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Resenha: A Batalha dos Mortos

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Sinopse:

Ano 2018. À passagem de um planeta próximo da órbita da Terra, o que era para ser um dia de festa... Pessoas do mundo inteiro prepararam-se para um espetáculo astronômico mas o evento se transforma num pesadelo. Um dia após à maior aproximação do planeta, um imenso calor sobrevêm e 2/3 de todas as pessoas do mundo transformam-se em zumbis. Em São José dos Campos, um grupo cria um centro de refugiados para milhares de pessoas... eles reuniram condições de sobrevivência com água, alimentos e criaram uma grande fortaleza. Agora dedicam-se a encontrar outros focos de resistência e ajudar peregrinos do grande apocalipse. Eles não sabem, mas essa pode ser a maior comunidade de vivos na face da terra. No entanto, próximo a eles, uma outra resistência - perversa e potente -, também cresce. Um grande Comando do Exército é tomado por criminosos do presidio de segurança máxima de Taubaté. Eles resistiram aos zumbis, escravizaram outros humanos e, fortemente armados, se tornam uma ameaça letal à comunidade vizinha. Uma batalha está para acontecer. Um cerco para salvar vidas. E em meio a isso, inúmeras histórias de pessoas vivendo em situações-limite, muito além da sua imaginação. Livro II da série mais original sobre Zumbis desde The Walking Dead!

Resenha:

De tirar o fôlego é a melhor expressão que posso usar para resumir esse livro. O primeiro da série já havia sido incrível e esse continuou no mesmo ritmo: mortalmente viciante e alucinado. Diante desse mundo catastrófico e letal criado por Rodrigo de Oliveira, virar uma página atrás da outra é a solução.

Rodrigo continua a sequência de sua série basicamente no mesmo momento que o anterior terminou. Ivan e Estela, com a ajuda de diversas pessoas, conseguiram erguer um grande centro de refugiados onde milhares de pessoas trabalham juntas para que a espécie humana resista à catástrofe global causada pelo Absinto.



A comunidade estava caminhando bem, cada dia com mais refugiados. Já conseguiam colher alimentos, cuidar de animais, retirar água de poços cartesianos e etc. Um clima de paz diante da batalha pela vida já era sentido. Porém, um contato pelo rádio abalará o estilo de vida desse pacífico grupo.
“O mais perturbador era que se tratava de um rosto assustadoramente familiar. Um rosto conhecido, a face outrora bela de uma mulher. Mas, nos olhos brancos e leitosos do ser, Ivan enxergou o Absinto. Não viu nada menos do que o Inferno, porque aquela criatura era personificação do Mal. Um demônio que fora libertado sobre a Terra para esmagar o que havia sobrado da humanidade” (p. 12).
Não muito distante dali, outro grupo de refugiados se escondia em um quartel do exército. Porém, quando uma gangue de ex-presidiários escapa da cadeia e segue para o quartel, o lugar passa a se tornar um centro de concentração altamente perigoso. As pessoas são transformadas em escravas e são abusadas de todas as formas.

Um confronto se anuncia e tudo que os sobreviventes podem fazer é torcer para que resistam mais um dia naquele inferno. Cabeças rolarão e a batalha dos mortos começará.


Como eu já disse, o livro é de tirar o fôlego. Eu o lia por horas ininterruptas, assim como aconteceu com o primeiro livro da série. Você promete para si mesmo que irá parar, mas o desejo de descobrir o que acontecerá no capítulo seguinte é mais forte. Rodrigo soube prender o leitor de uma maneira incrível.
“O condenado gritou de dor novamente, com lágrimas transbordando de seus olhos. Outro zumbi mordeu seu braço, outro cravou os dentes em todos os lados, sentindo o sangue jorrar por todas as partes. A dor era tanta que ele já não conseguia mais gritar. Assim, engoli todo o sofrimento até que, por fim, sua alma desabou em direção ao absinto” (p. 26).
Assim como no primeiro livro, os personagens são muito bem construídos. A maior parte é formada por velhos conhecidos, como Ivan, Estela, Adriana, Gisele e Zac. Porém, novos personagens serão apresentados e são estes trarão grandes dificuldades aos protagonistas. Sem contar que pintará duas novas candidatas a entrar no rol de personagens principais.

A ambientação do livro continua sendo na cidade de São Paulo pós-apocalíptica, o que confere uma proximidade do texto com o leitor, o que não é encontrado em grandes livros do gênero como The Walking Dead. Além disso, o autor foge do ponto comum sobre os zumbis, criando explicações totalmente originais para o surgimento desses monstros.


Se não bastasse o enredo original e a qualidade literária da obra, o livro ainda consta com uma diagramação impecavelmente assustadora. O início dos capítulos tem detalhes bem trabalhados, há páginas negras na obra, sem falar que a capa ficou excelente. Mais uma vez a Faro Editorial merece parabéns pelo trabalho bem feito.
“Foi quando Isabel assistiu a uma cena que parecia ter saído de um pesadelo. O homem cambaleante avançou sobre a moça infeliz e agarrou-a pelos cabelos. Ela tentou se desvencilhar, sem sucesso, e na sequência ele a mordeu. E depois, desferiu uma mordida na bochecha, tão forte que rasgou a pele como se ele estivesse mordendo um pedaço de pão” (p. 77).
Por tudo isso e muito mais, eu indico A Batalha dos Mortos. Quem gosta de ação, fantasia e principalmente de zumbis amará o livro. Mas prepare seu estômago e confira suas armas, os zumbis estão se tornando cada vez mais violentos e assustadores.

Livro: A Batalha dos Mortos
Autor: Rodrigo de Oliveira
Editora: Faro Editorial
ISBN: 978-85-62409-22-6
Ano: 2014
Páginas: 310

Livro 2: A Batalha dos Mortos

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O autor da vez #05: Camila Gatti

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Biografia:

Entusiasmada, curiosa pela vida, em saber como tudo funciona. Dedicada em fazer sempre o melhor, seja na vida pessoal ou profi­ssional. Quando criança, perguntava milhões de porquês à mãe; agora adulta, mergulha nos livros, fi­lmes e conversas em busca das respostas. Fascinada pela natureza criada por Deus, ama também a metrópole construída pelo homem. Acredita que cada atitude e/ou pensamento faz diferença. Brilhante como a Luz, é assim que quer ser.



Livro:Crônicas e Absinto
(Resenha)
O que você quer da sua vida? Está na fase em que somente a correria do dia a dia não o preenche mais? Sente um vazio existencial ou cansou do joguinho de depositar no outro suas expectativas, seu amor, seu futuro, seus sonhos, sua vida ou até mesmo suas frustrações? Pensa que chegou a hora de dar uma guinada na vida e ser uma pessoa melhor, realmente ser feliz e realizada? Ter o que oferecer ao outro, a si mesmo e ao mundo é maravilhoso: a contribuição de cada ser humano é essencial, tal qual cada grão de areia na praia. Convido você a fazer uma reflexão, a fi­m de participar deste fascinante mundo da evolução; muito se fala, pouco se faz; muito se perde nos ruídos e no excesso visual mundano. *Está na hora do divino iluminar cada um.* Seja na arte, nos campos da ciência, na medicina, nas exatas e na religião, somente com a criatividade e a ousadia individual é possível adquirirmos conhecimentos culturais, econômicos e sociais, incluindo os avanços tecnológicos, decidindo, assim, a ascensão do futuro da humanidade. Se isso instigou você lá dentro é porque chegou a hora de despertar. Aproveite.


