Quantcast
Channel: Desbravador de Mundos
Viewing all articles
Browse latest Browse all 1532

Resenha: A ilha de Bowen

$
0
0


Título: A ilha de Bowen
Autor: César Mallorquí
ISBN:
9788578481407
Editora: Biruta
Ano: 2014
Páginas: 524
Compre: aqui
Sinopse:
Tudo começou com o assassinato do marinheiro Jeremiah Perkins, em um pequeno porto norueguês, e com um pequeno pacote, que ele enviou para Lady Elisabeth Faraday. Mas talvez a história tenha começado quando estranhas relíquias foram descobertas em uma antiga cripta medieval. Foi por causa disso que o malhumorado professor Ulisses Zarco resolveu embarcar em uma aventura a bordo do Saint Michel, enfrentando inúmeros perigos e o terrível mistério que envolvia a Ilha de Bowen.

Resenha:
Quando o livro da editora Biruta chegou, já levei um susto logo de cara. A capa é bem mais chamativa pessoalmente do que pela foto. O livro também é maior do que eu imaginava, mas devo dizer que cada página valeu a pena; a vontade que a história não acabasse foi grande.

Essa história conseguiu me surpreender em todos os sentidos. Dificilmente inicio uma resenha falando sobre a estética, mas esse livro foi amor à primeira vista e, se não amasse logo de cara, olharia novamente para amá-lo pelo segundo olhar. Não existe uma explicação para isso, não sei se foi esse azul mesclado que me lembra do céu ou esse misto de coisas abstratas que me cativaram; não sei.

Como se a paixão fosse pouca, na orelha do livro relata que A ilha de Bowen surge com influência de grandes nomes da ficção científica. Aqueles que são nerds, apaixonados por FC, certamente, irão se encantar por isso: H. G. Wells e Júlio Verne, além do tão querido e amado Arthur Conan Doyle e o seu incrível Sherlock Holmes. Quando se tem grandes nomes como referência em uma obra, possivelmente, ela não deixará a desejar. E não deixou!

Um livro infantojuvenil para encantar ao leitor de qualquer idade. Um grande mistério surge na ilha de Bowen. A bordo do navio Saint Michel, comandado pelo senhor capitão Verne, Zarco e Durango partem para uma enigmática expedição pelos mares do norte do chamado “velho mundo”, melhor dizendo: a Europa.

Eles estão em busca de respostas, pois a trama segue ao desvendar o misterioso sumiço do arqueólogo Sir Foggart. A esposa do arqueólogo inglês procura o professor Ulisses Zarco, Lady Elizabeth, juntamente com sua filha Katherine, para ajudá-las a descobrir o paradeiro do esposo.

Zarco, a princípio, não aceita. Ele tem outras atividades a fazer e não quer se retirar do escritório para tratar de assuntos que não são relacionados ao seu trabalho. No entanto, algo chama a sua atenção: um artefato vindo da ilha de Bowen cuja existência nem a ciência conseguiria explicar. Ele foi entregue pela senhora Elizabeth e, segundo ela, Foggart pediu para que mostrasse ao professor caso se recusasse em ajudar.

É impossível deixar de mencionar o gênio fortíssimo do professor Zarco. Exigente, chato, rabugento, muito mandão e sarcástico. Ele poderia ter infinitos defeitos, mas o sarcasmo dele me ganhou por completo. Mesmo no meio de uma cena densa, que exige seriedade ou qualquer elemento parecido, não conseguia conter as risadas. Suas respostas ácidas e irônicas eram as partes mais divertidas do livro. Sem dúvidas, foi o meu personagem preferido.

Acredito que o único ponto que eu poderia evidenciar sua ausência foi no quesito da cor das páginas que é branca e não amarelada. Porém, nem nesse sentido eu achei ruim. A diagramação é muito boa, a margem, o espaçamento e a fonte proporcionam uma leitura agradável e que não irrita os olhos pela cor das laudas. Demorei bastante tempo para ler o livro, não porque era ruim; estava tão encantada que não queria que acabasse nunca. Todavia, precisava resenhar, então tive de finalizar com uma dor no coração e uma felicidade pela história ter superado minhas expectativas. 

O livro possui mais de 500 páginas, mas a emoção, a diversão e a aventura contidas valem a pena cada lauda. Indico a obra para qualquer ser humano que respira, até mesmo os que não sabem ler, pois eles precisam ouvir essa inesquecível história.
“- Está bem, vou me expressar de um jeito tão claro que até uma criança de cinco anos pode entender. Quem sabe conhecem alguma criança de cinco anos que possa lhes explicar: Vejamos, o que está nessas embalagens é frágil, ou seja, pode quebrar com facilidade. Além disso, é valioso, o que significa que com o miserável salário de sua vida inteira não poderiam pagar nem o menor estrago. Por isso, vão carregar essas caixas no caminhão com tanto carinho e cuidado como se dentro estivessem suas mães, se é que vocês têm mães” (p.32).
Outras fotos:

http://desbravadoresdelivros.blogspot.com.br/2015/05/top-comentarista-de-maio.html

Viewing all articles
Browse latest Browse all 1532