Título: O Último Comando
Autor: Timothy Zahn
ISBN: 9788576572695
Editora: Aleph
Ano: 2015
Páginas: 528
Editora: Aleph
Ano: 2015
Páginas: 528
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Sinopse:
Depois de Herdeiro do Império e Ascensão da Força Sombria, chega ao fim a legendária trilogia com o grão-almirante Thrawn, no auge de seu poder. Após resgatar a tecnologia de clonagem de soldados do derrotado Império, Thrawn se prepara para o ataque definitivo à Nova República. Nesse cenário, Han Solo e Chewbacca seguem com os últimos esforços para montar uma parceria com antigos traficantes; Leia, prestes a dar à luz seus filhos gêmeos, tenta manter a Aliança unida e Luke lidera uma importante missão para acabar com as forças remanescentes do Império.
O grandioso final da trilogia que fez história no Universo Expandido de STAR WARS traz alianças inusitadas, muita ação e grandes revelações, na aventura final para salvar a galáxia muito, muito distante.
O grandioso final da trilogia que fez história no Universo Expandido de STAR WARS traz alianças inusitadas, muita ação e grandes revelações, na aventura final para salvar a galáxia muito, muito distante.
Resenhas anteriores:
Resenha:
Resenha sem spoiler dos livros anteriores
Para começar, um desabafo: injusto é a Trilogia Thrawn o cânone de Star Wars não integrar. Se você é novo no universo Star Wars, eu explico. De maneira sucinta, a saga é divida em Cânone – histórias que realmente aconteceram – e Legends – lendas de Star Wars –; ou seja, tudo que falarei aqui é a análise de uma lenda sobre uma galáxia muito distante. Porém, não se engane; dessa vez, eles se enganaram... Tudo isso realmente aconteceu... Tudo isso realmente aconteceu...
A guerra continua; aliás, continua de muitas maneiras, em muitas nuances e diversas intensidades. O Império não morreu; aliás, parece cada vez mais vivo. O número de naves aumenta, e os de soldados também. Pior, eles possuem um Jedi sombrio os “apoiando”; entre aspas mesmo, afinal Joruus C’baoth tem seus próprios interesses e não vê a hora de colocá-los em prática.
Do outro lado há a Nova República. Luke, Leia e Han continuam batalhando, junto com muitos outros, para disseminar a paz pela galáxia. Porém, até mesmo dentro do novo sistema de governo, onde deveria reinar a democracia, há disputas de ego e de poder. Para piorar, há um informante do Império no coração da Nova República, o que faz com que as intrigas se inflamem.
“– A habilidade de fazer o impossível foi uma das coisas pelas quais o grão-almirante foi selecionado – Karrde disse secamente. – Os detalhes do ataque ainda são nebulosos; será interessante ver como ele conseguiu” (p. 44).
Continuando a premissa iniciada nos livros anteriores, Timothy Zahn deu um final épico para uma trilogia também épica. Com uma construção profunda e bem trabalhada, o autor dá uma aula para escritores novos e veteranos de como concluir bem uma série. Ele manteve o melhor das obras anteriores e conseguiu aprofundar ainda mais as tramas, deixando o embate final simplesmente incrível.
Aliás, boa parte do sucesso nessa obra e também no grande confronto se deve aos personagens trabalhados pelo autor. Excetuando a santíssima trindade de Star Wars – Luke, Leia e Han –, destaco outros três: Thrawn, Mara e C’baoth. O primeiro é um vilão digno de nota. Inteligente, estrategista, apreciador de obras de arte e leitor perfeito de hábitos culturais, mostra como um homem pode desequilibrar uma batalha. Sem dúvidas, merecia ser o sucesso de Tarkin no Cânone. Mara, por sua vez, é a continuação do costume de Star Wars em criar protagonistas femininas incríveis. Letal com uma arma na mão, inteligente, forte e decidida, mostra que batalhas também são lugares para mulheres. Por fim, o Jedi sombrio se destaca pela loucura. Seus delírios de grandiosidade fazem com que ele seja digno de dividir holofotes com os protagonistas, sem contar que ele é poderosíssimo.
Outro fator que faz com que a obra tenha um desfecho tão bom é a escrita do autor. Timothy sabe o momento certo em que deve acelerar a narração, como nos momentos de batalha, e quando deve trabalhar com mais cuidado o lado psicológico dos personagens. Isso faz com a narrativa tenha um bom ritmo e que o leitor se sinta, em alguns momentos, como em uma montanha-russa, o que é incrível.
“– A Rebelião inteira foi um movimento altamente ilegal, quase uma traição ao governo, coração – ele lembrou a ela. – Quando as regras não funcional, você quebra elas” (p. 209).
Quanto à parte física, continuo com os meus elogios a Aleph. A capa está muito bonita, apesar de ainda preferir a de Ascensão da Força Sombria. A diagramação segue o padrão dos livros anteriores: bela e confortável. A tradução está excelente; porém, dessa vez notei alguns erros na revisão, principalmente a falta de alguns travessões. Contudo, não é nada que prejudique a leitura.
Levando em conta todos os aspectos mencionados, eu indico demais essa trilogia. Os três livros irão te ganhar e mostrar todo o potencial que o universo Legends possui. Sem dúvidas, a Trilogia Thrawn é um trabalho épico.