Entrevista:

Desbravadores: Olá, Camila. Obrigado por aceitar conceder essa entrevista ao blog. Primeiramente, gostaríamos de saber como você entrou no mundo das palavras. Em que momento você decidiu que gostaria de escrever um livro?
Camila: Eu que agradeço a atenção e interesse do blog. Durante o período de faculdade, tive o interesse em escrever um livro, porém não tinha em mente uma ideia a desenvolver. Posteriormente fui inspirada a escrever uma história, sendo esta o catalizador para um talento que se encontrava latente, que era a paixão pelo idioma portugues. A partir dessa ideia, senti que esse era um caminho sem volta: escrever histórias era a minha real paixão.

Desbravadores: Qual foi a sua maior dificuldade ao publicar o seu primeiro livro?
Camila: A maior dificuldade é ter seu original aceito pelas editoras. Esse tempo de espera, sendo 6 meses uma média estimada, aguardando a resposta se o seu livro/original é aceito (ou não) a ser publicado, penso ser exagerado. Sou muito sincera, e prezo por essa simplicidade em se dizer a verdade, então resumo essa dificuldade em dois momentos: o início, não sendo uma autora ‘famosa’, não há interesse das editoras em publicar, sendo que algumas sequer dão algum tipo de feedback; se você/autor não recebe uma resposta, é porque não foi selecionado. As editoras brasileiras dão muito valor às traduções de best-sellers internacionais, o que penso ser um desperdício de talento nacional. Outro caminho é você/autor custear parte da sua tiragem, após avaliação do seu original, sendo possível ser lançado no mercado literário. É uma opção viável para o talento ser apresentado ao público em geral, o que admiro a iniciativa de algumas editoras em abrir tais portas.

Desbravadores: Quais dicas você dá para os escritores que estão começando agora, Camila?
Camila: Acredite em seu potencial; escreva sobre tudo que sentir vontade, não se prenda a um único gênero literário. Permita ser você mesmo, desenvolver suas histórias, não acredite nessa lenda urbana que ser escritor brasileiro não dá dinheiro. É tudo uma grande bobagem. Todo talento, quando reconhecido, gera lucro. Busque seu espaço no mundo, tenha um blog, arrisque expor suas ideias. Escreva, colocando sua paixão nas palavras; Deus, com certeza, há de recompensar sua iniciativa.

Desbravadores: Todo escritor, normalmente, é também um grande leitor. Conte-nos: quem são seus autores favoritos? Quais são os autores que mais te inspiraram na hora de escrever?
Camila: Amo Hermann Hesse, Clarice Lispector, Anne Rice, Nietzsche, Jack Kerouac, Taylor Caldwell, Dylan Thomas, Augusto dos Anjos, Fernando Pessoa e suas personas, Paulo Coelho, Arnaldo Jabor, dentre outros tantos escritores. Amo, principalmente, os cineastas. O cinema e suas imagens visuais são minhas grandes fontes de inspiração. Quando estou a escrever um livro, não tenho o costume de ler outros autores, pois tenho receio da influência silenciosa, no nível do subconsciente. Nesse período, gosto mesmo é de ver filmes e séries de TV, onde a trama se desenvolve em um pequeno espaço-tempo fixo; busco criar um livro onde todas as frases são o clímax. Sei que é difícil acertar nesse alvo, mas busco isso incansavelmente. Outra fonte de inspiração são artes em geral, produzidas por escultores, pintores e fotógrafos. O Museu do Louvre, em Paris, está recheado de inspiração.

Desbravadores: Qual livro você gostaria de ter escrito? Já aconteceu de você ler algo e pensar “Por que eu não imaginei isso antes?”.
Camila: Sinceramente? Foram pouquíssimas vezes, mas confesso que gostaria de ter escrito “O lobo da estepe”, de Herman Hesse, e principalmente, um texto da Isabel Mueller (astróloga e escritora), chamado “Despertar”. Ambos são minhas fontes de inspiração.

Desbravadores: No Brasil, claramente, o romance é bem mais valorizado do que as crônicas, contos e poesias. Você já percebeu algum tipo de rejeição ao seu livro por ser uma antologia de crônicas?
Camila: Há quem não tenha interesse algum pelo livro, há quem queira ler por simplesmente quebrar o tabu do lugar comum, pelo fato de ter abordado um assunto diferente em cada crônica. Opiniões são sempre muito pessoais, e ter escrito este livro ratifica a posição de que livros fora do segmento de romances é estar fora da caixa da expectativa gerada pelo leitor. Mesmo não sendo proposital, ao abordar tantos assuntos diferentes, sinto (felizmente) que, ao ter escrito o “Crônicas e Absinto”, busquei dar uma chance ao leitor de enxergar o mundo de um modo ‘pop’, mantendo ( no ar) o questionamento: se interessar pela opinião é também se interessar por uma história, é se permitir, em poucas páginas, adentrar e viver a visão do mundo pelos olhos do autor, através de suas ideias contadas. Gosto mesmo é do debate, é sair de cima do muro. Secretamente posicionar o leitor diante de si mesmo, esse é meu real interesse.

Desbravadores: Em muitas crônicas suas, vemos um ar de revolta com o sistema brasileiro, com a politica e, até mesmo, com a atitude do povo brasileiro em geral. Você acha que o Brasil está em um momento tão crítico assim? Na sua visão, o que precisa ser melhorado?
Camila: Acredito sinceramente que o Brasil possui um imenso potencial, porém há de se tomar atitudes diariamente para que a ‘ordem’ e o ‘progresso’ seja além de um mantra esquecido, impresso em uma bandeira. Se você pesquisar, até onde sei, somente o Brasil possui uma bandeira onde há frases escritas, em vez de somente símbolos e/ou cores. A insistência em se fazer lembrar que o Brasil é um país rico em recursos naturais e potencial humano é necessário, considerando que a dormência e negligência em se ter opiniões enquanto cidadãos é diária. Já viajei para alguns países, e é nítido o engajamento e interesse em suas culturas. Sinto que o brasileiro é preguiçoso, no sentido de falta de interesse em si mesmo. Faltam horas para pensar em si mesmo, visto que as pessoas cumprem 8 (ou mais) horas de trabalho, não restando tempo para reflexão individual. Para alguns, suas vidas são simplesmente o cumprimento de suas rotinas. Falta também a auto-estima em se achar interessante o suficiente, fator que o americano tem de sobra em seu DNA, cultura que admiro em vários aspectos. Se tudo estivesse às mil maravilhas no Brasil, não haveria tanta insatisfação e letargia no ar. A revolta, basicamente, é frente à passividade do brasileiro em deixar tudo acontecer e nada fazer. Se minha visão de mundo parece revoltosa, aproveito o espaço e me explicito: minha visão de mundo é apaixonada e vívida, onde se contentar com pouco não faz parte do meu estilo de vida.

Desbravadores: Qual a sua crônica favorita no livro? Por quê?
Camila: Tenho duas  favoritas: a ‘Sobre as estrelas’, e a ‘Um sonho’. São duas crônicas que estimulam o indivíduo, seu senso crítico, sua visão de mundo, sua imaginação; sinto uma positividade latente, de que tudo é possível, de acordo com o que você acredita, independente do mundo exterior.

