘Que idade tem?’, ‘Quantos irmãos?’, ‘Quanto pesa?’” (p.25).
Além da história tocante, esse trabalho da Geração é de dar inveja. A capa dura, com relevos e brilhos é maravilhosa. A diagramação é para colocar no bolso qualquer edição. As folhas bem trabalhadas e os desenhos bem explorados. Como se não fosse o bastante, no final da obra somos brindados com a vida e obra do autor, além de conter diversas fotos sobre a história de Exupéry.

Depois de todo esse conjunto de qualidades, é redundante indicar que vocês adquiram esse exemplar. Apenas saibam de uma coisa: vocês podem ter inúmeras edições de O Pequeno Príncipe, mas nenhuma chegará aos pés dessa edição. Se ainda existir dúvidas, confiram mais algumas citações e outras fotos:

Outros Quotes:
“É preciso exigir de cada um o que cada um pode dar” (p.53).
 “- Se Vossa Majestade deseja ser prontamente obedecido, dê-me uma ordem sensata. Ordene, por exemplo, que eu parta imediatamente. Tudo indica que as condições são favoráveis...” (p.55).
“- [...] Se você encontra um diamante que não é de ninguém, ele lhe pertence. Se encontra uma ilha sem dono, ela é sua. Quando você é o primeiro a ter uma ideia, logo a registra como sua. Sou dono das estrelas porque ninguém, antes de mim, teve a ideia de se apropriar delas” (p.66).
“- Onde estão as pessoas? [...] A gente se sente um pouco no deserto...- Há solidão também quando se está entre as pessoas” (p.86).
“- Só se conhece bem o que se cativa. [...] As pessoas já não têm tempo de conhecer nada. Preferem comprar tudo pronto nas lojas. Como não existem lojas que vendem amigos, as pessoas não têm amigos. Se quer um amigo, trate de me cativar!” (p.99).
“- Eis meu segredo. É muito simples: só se vê bem com o coração. O essencial é invisível aos olhos” (p.101).


Outras fotos:


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