Autor: Rodrigo de Oliveira
Editora: Faro Editorial
ISBN: 9788562409608
Ano: 2016
Páginas: 336
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Sinopse:
Passaram-se vários anos desde que a maior colônia de sobreviventes do Apocalipse zumbi se transferiu para Ilhabela. Separada do continente por uma faixa de 1km de mar atlântico, a ilha surge como um ambiente seguro para as novas gerações, e distante das ameaças da Senhora dos Mortos e sua horda de zumbis.
Desde então, muitas coisas mudaram. Personagens importantes morreram e novos combatentes foram treinados para erguer a comunidade e recriar o sistema de administração e leis. Parecia que o mundo estava retomando o seu curso de paz.
Os habitantes de Ilhabela tinham agora formas mais seguras de lidar com os zumbis, então descobrem que alguns zumbis também mudaram. A forma de contaminação se torna mais rápida. Eles estão mais selvagens, ágeis e violentos. Deixe-nos apresentar uma evolução dentre os próprios mortos vivos...
E este não é o único novo problema. Com a reorganização da sociedade, o poder retoma o seu valor, e isto também, atrai ainda mais perigos.
Há uma grande espera pelo reencontro das irmãs, Isabel e Jezebel.
Este livro traz o surgimento de uma nova era, cruel e implacável, onde a perseverança dos sobreviventes e seus líderes será testada de forma muito diferente. Um livro cheio de reviravoltas, de movimentos bruscos, de cenas impensáveis.
Resenhas anteriores:
Resenha:
Se eu tivesse que definir esse livro em duas palavras, elas seriam: corajoso e inovador. O meu lado nerd ama livros de zumbis; o meu lado que estuda literatura os acha previsíveis. Nesse embate, Rodrigo conseguiu me surpreender e ganhar os meus dois lados de uma só vez. Sim, aqui nós temos um livro com o melhor da literatura sobre zumbis pode oferecer e ainda consegue inovar. De longe, A Ilha dos Mortos é o melhor livro da série. Motivos? Sente-se e vamos conversar.
Basicamente, Ivan, junto com seus aliados, conseguiu um novo lugar para proteger a sua comunidade. Lá eles se estabeleceram, formaram famílias, criaram estruturas políticas democráticas e estão, pouco a pouco, superando os problemas com os zumbis. Porém, coisas estranhas começam a aparecer: novas espécies de zumbis, alguns acidentes e uma inquietação crescente. O que vai acontecer? Bem, você terá que ler a obra para descobrir.
Partindo dessa premissa, Rodrigo de Oliveira foi muito corajoso. Digo isso sem receio, pois o autor, para explicar melhor como seria o futuro da população, dá um salto temporal. Estamos muitos anos depois do livro III; com isso, vemos uma sociedade mais organizada, mais racional e com um problema menos sério com os zumbis. Os mortos-vivos ainda existem e são a principal preocupação, é claro, mas já estão sendo “controlados”. Com esse salto, o autor teve coragem para fazer duas coisas: matar personagens queridos e consagrados e, principalmente, trabalhar mais o lado humano na obra.
“O impacto da massa de zumbis contra a Muralha foi ensurdecedor. As fileiras de homens foram se espremendo umas contra as outras à medida que milhares de seres se acotovelavam contra os escudos” (p. 31).
Nesta obra, ao menos na minha visão, os zumbis não são mais os vilões. Claro, eles estão lá atormentando vez ou outra e dando trabalho. Contudo, os maiores vilões são os humanos. Temos ganância, ódio, amargura, depressão, medo, luta por poder. O sistema democrático, tão novo, já começa a apresentar seus vícios, com gente colocando seus interesses acima dos da comunidade. Com isso, uma luta parece iminente. De um lado, os que tentam, mesmo que por vias tortas, restabelecer a paz. Do outro, quem pretende tomar o poder para si.
Pelo lado sobrenatural da trama, temos inovação. A primeira delas é a mutação que alguns zumbis parecem estar sofrendo. Como e o porquê é o que os moradores da comunidade humana tentam descobrir. Ademais, o fim da obra deixou um grande gancho, também através desse lado da fantasia. Pelo que eu posso intuir, teremos uma grande surpresa no próximo volume da série e estou ansioso para que isso aconteça. Se for realmente o que estou imaginando, será um evento único nos livros do gênero.
Quanto à parte física, tenho apenas elogios ao trabalho. A Faro mais uma vez mostrou o motivo de estar crescendo tanto no mercado editorial. Temos um livro com material de alta qualidade e uma diagramação aterrorizantemente bela. Ademais, o livro conta com boa revisão, deixando a leitura ainda mais ágil.
“– Minha filha, eu sei que à primeira vista pode parece um ótimo conceito, mas deixe-me explicar uma coisa, está bem? (...) No nosso país já tivemos a possibilidade de reeleição consecutiva ilimitada dos poderes Legislativo e Executivo, e isso nunca funcionou muito bem. Nossos governantes, muitas vezes, preocupavam-se muito mais com a sua reeleição do que com o cumprimento dos seus deveres. Em alguns lugares, o processo eleitoral era um jogo de cartas marcadas, no qual já se sabia quem iria vencer” (p. 108).
Em suma, Rodrigo de Oliveira deu um passo além em sua carreira com A Ilha dos Mortos. O autor construiu uma trama mais original, com aspectos políticos envolvidos e com um toque de sobrenatural na medida certa. A escrita continua ágil e a ação é completamente envolvente. Achava impossível, mas essa obra é ainda melhor do que as anteriores. Fico, desde já, no aguardo da conclusão da série; pelo que tudo indica, será épica.
Outras fotos:
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