Desbravadores: Camila, muito obrigado, novamente, por conceder essa entrevista. Agora o espaço é todo seu: deixe uma mensagem para seus leitores e futuros leitores, apresente um novo projeto, enfim... O palco é todo seu.
Camila: Se interesse por tudo ao seu redor, mantenha-se curioso diante da vida; não aceite a falta de interesse que paira no ar, não aceite o lugar-comum: posicione-se diante da vida, tendo suas opiniões, buscando saciar suas vontades, seus desejos e assim conquistar suas vitórias.
Referente a projetos, este ano será publicado pela Editora Empíreo o livro “Nas Alturas (the red book)”, que narra, em detalhes explícitos e sem julgamentos, a vida de uma comissária de bordo, em forma de aventura romanceada. Inicialmente publiquei este livro de modo independente, via ebook no site da Amazon: posteriormente assinei um contrato com a Empíreo, a ter seu lançamento estimado para Novembro deste ano, em versões ebook e impresso. Meu editor, Felipe Laredo, me dá um apoio incondicional, o que me faz muito feliz ser representada por uma editora que tem, como slogan, fazer livros apaixonantes, sendo exatamente o caso da Marina, protagonista do livro: ela tem uma vida apaixonante, recheada de amores internacionais, dilemas e histórias narradas através de viagens ao redor do mundo, tudo vivido no ‘volume máximo’, como gosto de dizer J.
Atualmente estou escrevendo dois novos livros: “The Wannabes”, que será um delicado livro sobre pessoas, e o “No Fundo do Mar”, que será um suspense investigativo, de temática futurista. No mais, desejo sucesso a todos. O palco é nosso.


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Resenha: O Guardião

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Sinopse:

Hoje, quando você sair à procura de Yancey, o Rimador, e tiver de abrir caminho em meio às prostitutas, aos valentões e aos viciados loucos por mais um dia de cheirada ou um trago, você irá se deparar com o corpo de uma criança. O cadáver exala um odor que não é dele, um cheiro que recende a magia e a um lugar, se Sakra quiser, para o qual você jamais irá querer voltar. Não fique tempo demais de bobeira perto do corpo; os gélidos vão querer saber o que você fez e o que há na sua bolsa. E quando eles te pegarem, é para a Casa Negra que você irá, onde o Comandante fará uma oferta que você não terá como recusar. Bem-vindo a um mundo como nenhum outro, com uma linguagem estranha e rica e uma violência tão sombria quanto o mais negro dos noites.


Resenha:

"– Você é um homem frio.
– Este é um mundo frio. Eu apenas me ajustei à temperatura".


O Guardião é uma obra envolvida de mistérios e surpresas do início ao fim. Logo no começo da obra, somos apresentados a um crime bárbaro: uma garotinha chamada Tara é encontrada morta. Ela foi estuprada e assassinada. O Guardião, personagem principal da trama, passa a investigar o crime.

O que me chamou a atenção na escrita de Polansky foi sua ideia criativa em elaborar vários crimes e adentrar em um gênero inovador: a fantasia noir. Ele soube desenvolver e descrever o enredo de maneira única e fantástica. A narrativa é fluída, envolvente e instigante.
“[...] O mundo se torna um lugar melhor quando visto apenas de soslaio” (p.09).


O autor mescla fantasia com a magia e uma história policial de tirar o fôlego. A corrupção e a destruição de uma sociedade são retratadas de maneira fiel e incrível. O protagonista é totalmente cativante e fora do comum. Não é nenhum super-homem, tampouco um príncipe. Seu jeito é astuto, sua língua é afiada, uma pessoa cética, cínica e solitária. Muitos o consideram como um cara sem sentimentos. Até poderia ser considerado assim, no entanto, quando ele passa a investigar os desaparecimentos de algumas crianças na Cidade das Sombras, podemos notar que esse coração não é tão frio como alguns acreditam.

O Guardião é um personagem viciado em drogas e as usa para suportar o seu cotidiano mórbido em uma cidade onde a vida é desvalorizada e os crimes não são desvendados como deveriam. Ele é um ex-combatente de uma Grande Guerra e sobreviveu a uma peste que matou muitas pessoas em Rigus. O que mais chama a atenção em seu jeito, tornando-o cativante aos leitores, sem dúvida, é o fato de ele matar. Suas mortes são sangrentas e horripilantes. Polansky arrebentou nas descrições de cada morte do Guardião.
“Coce uma ferida por muito tempo e logo ela irá começar a abrir novamente” (p.102).
O livro nos apresenta também outros personagens. Um dos que gostei bastante, tirando o protagonista, claro, foi Garrincha: uma criança completamente fora do comum. Seu jeito parece uma miniatura do personagem principal. Suas respostas são aguçadas, ele não tem medo de nada e sua sede por um trabalho chega a ser comovente.


Polansky retratou um mundo completamente infame e patife, mas ele não é uma ilusão ou uma distopia. Esse mundo existe e o vivenciamos de algumas maneiras. Embora seja narrado de modo fantasioso, com elementos mágicos, com figuras dos Gélidos e os magos, podemos contemplar que as histórias descritas na obra estão presentes em nosso mundo e, sequer, damos conta disso.
“[...] O fato de seu cavalo chegar no fim da corrida não significa que você fez uma aposta inteligente” (p.158).
Não existe um personagem perfeito, um herói montado em um cavalo branco e que salvará a criança de todas as barbaridades. O Guardião é cheio de defeitos, fala de maneira rude; até mesmo Garrincha é vítima da aspereza dele, contudo, notamos que ele tem um lado sensível e que busca a justiça acima de tudo.

O projeto de capa ficou excelente e a diagramação está incrível. As páginas amareladas, o espaçamento ótimo e a letra grande fazem com que a leitura fique mais agradável e veloz. O mistério e o lado sombrio no design fizeram toda a diferença. Sem dúvida, é uma capa que chama a atenção. Notei alguns erros tanto de tradução quanto de revisão, mas nada que prejudique meu favoritismo pela obra.


“– As pessoas são tolas. Não é preciso um profeta para lhe dizer o futuro. Olhe para ontem, olhe para hoje. Amanhã provavelmente será igual, e depois de amanhã também” (p.337).
Recomendo a leitura para aqueles que gostam de uma boa fantasia e para aqueles que gostam de personagens com personalidades fortes e descrições de mortes pesadas.

Título: O Guardião
Autor: Daniel Polansky
ISBN: 9788581300603
Editora: Geração Editorial
Ano: 2014
Páginas: 444

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Quotes #09

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Hoje trouxemos alguns quotes do livro Bruxos e Bruxas, do autor James Patterson. Vamos conferir?
“Aquele corte de cabelo de vendedor de seguros, a camisa polo colorida, a calça social bem passada, mas, acima de tudo, aquele jeito dele de sabe-tudo tinham deixado Byron marcado como o maior puxa-saco da história da escola. De perto, a cara dele era bicuda e seu olhar malvado, como um furão de estimação com planos de se tornar o presidente da classe” (p. 41).
“Então, agora era oficial: o mundo tinha ficado totalmente maluco” (p. 49).
“Qualquer pessoa que tenha passado por uma situação desastrosa como essa, ou mesmo que já tenha estado perto da morte, poderá contar que as coisas mais banais passam pela sua cabeça nesse momento. Segundos antes de sacrificar minha vida, me lembrei de uma cadela bem mala que morava no nosso quarteirão. Quando eu era criança, eu e meus amigos sempre andávamos de bicicleta do outro lado da rua, porque essa cadela tinha cara de louca e morríamos de medo de ela se soltar e vir morder nossa bunda” (p. 79).
“Qual é aquele ditado idiota mesmo? “O que não nos mata nos fortalece.” Bom, talvez houvesse certa verdade nisso. Com certeza eu me sentia mais forte e com mais raiva que nunca. Eu estava queimando por dentro” (p. 114).
Gostou? Confira a resenha aqui

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Ficção científica é (bem) mais do que ET's e naves espaciais

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Você participou do #FaceToFace da editora Aleph que nós divulgamos aqui no blog? Não?! Então fique tranquilo que nós estamos trazendo para vocês algumas das perguntas respondidas no evento pelo Adriano Fromer. Vamos conferir?

