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Resenha: Estrelas Perdidas

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Título: Estrelas Perdidas
Autora: Claudia Gray
Editora: Seguinte
ISBN: 
9788565765831
Ano: 
2015
Páginas: 
446
Compre: Aqui

Sinopse:

Ciena Ree e Thane Kyrell se conheceram na infância e cresceram com o mesmo sonho: pilotar as naves do Império. Durante a adolescência, sua amizade aos poucos se transforma em algo mais, porém diferenças políticas afastam seus caminhos: Thane se junta à Aliança Rebelde e Ciena permanece leal ao imperador. Agora em lados opostos da guerra, será que eles vão conseguir ficar juntos?
Através dos pontos de vista de Ciena e Thane, você acompanhará os principais acontecimentos desde o surgimento da Rebelião até a queda do Império de um jeito absolutamente original e envolvente. O livro relata, ainda, eventos inéditos que se passam depois do episódio VI, O retorno de Jedi, e traz pistas sobre o episódio VII, O despertar da Força!

Resenha:

Como um bom fã de Star Wars, sempre consumo uma quantidade considerável de material sobre a série. Contudo, apesar de adorar o universo, não estava tão entusiasmado para ler Estrelas Perdidas. Ainda bem que arrependimento não mata, pois senão eu estaria morto agora: eu adorei a obra! Os motivos? Conto-te tudo agora.

Nessa obra, acompanharemos a vida de Ciena Ree e Thana Kyrell. Quando digo acompanhar a vida, é acompanhar mesmo! Conhecemos a dupla ainda na fase infantil e seguimos suas trajetórias até a fase adulta. Eles são conterrâneos; moram em um afastado planeta da Orla Exterior, bem longe do centro imperial. Porém, quando o Império chega ao planeta, tudo muda, inclusive as suas vidas.


Os dois, apesar de serem de classes sociais totalmente diferentes e quase inimigas, acabam criando um laço forte de amizade. Esse sentimento mútuo os une em um objetivo: ir à Academia Imperial. Eles treinam e estudam arduamente para serem aceitos na Academia e poderem servir ao Império. O esforço acaba sendo recompensado e eles logram êxito. Porém, o que eles nem imaginavam era que o Império não era nada do que eles um dia sonharam.
“Todos deveriam amar o imperador Palpatine. Todos diziam que ele era a pessoa mais corajosa e inteligente da galáxia, que era ele quem havia trazido a ordem depois do caos das Guerras Clônicas. Thane se perguntava se tudo isso era verdade. Mas era certo que Palpatine havia fortalecido o Império e se tornado o homem mais poderoso dentro dele” (p. 12).
Partindo dessa premissa, Claudia Gray cria um livro muito bom. Apesar de focar claramente em um público mais juvenil, consegue, através da sua escrita e profundidade dos seus personagens, envolver também o público adulto. Isso garante uma boa leitura para todos aqueles que desejam desbravar a obra da autora, seja adulto ou criança.

O principal ponto que merece ser ressaltado é a qualidade da escrita de Gray. Ágil, precisa e envolvente, ela consegue descrever lugares, situações e aprofundar personagens sem deixar a obra enfadonha, o que é bem raro. Ademais, consegue trazer um bom panorama das batalhas, o que deixa os amantes de ação satisfeitos.


Outro aspecto bem interessante da obra é que ela transpassa toda a trilogia clássica de Star Wars. Isso quer dizer que Ciena e Thane estarão presentes nos fatos ocorridos no episódio IV, V e VI, o que dá à obra uma coerência bem maior dentro do universo criado por Lucas. Além disso, conseguimos ter outras visões além das mostradas no filme, o que mostra que o mito de que “a verdade possui várias facetas” não é falso.
“Jamais devemos hesitar em usar o chicote quando necessário... Mas há momentos em eu a atração é ainda mais eficiente” (p. 24).
Quanto aos personagens, também sou só elogios a Claudia. Apesar do foco mais juvenil – então você pode esperar uma pequena dose de romances –, ela conseguiu dar uma profundidade psicológica bem interessante para Ciena e Thane. Principalmente porque a autora apresenta como a cultura do planeta deles e a educação que tiveram refletem nas atitudes tomadas durante toda a obra. Isso, sem dúvidas, me agradou demasiadamente. Ademais, há todo um questionamento por parte dos personagens tanto sobre as atitudes do Império quanto da Aliança Rebelde.

Quanto à parte física, não tenho o que reclamar. A capa é chamativa e representa com perfeição uma cena importante da obra. A diagramação, por sua vez, é simples, mas eficaz: proporciona uma leitura confortável, pois o livro possui letras em um bom tamanho e espaçamento adequado. Revisão e tradução também estão boas.


Desta forma, diante de todos os aspectos, é claro que eu indico Estrelas Perdidas. Se você procura um livro que consegue apresentar novas visões dos acontecimentos da trilogia clássica e quer conhecer o lado humano de cada fato narrado durante a saga, esse livro é para você. Certamente você não irá se decepcionar.
Eles estão atirando de volta? Ela mal conseguia acreditar. Uma pequena nave de bloqueio atacava um Destróier Estelar. Não era só impossível, era loucura” (p. 127). 
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