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Resenha: Guerras Eternas

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Título: Guerras Eternas
Autor: Eduardo Kasse
Editora: Draco
ISBN: 9788582430743
Ano: 2014
Páginas: 228
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Sinopse:

"Eu vejo a imortalidade como um dom. Outros a enxergam como uma maldição. Eu busco o prazer, o sangue e a satisfação. Há aqueles que desejam somente a redenção e o fim da culpa e do sofrimento. E entre nós se arrastam guerras eternas". Guerras Eternas é o terceiro romance da Série Tempos de Sangue, de Eduardo Kasse, e narra o pânico causado na Catedral de Canterbury e cercanias por demônios bebedores de sangue na Inglaterra dos primeiros anos do século XIII. O arcebispo Stephen Langton se arriscará ao enfrentar um antigo mal que não teme o poder de Deus e se farta com as vidas de padres, monges e noviços, deixando os seus corpos exangues a apodrecer nas beiras das estradas. E continua a jornada de Harold Stonecross, o sedutor e vaidoso imortal de O Andarilho das Sombras. Acompanhe-o enquanto a igreja e poderosos earls tentam combater as sombras que encobrem seus lares e almas, contando com a inesperada ajuda do mais improvável dos seres.

Confira os livros anteriores da série:

Resenha:

Guerras Eternas, livro do Eduardo Kasse, é o terceiro da série Tempos de Sangue. E, apesar de eu ter lido e gostado muito dos anteriores, o autor ainda conseguiu me surpreender. Unindo o melhor dos dois livros anteriores, Kasse criou um terceiro livro sangrento e repleto de vampiros clássicos juro que eles não brilham no sol.

A Catedral de Canterbury era um lugar pacífico e a população das redondezas era composta principalmente de camponeses mais preocupados em não ir para o inferno e sobreviver até o próximo dia. Porém, de um instante para o outro, tudo muda de figura. A paz é trocada por mortes; a santidade é ferida pelo toque do demônio e tudo se torna um caos.


Harold Stonecross, o flagelo da Inglaterra, que nos foi apresentado no primeiro livro, está de volta, junto com suas amantes, Liádan e Stella. São eles que estão roubando a paz dos camponeses, monges e, principalmente, do arcebispo Stephen Langton. Porém, aqueles eram tempos de sangue e nada é fácil para os cristãos. Pouco tempo depois uma nova vampira aparece: Tita, a irreverente vampira italiana que nos foi apresentada no segundo livro da série.

“ – Eu juro pela minha vida, senhor. Ela lutava como o demônio. – Encolhendo-se num canto, fechou os olhos e fez uma careta, como se estivesse tendo lembranças ruins. – Ela mordia, arranhava e ria. Nunca mais vou esquecer o seu rosto sardento e a sua pele branca como a neve” (p. 11).

O Arcebispo não aceitará que sua comunidade seja assolada por demônios e partirá para o ataque. Porém, como vencer o famoso Harold? Como matar os imortais? Será possível vencer os vampiros mais sangrentos da Europa, estando todos eles aliados? Confira tudo isso e muito mais em Guerras Eternas.

Se pelo enredo mencionado acima dá para ver que o livro é sensacional, o autor não decepcionou nem um pouco no desenvolvimento. Com uma narração bem fluída e falas bem realistas, somos envolvidos pela trama e não queremos largar o livro de maneira alguma. Além disso, como o livro se passa na idade média, temos uma boa aula de história com o senhor Harold Stonecross.


Os personagens, por sua vez, são incríveis. Quem leu minha resenha de O Andarilho das Sombras sabe que eu sou mais do que fã do Harold. E, nesse livro, ele continua com seu mesmo jeito metido, sanguinário, cruel e arrogante. Quando Tita chega ao bando com sua atitude despojada, intrometida e ousada, o casamento de matadores é perfeito.

“Desmontei e vi-as nas sombras, recostada em uma árvore. Stella se aproximou, pele corada, cabelos ondulados esvoaçantes e um grande sorriso no rosto. Podia sentir o cheio de sangue exalando a cada respiração. Ela veio, sinuosa, e me beijou, o gosto ferroso instigando ainda mais a minha sede” (p. 21).

Liádan e Stella são as partes mais espirituais e racionais do grupo. A primeira, por manter contato direto com uma deusa antiga, sempre recebe bons conselhos e tenta seguir seus preceitos. A segunda, sempre que possível, tenta manipular os demais e fugir dos conflitos. Sem elas, provavelmente, Harold e Tita declarariam guerra ao mundo.

Alessio, um venho conhecido do segundo livro, Deuses Esquecidos, também aparece nessa terceira obra. Ele, assim como no primeiro livro, continua medroso e quase beira ao cômico, dando um contrapeso a Harold.


O enredo é ótimo, a narração também; os personagens? Incríveis. E, claro, a diagramação não fica atrás. A capa é belíssima, a mais encantadora da série. A diagramação interna também é bem confortável e faz a leitura se tornar ainda mais agradável. Do aspecto físico do livro, não há o que reclamar.

“ – Não deseje aquilo que não pode controlar” (p. 31).

Por tudo isso e muito mais, o livro é muito mais do que recomendado. Tanto o autor quanto a editora Draco merecem os parabéns pela publicação. E você, é claro, merece ter esse livro na sua estante. Certamente você vai adorar!




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