Tiago Soares - Olá Adriano, primeiro parabéns pelo trabalho da Aleph, virei um fã da leitura dos clássicos do scifi graças a vocês. Gostaria de saber quais livros do Asimov serão lançados nesse ano e no próximo.
Adriano Fromer - Pô, é muito bom ouvir isso, quer dizer que estamos fazendo a lição de casa direitinho! Vamos ver se eu lembro... Eu, Robô / Origens da Fundação / Robots of Dawn / Pebble in the sky... mas, se depender só da minha vontade, a gente vai lançar quase tudo dele!


Anderson Tiago - Oi, Adriano. Anderson Tiago, do site INtocados aqui. A ficção científica tem como o seu maior atrativo a visão crítica do presente através futuro. É incrível ler os grandes clássicos e perceber o quanto aqueles grandes autores "acertaram" em suas previsões e o quanto nós não escutamos aos seus avisos. Como um profissional da área, como você vê o futuro do gênero de ficção científica? Ainda há o que se prevê?
Fromer - Oi, Anderson, tudo bem? Curto bastante o INtocados. Eu acho que a função da ficção científica nunca foi prever o futuro. Mas de fato, com as evoluções tecnológica nesse ritmo acelerado, os autores estão mais apreensivos. O William Gibson mesmo resolveu parar de escrever ficção científica para se dedicar a thrillers tecnológicos que se passam no presente.  Para o Gibson "o futuro já chegou".

Wesley Padua - Primeiro dizer que sou um grande fã da Editora Aleph. Pergunta: Comparando os escritores de antigamente (Asimov, Wells...) o que, na sua visão, evoluiu na literatura de ficção?
Fromer - Obrigado, Wesley. Olha, pergunta difícil essa. Resposta sincera? Não sei! Me sinto um pouco como se você estivesse perguntando "O que evoluiu no rock" depois de Led Zeppelin e Beatles?

Ralf Yussef - Sou viciado em ficção científica! Gostaria de indicações de livros de ficção científica infanto juvenil! Nacional ou estrangeiro. Obrigado.
Fromer - Gosto muito do O Jogo do Exterminador, do Orson Scott Card (editora Devir), e ouvi falar muito bem do Jogador n.1, do Ernest Cline (editora Leya), mas não li este último.

Obede Junior - Qual é a sua principal recomendação para um novo autor de ficção científica? O que atrai mais um editor/publisher?
Fromer - Pergunta complicada. Claro, primeiramente, a história tem que ser boa! Mas, o que tem atraído muito os editores, do ponto de vista comercial, é o autor já ter publicado as histórias na rede, tanto em blogs como selfpublishing, e gerar um histórico de pessoas que leram e gostaram.

Alana Trauczynski - Qual personagem de ficção científica você seria?
Fromer - Queria ser o Han Solo, mas me sinto mais um Arthur Dent

Hiago Silva - É casado?
Fromer - Não, mas estou noivo da princesa Leia

Quer saber mais sobre ficção científica? Conheça dois livros do gênero, ambos publicados pela editora Aleph e resenhados pelo blog.


Androides sonham com ovelhas elétricas? – Philip K. Dick

Rick Deckard é um caçador de recompensas. Ao contrário da maioria da população que sobreviveu à guerra atômica, não emigrou para as colônias interplanetárias após a devastação da Terra, permanecendo numa San Francisco decadente e coberta pela poeira radioativa que dizimou inúmeras espécies de animais e plantas. Na tentativa de trazer algum alento e sentido à sua existência, Deckard busca melhorar seu padrão de vida até que finalmente consiga substituir sua ovelha de estimação elétrica por um animal verdadeiro - um sonho de consumo que vai além de sua condição financeira. Um novo trabalho parece ser o ponto de virada para Rick: perseguir seis androides fugitivos e aposentá-los. Mas suas convicções podem mudar quando percebe que a linha que separa o real do fabricado não é mais tão nítida como ele acreditava. Em 'Androides Sonham com Ovelhas Elétricas?' Philip K. Dick cria uma atmosfera sombria e perturbadora para contar uma história impressionante, e, claro, abordar questões filosóficas profundas sobre a natureza da vida, da religião, da tecnologia e da própria condição humana.




A mão esquerda da escuridão – Ursula K. Le Guin

Genly é um estranho vivendo em outro mundo. Sua missão é convencer as pessoas desse lugar a se unirem a uma grande comunidade universal, mas há muitas diferenças. São outros costumes, outras lendas e percepções. Genly está numa terra única, na qual homens e mulheres existem juntos, dentro de cada indivíduo. Onde qualquer um pode ter filhos, pode ser pai e pode ser mãe. No gelado mundo chamado Inverno, ele terá de esquecer tudo o que sabia até agora e começar uma jornada de conhecimento, tolerância e descoberta. E desvendar os significados da mão esquerda da escuridão.




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Resenha: Morte na FLIP

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Sinopse:

Embalado por sua amizade colorida com Dulce Neves, por doses de sua cachaça favorita, por seu empenho como pai à distância e por seu mingau de farinha láctea, o delegado Joaquim Dornelas mais uma vez usa de aguçada intuição e incrível faro policial para desvendar mais um complicado crime.


Resenha:

O crime nunca para, nem mesmo ao decorrer de uma festa literária. Durante a FLIP, o delegado Joaquim Dornelas vê uma estranha cena: um barquinho de passeio saindo para o mar durante a noite. Intrigado, pois esse tipo de passeio é feito somente durante o dia, ele deixa seus subordinados sobreaviso e vai para casa.

No meio da madrugada, Dornelas recebe uma ligação de um de seus assistentes: um crime foi cometido e um dos mortos, muito provavelmente, é um turista estrangeiro que veio para curtir o evento que estava ocorrendo no local. Porém, quem teria interesse em assassinar um estrangeiro?

Dornelas, com a ajuda de seus assistentes, Solano, Caparrós e Peixoto, além de Dulce Neves, legista e sua recente namorada, correrão contra o tempo para tentar desvendar os motivos que levaram a acontecer um crime tão hediondo. E o pior: o assassino está solto. Será que haverá outras vítimas? A festa literária está manchada; há morte na FLIP.

“– Esse crime vai atrair a imprensa brasileira e internacional como mel para um enxame de abelhas. Se não tomarmos o cuidado de divulgar a notícia de forma organizada, o trabalho da policia será muito dificultado” (p. 67).

Com um enredo desses, é óbvio que o livro seria excelente. Como eu já havia lido o primeiro livro do autor, Réquiem para um assassino, a minha expectativa quanto a Morte na FLIP era alta. Contudo, o autor conseguiu superar o que eu imaginava e, certamente, entrou para lista de meus autores policiais favoritos.

