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Resenha: Coleção Sobrenatural: Vampiros

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Livro: Coleção Sobrenatural: Vampiros
Autores: Giulia Moon, Duda Falcão, Nazarethe Fonseca e outros
Editora: AVEC Editora
ISBN: 9788567901046
Ano: 2014
Páginas: 208
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Sinopse:

No primeiro volume da Coleção Sobrenatural da AVEC Editora você tem um encontro marcado com VAMPIROS! Eles estão entre nós desde o princípio dos tempos: são dominadores, caóticos, monstruosos, sedutores, caçadores, inescrupulosos, bisbilhoteiros e únicos. Para conhecê-los folheie as páginas desse tomo. Mas cuidado! Você descobrirá que alho, crucifixo ou água benta podem se revelar insuficientes na proteção contra vampiros. Saiba como identificar sugadores de sangue milenares antes que seu pescoço seja o próximo alvo! Tenha boa leitura, mas não esqueça: tranque bem as portas da sua residência durante a noite!

Resenha:

Quem acompanha o blog sabe que eu adoro bons livros fantásticos, principalmente os nacionais. Por isso, quando comecei a ler o livro Coleção Sobrenatural: Vampiros, minha expectativa sobre a obra estava altíssima. E fico feliz em dizer que o livro correspondeu as minhas expectativas.

Como o livro é composto por diversos contos, fica inviável falar de cada um deles por aqui; isso tornaria a resenha enorme e talvez, até mesmo, enfadonha. Por isso, falarei dos meus contos favoritos. Porém, quero salientar que todos os contos possuem uma alta qualidade; não dei cinco estrelas ao livro no Skoob sem motivo.


O primeiro conto que me ganhou foi, exatamente, o primeiro da obra: O Dia da Caça, da autora Giulia Moon. Nessa narrativa, ela retrata o encontro de um rapaz com vampiros. Porém, ele não foi morto como era de se imaginar, mas capturado para ser vendido. Nesse conto, os vampiros se organizaram e formaram uma espécie de sociedade como a nossa, onde até mesmo o sangue é comercializado.
“Senti o meu sangue sendo drenado e, com ele, a minha vida. A morte tinha o cheiro sedutor de jasmim. O perfume dela... Eu não lutava mais. Estava em paz, aceitava a morte, ansiava por ela”.
A sutileza da construção desse conto me ganhou, pois os vampiros são retratados como predadores e, ao mesmo tempo, como seres civilizados. Eles matam, mas o fazem com classe. Eles torturam mercadorias, não vítimas. A autora recriou o mundo vampiresco com muita inteligência e certamente me ganhou.

Sangue e Poeira, de Fred Furtado, foi outro conto que me agradou imensamente. Tal narrativa retrata a vida em uma cidade no interior que, diversas vezes, era tomada por tempestades de areia. Porém, durante tais tempestades, estranhas mortes ocorriam. Os moradores acreditavam que isso era obra de uma onça ou outro animal feroz; porém, nosso protagonista descobrirá que algo muito pior está por trás disso.


Essa narrativa me ganhou por trabalhar o universo vampiresco de uma outra forma: dentro das lendas indígenas. Sim, o autor pega uma lenda indígena, de uma espécie de vampiro, e o traz para a cidade. Esse vampiro diferente é, no mínimo, muito interessante. Certamente vale a pena conferir.
“Os olhos do vampiro chispavam, seus caninos longos rasgaram a jugular, as mãos de aparência frágil tornaram-se tenazes, impossibilitando o movimento da vítima, uma aura negra emanava sobre as duas criaturas das trevas. Poucos minutos se passaram. O sugador de sangue não deixou uma gota. Sentia-se um verdadeiro animal selvagem. Naquele momento, era uma besta, sem sentimentos, sem razão, apenas instintos”.
Olho por Olho, da Nazarethe Fonseca, é outro conto que me cativou imensamente. Nele é retratado um bando de vampiros sanguinários e matadores de mulheres. Eles não seguem o pacto proposto pelo “Rei dos Vampiros” e, por isso, terão que enfrentar uma batalha mortal contra humanos, além dos súditos leais ao rei.

Não conhecia a escrita da Nazarethe, mas sabia que poderia esperar um bom conto, pois ela tem um farto trabalho na área vampiresca. Ela, felizmente, não me decepcionou. Com um misto de batalhas épicas, investigação policial e personagens cativantes, a autora prende o leitor do começo ao fim.


O último conto que eu gostaria de destacar é All In, de Alexandre B. Cabral. Nele, Paulo, o protagonista do conto, é convidado por vampiros para uma partida de pôquer. Se ele vencesse, sairia rico. Se perdesse, pagaria com o próprio sangue. Arriscado? Com certeza. É nesse clima de tensão que Paulo terá que lutar, através das cartas, pela própria vida.
“Empregava sua força de modo fluídico e conseguiu arrancar sangue do vampiro. Ele tocou o ombro, por um momento não teve o braço arrancado”.
Esse conto me ganhou pelo fator inusitado: um grupo de vampiros convidando um humano para uma partida de pôquer. Porém, se ele me ganhou por esse motivo, conseguiu me manter vidrado até o fim pela tensão criada a cada jogada. De uma maneira diferente, esse conto sobre vampiros conquista os leitores.

Como já disse, o livro é excelente e mereceu cinco estrelas. Porém, além da qualidade dos contos, quero exaltar o cuidado da editora AVEC. A edição física está simplesmente maravilhosa. A capa está linda e tenebrosa, como deveria ser. A diagramação está muito bonita, além de confortável, deixando a leitura muito mais rápida e atraente. Rendi-me ao trabalho caprichado da editora.


Sem dúvidas, eu indico a obra. Quem gosta de vampiros vai adorar, pois os autores souberam inovar bastante. Quem não gosta, aprenderá a gostar. Digo sem medo: leiam. Esse é um excelente trabalho nacional do gênero fantástico. 




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