Paulo Levy soube aproveitar muito bem a trama do livro; todas as possibilidades foram exploradas. Assim como no primeiro livro, o autor conseguiu extrair o melhor de cada um de seus personagens; algo raro em muitos livros policiais. Conseguimos entender o motivo da ação de cada um dentro do livro.


A relação de Dornelas e Dulce também ganha um enfoque especial nesta obra. Mas se você está imaginando um romance meloso, está muito enganado. O autor constrói um relacionamento maduro entre os dois personagens, o que deixa todo o enredo mais convincente.

“O nome do delegado e a introdução macabra de Ruth prepararam o terreno para as más notícias que logo viriam. Um murmúrio coletivo tomou conta do ambiente. Ruth passou o microfone a Dornelas que respirou fundo antes de falar” (p. 76).

Aliás, o delegado apresenta um amadurecimento enorme do livro anterior para esse. Agora, além de delegado exemplar, ele se mostra um homem mais feliz com a vida, menos melancólico. Ela acaba se tornando um pai melhor, apesar da distância de seus filhos. Ou seja, o autor soube caprichar tanto no assassinato quanto no plano de fundo da obra.

Quanto à diagramação, o livro também não deixa a desejar. Eu gostei muito da capa, pois ela exemplifica perfeitamente a essência do livro. As folhas são brancas, mas como o espaçamento e as letras são grandes, a leitura é rápida e fluída. Mesmo lendo por horas seguidas, como eu fiz, você não sente as vistas cansadas.


O livro é mais do que recomendado, tanto para quem gosta de livros policiais como para quem não gosta, afinal, a trama do plano de fundo deixa o livro mais leve para quem não é fã desse gênero. Certamente o livro irá te surpreender, mas prepare-se: haverá muitas reviravoltas.

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Livro: Morte na FLIP
Autor: Paulo Levy
Editora: Bússola
ISBN: 9788562969171
Ano: 2012
Páginas: 267


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Rio: Zona de Guerra – Leo Lopes

Ficção policial situada no Rio de Janeiro do futuro.
Em um futuro próximo, as desigualdades sociais e econômicas chegaram a níveis tão alarmantes que o Estado não tem condições de manter a ordem e garantir a segurança pública.
Todo o poder é concentrado nas mãos de megacorporações multinacionais que criam e impõem as leis por meio de suas milícias particulares, chamadas Polícias Corporativas. No Rio de Janeiro, a Fronteira, uma muralha intransponível que cerca a Barra da Tijuca e o Recreio dos Bandeirantes, protege os interesses das megacorporações, relegando os habitantes dos demais bairros a uma vida sem lei em um território dominado pelas gangues. Tudo pode acontecer quando o assassinato de uma prostituta no edifício de uma megacorporação leva um detetive particular a voltar para a Barra da Tijuca após anos de exílio no que todos se acostumaram chamar de Zona de Guerra.
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Crônicas de Espada e Magia - George R. R. Martin e outros

10 contos de espada e magia, juntando autores famosos do gênero como Robert E. Howard (Conan), George R. R. Martin (Guerra dos Tronos) entre outros  quanto a nata da literatura fantástica brasileira. Obra imperdivel.
Autores: Robert E. Howard, Karl Edward Wagner, George R. R. Martin, Fritz Leiber, Michael Moorcock, Saladin Ahmed, Carlos Orsi, Roberto de Sousa Causo, Max Mallman, Ana Cristina Rodrigues e Thiago Tizzot.
Organização: Cesar Alcázar
Tradução: Gabriel Oliva Brum e Cesar Alcázar.
Formato 14 x21 cm. 344 páginas.
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Excalibur – histórias de reis, magos e távolas redondas - Ana Lúcia Merege e outros

Todos já ouvimos falar do Rei Artur. Desde as crônicas medievais até a literatura contemporânea, passando por meios como o cinema, teatro, quadrinhos e games, muito foi contado sobre ele, seus cavaleiros e o mago Merlin, reinventando o universo mágico cujo centro é a corte do reino de Camelot.
A coletânea Excalibur – histórias de reis, magos e távolas redondasabraça esse imaginário, reunindo histórias inspiradas por versões das novelas de cavalaria e releituras contemporâneas, mas sem ignorar a sua origem na mitologia celta. O resultado é a diversidade de estilos, cenários e gêneros que vão da fantasia heroica ao dieselpunk, sempre unidos à atmosfera de magia e aventura que imortalizaram o Rei Artur.
Na liderança dessa missão pelo Santo Graal está Ana Lúcia Merege, que divide a Távola Redonda com um conto ao lado dos destemidos Roberto de Sousa Causo, Liège Báccaro Toledo, Luiz Felipe Vasques e Daniel Bezerra, André S. Silva, Pedro Viana, A. Z. Cordenonsi, Ana Cristina Rodrigues, Marcelo Abreu, Melissa de Sá, Octavio Aragão e Cirilo S. Lemos.
Batalhas, encantamentos, amores, intrigas e traições – tudo isso e muito mais se revela a cada página de Excalibur, uma homenagem à fantasia medieval e aos heróis que nunca morrem.
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Resenha: A Cilada

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Sinopse:

A Cilada, segundo livro da série, é um livro ágil, absorvente, narrado na primeira pessoa, na tradição dos detetives clássicos como Sam Spade, de Dashiel Hammett, ou Philip Marlowe, de Raymond Chandler, com pitadas do policial do futuro, Dick Deckard, de “Blade Runner — Caçador de Androides”. O Guardião terá que resolver o mistério de uma garota desaparecida na Cidade Baixa, a pedido de seu pai, o general de uma guerra em que ele também esteve como soldado. Um romance que você não conseguirá largar, disposto a solucionar um mistério que vai ficando mais denso a cada nova página.


Resenha:


“– As pessoas parecem bastante com as moscas.
– Como assim?
– Ambos morrem facilmente” (p.15).



A Ciladaé o segundo livro da série Cidade das Sombras de Daniel Polansky. O primeiro livro, O Guardião, você pode conferir a resenha aqui. A continuação da série se passa na cidade de Rigus e na Cidade Baixa. Rigus é um lugar suntuoso e totalmente rico, enquanto na Cidade Baixa as pessoas vivem na calamidade; é a região considerada sombria em que o perigo e a criminalidade predominam.

O querido e amado personagem Guardião reside na Cidade das Sombras, o lado obscuro e pobre da região. Ele é um negociante de drogas e usuário. Não dispensa meia ampola de Sopro de Fada e não deixa de fumar vinonífera. Sua maneira de fazer justiça é com as próprias mãos, afinal, aquele lugar sombrio é coberto por irregularidades e o Guardião tenta minimizá-las de alguma forma, nem que para isso seja necessário fazer o que ele mais sabe: matar.

“Todos somos marionetes, mas prefiro que minhas cordas sejam menos visíveis” (p34).

Nesse livro sua missão é outra, ele é convocado pelo general Edwin Montgomery para desvendar a verdade sobre a morte de Roland, ex-presidente da Associação dos Veteranos da Grande Guerra. Ele foi encontrado morto em um bordel na Cidade Baixa.



A irmã de Roland, Rhaine, é uma adolescente que sai de casa e vai em busca de respostas para o assassinato do seu querido irmão. Ela enfrentará sérios riscos, pois se envolverá com pessoas perigosas que nem mesmo o Guardião será capaz de defendê-la.

“– A verdade é que o homem que segura o chicote diz que é, e justiça é o que o forte faz com o fraco. Você pensa diferente porque viveu sua vida toda numa bolha feita de dinheiro. E você deve voltar para ela o mais cedo possível, antes que o mundo tire de você a sua inocência de maneira brutal” (p.123).

O Guardião é obrigado a convencer Rhaine em voltar para casa. No entanto, a teimosia da garota predomina e, agora, ela terá de enfrentar um mundo totalmente desconhecido e cruel. Será que ela conseguirá sobreviver?

O enredo é cercado por pessoas, porém, ninguém é digno de confiança, nem mesmo o detetive. A trama fica cada vez mais densa. Todo mundo é suspeito e ninguém sai ileso na história.


“– [...] Esta é a Casa Negra. Nós mandamos na cidade. Mandamos no país. Mandamos no céu e nos mares. Se existe algum lugar para o qual você vai depois de morrer, nós mandamos lá também” (p.214).

Mais morte é evidenciada na obra. Dessa vez, a descrição amenizou um pouco, porém, continua emocionante e a adrenalina é incrível. Garricha continua com seu jeito astuto e sabido. Contudo, o Guardião descobre que o menino é dotado de poderes que precisam ser aperfeiçoados e o leva até a poderosa Mazzie.

Polansky mantém a mesma linha de narrativa do primeiro livro. Quem gostou do anterior, certamente irá gostar desse. Não considero que tenha algo novo e surpreendente. No entanto, a obra consegue ser tão envolvente quanto a anterior. É impossível não se envolver na escrita do autor. Ele cria os personagens de forma cativante e nos prende na história.

“Nenhum homem é inteiramente uma coisa ou outra, um poço de bravura ou um covarde. Não sei o que é um herói, mas conheci um bando de covardes” (p.367).

Devo confessar que a primeira capa tinha me atraído demais, porém, o trabalho da segunda me conquistou ainda mais. Os detalhes estão bem melhores e ela está mais chamativa. A diagramação continua ótima, com as páginas amareladas e a letra em um tamanho perfeito para uma leitura agradável e ágil. Nessa obra, notei menos erros de revisão e de tradução.

Para quem está interessado em conhecer mais sobre a fantasia noir, mais do que indico essa obra. Levem-no para casa o quanto antes. Valerá a pena ler e fantasiar esse mundo sombrio, porém, totalmente incrível, criado por Daniel Polansky.

“As pessoas não gostam de números; gostam de pessoas e se confundem quando pessoas se transformam em números” (p.375).

Título: A Cilada
Autor: Daniel Polansky
ISBN: 9788581302133
Editora: Geração Editorial
Ano: 2014
Páginas: 414

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Resenha: Sagas – O Martelo das Bruxas

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Sinopse:

Um Visitador do Santo Ofício confronta bruxa no Brasil colonial. O drama de um mundo mágico abalado pelo preconceito. As aventuras de uma menina em um conto de fadas nada convencional. Uma prisão onde o demônio não é o único inimigo. O terror de um homem envolvido por uma maldição em seu próprio lar. Inspirado pelo infame texto de dois monges dominicanos, Martelo das Bruxas apresenta histórias cunhadas por cinco proeminentes autores da Literatura Fantástica brasileira.

Resenha:

Confesso que, até começar a leitura desse livro, nunca tinha me interessado por literaturas que falavam sobre bruxas. Sagas – Martelo das Bruxas mudou minha visão sobre esses interessantes seres fantásticos. Acho que meu desinteresse até o momento era devido às referências que eu tinha sobre as bruxas – basicamente filmes americanos e alguns livros bem fracos.

No primeiro conto do livro, Cada história tem..., de Christopher Kastensmidt, conhecemos Beatriz, uma bruxa forte e decidida, que vê sua amiga, também bruxa, ser perseguida e morta pela Igreja Católica. Porém, Beatriz resolve que não aceitará o fim das bruxas tão fácil assim.

Christopher, imediatamente, me ganhou com esse conto, pois Beatriz tem uma personalidade forte, o que eu gosto muito. Além disso, o autor, apesar de escrever uma narrativa curta, soube aprofundar seus protagonistas, o que nos faz criar um apego com eles. Outro ponto positivo é que o conto se passa no Brasil, o que nos faz criar uma familiaridade com o texto.

“Aquele primeiro vislumbre chocou-a. Os esvoaçantes cachos negros de Felipa haviam sido raspados, assim como suas sobrancelhas. Ela padecia descalça sobre os paralelepípedos lamacentos, a multidão como um muro de escárnio em ambos os lados. Um torturador a seguia de perto por trás, e um golpe bem colocado de seu chicote recortou outro talho através de um manto acinzentado que pendia de seus lados em farrapos sangrentos” (p. 19).

No conto seguinte, O quão forte um gigante pode gritar, de Ana Cristina Rodrigues, conhecemos Fomori, um gigante que vive na região da Irlanda. Lá ele se casou com uma humana druidisa e teve um filho. Porém, a Igreja chega até suas terras e começa a caçar criaturas mágicas. Por tal motivo, Fomori conhecerá uma bruxa da pior maneira possível.

Assim como o conto anterior, este também conseguiu me prender de uma maneira muito rápida. Fomori me fez ver os gigantes de outra forma, de uma maneira menos bruta. Porém, o seu encontro com a bruxa faz lembrar o lado mais letal e conhecido dos gigantes. 


Na terceira narrativa, Encruzilhada, de Douglas MCT, conhecemos Mara, uma jovem aprendiz de bruxaria. Porém, para conseguir se tornar uma bruxa de verdade, ela terá que passar por provações que nem mesmo adultos suportariam. Será que ela resistirá e conseguirá seu objetivo?

“Circulou a cama com a terra, colocou as mandrágoras nos pontos cardeais e fez um intricado símbolo com as varetas de carvalho. Deitou-se, esperando que a noite trouxesse alívio” (p. 46).

Este é mais um conto onde encontramos uma personagem forte e decidida. Porém, por se tratar de uma jovem, acabamos vendo a bruxa de uma maneira mais humanizada, menos negativa. Afinal, Mara era uma jovem pura. Ou será que não?

No penúltimo conto, A justiça desse mundo, de Ana Lúcia Merege, nos é apresentado Benjamin: um jovem que faz parte do clero. Porém, com a chegada da inquisição em sua cidade, todo o seu cotidiano é modificado. Benjamin terá que passar a enxergar pessoas que conhecia há muito como bruxas e feiticeiros. Será que ele suportará tal fardo?


Gostei bastante desse conto, afinal ele nos mostra uma visão diferente das bruxas, já que a narração é através da perspectiva de um membro do clero. Benjamin é um personagem que eu me identifiquei, pois ele não se mostra invulnerável: pelo contrário, constantemente percebemos suas dúvidas e fraquezas.

“O corpo de Benjamin se encolhe à menção do nome de seu primo. Por um momento, tem a impressão de que as pessoas se viram para fitá-lo, mas isso dura pouco, se é que de fato acontece (...)” (p. 86).

O último conto, Missa Negra, de Duda Falcão, é narrado em primeira pessoa e apresenta um cenário desolador. Em uma cidade pequena, as plantações secaram e as pessoas estão passando necessidade extrema. Porém, em uma fazenda, inexplicavelmente, há fartura. Com fome e com medo, os fazendeiros começam a desconfiar de bruxaria.

Neste conto encontramos a narrativa mais pesada e sombria do livro, mas também uma das melhores, junto com a do Christopher Kastensmidt. Duda Falcão enfoca o aspecto mais demoníaco das bruxas. Os mais medrosos sentirão pavor, muito provavelmente. Porém, é de se admirar a capacidade do autor de transmitir as sensações através das palavras.


Esse é o quinto livro que leio da editora Argonautas e fico maravilhado com a qualidade de suas obras. Todos os livros são extremamente bem escritos e possuem enredos fascinantes. Se já não bastasse a qualidade literária, as diagramações também não ficam atrás. Sem falar das capas que são desenhadas a mão por Fred Macedo.

“Primeiro foram as plantações. Os campos tornaram-se estéreis. No rastro desse infortúnio, logo os rebanhos pereceram. O mau augúrio começou na minha fazenda quanto um bezerro nasceu com duas cabeças” (p. 112).

Pela qualidade de todos os contos, sem dúvidas, eu indico demais a obra, seja para quem gosta do assunto ou para quem, assim como eu, quer se deslumbrar pela primeira vez. Conheça mais sobre os livros da Argonautas; certamente você não vai se arrepender.

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Livro: Sagas – Martelo das Bruxas
Autores: Ana Cristina Rodrigues, Ana Lúcia Merege, Christopher Kastensmidt, Douglas MCT, Duda Falcão
Editora: Argonautas Editora
ISBN: 9788564076020
Ano: 2011
Páginas: 128

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Resultado das Promoções

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Olá, galera. Vamos conferir os resultados das promoções? Quem será o sortudo ou a sortuda que levará vários prêmios para casa?!



A vencedora da promoção 7 livros + camiseta foi...


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Resenha: Silo

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Sinopse:

O que você faria se o mundo lá fora fosse fatal, se o ar que respira pudesse matá-lo? E se vivesse confinado em um lugar em que cada nascimento precisa ser precedido por uma morte, e uma escolha errada pode significar o fim de toda a humanidade? Essa é a história de Juliette. Esse é o mundo do Silo.
Em uma paisagem destruída e hostil, em um futuro ao qual poucos tiveram o azar de sobreviver, uma comunidade resiste, confinada em um gigantesco silo subterrâneo. Lá dentro, mulheres e homens vivem enclausurados, sob regulamentos estritos, cercados por segredos e mentiras.
Para continuar ali, eles precisam seguir as regras, mas há quem se recuse a fazer isso. Essas pessoas são as que ousam sonhar e ter esperança, e que contagiam os outros com seu otimismo. Um crime cuja punição é simples e mortal. Elas são levadas para o lado de fora. Juliette é uma dessas pessoas. E talvez seja a última.


Resenha:

Se eu tivesse que definir Silo com apenas uma palavra, ela seria sensacional. Dentre as atuais distopias que li, essa obra é uma das que mais se destaca. O enredo é inovador e o autor soube conduzir de maneira espetacular a obra. Mas, deixemos os elogios para o final e vamos dar uma pincelada no assunto do livro.

Imagine um prédio com mais de cem andares, autossuficiente, onde a energia consumida por ele é produzida dentro de si mesmo, onde o alimento ingerido pelos moradores seja produzido dentro do espaço coletivo. Consegue imaginar? Este é Silo, porém, com um pequeno detalhe: ele fica abaixo da terra.


Dentro dessa gigantesca estrutura, o regime político é extremamente rígido e cada um tem a sua própria função. Um erro pode comprometer o funcionamento e a vida de todos os habitantes. Silo é tudo que as pessoas conhecem do mundo, pois o exterior é tóxico e inabitável.

“Olhou para além dos adultos e das crianças que brincavam, em direção à vista enevoada projetada na parede do refeitório. Era a maior vista ininterrupta de seu mundo inóspito. Uma cena matinal. A luz suave do amanhecer cobria colinas sem vida, que pouco tinham mudado desde que Holston era menino” (pág. 11).

Dentro deste cenário pós-apocalíptico, onde a lei é severa, quebrar as regras significa ser expulso do Silo, ser convidado a sair e fazer a limpeza. No caso, essa limpeza vem a ser limpar as câmeras que mostram o exterior para quem está dentro do Silo. Porém, há apenas um detalhe: quem sai jamais sobrevive.

Juliette assume um cargo de alto escalão dentro de Silo – não direi qual é, pois isso é um spoiler que tirará a graça das primeiras páginas. – Mesmo não se sentindo totalmente preparada, ela entra de cabeça nas suas funções. Porém, tal cargo fará com que ela descubra o que é verdade e o que é mentira. Porém, no Silo, saber a verdade pode matar.

“Às vezes a poeira voava na direção dos sensores do silo em ondas, e cada uma a fazia se encolher como se estivesse prestes a receber o impacto no próprio corpo. O ataque da nuvem de poeira sempre era triste de se ver, mas ficava especialmente brutal no dia seguinte a uma limpeza” (p. 50).

Será bem difícil fazer a resenha de Silo sem me entusiasmar, pois realmente adorei a obra. Apesar de muitos autores ficarem na mesma posição quando se trata de distopia, Hugh Howey conseguiu unir o usual ao inovador, deixando o leitor perplexo.


O autor foi extremamente detalhista na montagem da obra, não deixando escapar qualquer detalhe. Toda a construção é muito bem explicada e elaborada, tornando o livro muito mais realista. Além disso, como o enredo é eletrizante, viramos uma página atrás da outra, sem vontade de parar. Quando percebemos, horas já se passaram.

“Ela se virou outra vez para o telão, e os dois desfrutaram do silêncio que se formou. Era estranho estar sentada ali com aquele homem. Ela se sentia mais jovem e de algum modo mais segura na presença dele. Menos solitária, pelo menos” (p. 157).
Falar dos personagens é ainda mais difícil do que falar da obra em geral. Hugh deu um show a parte na construção dos protagonistas e também dos coadjuvantes. Encantei-me com todos eles. Adorei a forte personalidade de Allison, a coragem de Holston em enfrentar o desconhecido; encantei-me com a doçura e inocência da velha prefeita Jahns, com o romantismo e com a subjetividade de Marnes. Todos eles foram extraordinários.

Contudo, Silo sem Juliette não seria a mesma coisa. A garota problemática, de personalidade forte e convicções mais fortes ainda transformam o livro em algo inovador e inesperado. Decidida e confiante, ela age corajosamente, mesmo sabendo que muitas de suas ações provavelmente terão resultados trágicos para ela.

“Mas enterrar o corpo e colher as frutas maduras em cima das covas significava reforçar uma mensagem: o ciclo da vida existe; é inevitável, deve ser abraçado, apreciado, aceito. As pessoas partem e deixam para trás o dom do sustento, da vida” (p. 159).

Se não bastasse toda a grandeza da obra, a Intrínseca caprichou bastante da na tradução e na revisão da obra; ambas ficaram excelentes. A capa do livro também é muito bonita e chamativa. A diagramação é muito boa também, apesar de simples. Como as letras são grandes, o espaçamento largo e as folhas amareladas, a leitura se torna ainda mais rápida e produtiva.


Sem dúvidas, indico o livro para todos aqueles que quiserem desbravar uma boa distopia. Em Silo você encontra ação, suspense, aventura e reflexões sobre os problemas da nossa sociedade, tudo isso com uma linguagem fácil e dinâmica. Pode acreditar: é quase impossível não adorar a obra.

Livro: Silo
Autor: Hugh Howey
Editora: Intrínseca
ISBN: 9788580574739
Ano: 2014
Páginas: 512

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Faro Editoral compra direitos de livro que será adaptado para o cinema

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The diary of a teenage girl (O diário de uma garota no caos – título provisório), acaba de ter seus direitos adquiridos pela Faro Editorial. Baseado no romance/graphic novel aclamado pela crítica de Phoebe Gloekner traz a história crua e honesta de uma adolescente tentando dar sentido a uma fase da vida extraordinariamente difícil. É um relato muitas vezes perturbador e sincero de Minie, uma garota de 15 anos de idade vivendo em San Francisco, Califórnia, na década de 1970.


O elenco traz no papel central uma novata nas produções americanas, Bel Powley, atriz britânica mais conhecida por sua estreia na produção de West End do Royal Court Theatre, o que lhe garantiu o prêmio de  atriz Revelação, e logo um convite para estrelar na Broadway inglesa. E ainda inúmeros rostos jovens de produções como Divergente, Blue Jasmine e O Planeta dos Macacos e astros conhecidos como Alexander Skarsgard, de True Blood, Kristen Wiig, de Operação Madrinha de Casamento e Christopher Meloni, de Law& Order .


O filme, que tem estreia prevista para o primeiro semestre de 2015, segue percurso cinema independente e teve recursos obtidos pelo Festival de Cinema de Sundance, que já apoiou uma impressionante lista de filmes premiados e inovadores, incluindo os vencedores do Oscar, O Cisne Negro e Preciosa. The diary of a teenage girl é considerado por eles a sua aposta para seguir seus antecessores.

O livro também será lançado no primeiro semestre, coincidindo com a exibição do filme no país. Para alguns críticos ele está sendo aguardado como um novo Garota Interrompida.


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Lançamento da Belas-Letras: Pólvora

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Lorena, uma ex-enfermeira viciada no perigo, inicia uma jornada alucinante ao lado de sua nova paixão - um ex-bancário que foge de uma vida monótona e comportada. Ao longo do trajeto, que inclui sexo, violência e crítica social, o casal conhece a piromaníaca Milene, personagem que os levará em direção a um caminho sem volta.

Essa é a sinopse de Pólvora, o novo livro de Tico Santa Cruz que chega às livrarias na segunda quinzena de setembro pela Belas-Letras. Em 2011, Tico Santa Cruz publicou o livro em forma de capítulos em seu blog e se surpreendeu com o envolvimento dos leitores - foram mais de 300 mil visualizações e 100 mil downloads. Depois do sucesso da iniciativa virtual, a Belas-Letras preparou uma edição especial impressa, com ilustrações, revista e editada.

De acordo com Tico, a saga pode ser classificada como "policial, psicótica, suja, politicamente incorreta e sem compromisso algum com qualquer tipo de estética literária".

Em sua primeira incursão no mundo da ficção, Tico transborda excitação e apresenta um misto de loucura e fantasia urbana por meio de seus personagens, fazendo com que a trama de Lorena deixe um rastro de morte por onde ela passa. O livro ainda é uma crítica contundente e caricata ao sistema político, social e econômico brasileiro.

Livro: Pólvora
Autor: Tico Santa Cruz
ISBN: 9788581741567
Formato: 14x21cm
Páginas: 168
Ano: 2014
Preço de Capa: R$ 29,90


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Resultado do Top Comentarista de Agosto + Top Comentarista de Setembro

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Bom dia, galera. Quem quer ganhar livros levante a mão. \õ
Mas antes de falar sobre o top comentarista desse mês, vamos conhecer o vencedor do top do mês passado?!
No mês de agosto tivemos o total de 384 entradas na postagem do top. Assim como afirmado no regulamento, fizemos o sorteio pelo Random.org e os vencedores foram...





Parabéns, Michele Lopez!!!

E ela levará para casa o livro Um Olhar de Amor.


E vamos conhecer o segundo (a) vencedor (a)? O sortudo (a)  que levará o segundo livro para casa é...


  Parabéns, Eliana Cerqueira!!!

E ela levará para casa o livro Sussurro.


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Não ganhou o top do mês de agosto? Não desanime. O top do mês de setembro começa agora e serão DOISGANHADORES distintos. Ou seja, suas chances continuam dobradas!
Primeiramente, vamos conhecer os prêmios?

Livros novos:
Espíritos de Gelo– Raphael Draccon, Quem Teme a Morte– Nnedi Okorafor, Tão Mais Bonita– Cara Hoffman


Livros usados (porém, em ótimas condições. Todos foram lidos apenas uma vez):
Crescendo – Becca Fitzpatrick, Pegasus e a Batalha pelo Olimpo– Kate O’Hearn, Cai o Pano– Agatha Christie


Vamos então as regras de participação?

– Ter endereço de entrega no Brasil;
– Seguir o Desbrava(dores) de Livros publicamente pelo GFC (Google Friend Connect - onde aparece escrito "Participar deste site");
– Curtir a Página do blog no Facebook;
– Como já dito, serão dois vencedores. O primeiro sorteado poderá escolher qualquer livro entre os seis; o segundo colocado poderá escolher entre os livros usados restantes;
– Comentar nesta postagem com: seu nome de seguidor, nome que usou para curtir a página no Facebook, seu e-mail e o nome de um dos seis livros que você levará para casa, caso seja o primeiro vencedor, e o nome livro usado que levará para casa, caso seja o segundo vencedor;
– Serão válidos comentários até as 23:59h do dia 30/09/2014;
– Todas as postagens do mês de setembro, inclusive promoções, serão válidas para o Top Comentarista. Não serão contabilizados comentários sem conteúdos como “Gostei”, “Que legal”, “Não conhecia”. Comente sua opinião;
– O sorteio será feito pelo Random.org;
– O vencedor deverá responder nosso e-mail em até 72horas;
– O envio do exemplar será feito em até 30 dias;

Esse mês, para todos terem a chance de ganhar, o vencedor não será obrigado a comentar em todas as postagens.
O top funcionará da seguinte forma:
Vamos supor que você comentou na resenha João e o Pé de Feijão. Você copiará o link da postagem e colará o link aqui, na postagem do top de agosto. Simples, não?
Basta comentar na postagem do top de junho assim:
 


Obs.:Para facilitar, no fim das postagens haverá a imagem do top comentarista. Basta clicar nela que você será redirecionado para esse post.
Vocês podem observar que em cada comentário há uma numeração. Aquela numeração será o seu bilhete para sorteio. Quanto mais comentar, mais chances de ganhar.
Esperamos a participação de todos!
Dúvidas? Entre em contato com desbravadoresdelivros@gmail.com

Resenha: Laranja Mecânica

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Sinopse:

Narrada pelo protagonista, o adolescente Alex, esta brilhante e perturbadora história cria uma sociedade futurista em que a violência atinge proporções gigantescas e provoca uma reposta igualmente agressiva de um governo totalitário. A estranha linguagem utilizada por Alex - soberbamente engendrada pelo autor - empresta uma dimensão quase lírica ao texto. Ao lado de "1984", de George Orwell, e "Admirável Mundo Novo", de Aldous Huxley, "Laranja Mecânica"é um dos ícones literários da alienação pós-industrial que caracterizou o século XX. Adaptado com maestria para o cinema em 1972 por Stanley Kubrick, é uma obra marcante: depois da sua leitura, você jamais será o mesmo.


Resenha:

Essa foi uma das resenhas mais difíceis que eu já me propus a fazer. Não porque o livro seja ruim, pelo contrário, Laranja Mecânica cumpriu o que prometeu na sinopse: não dá para ser o mesmo após a leitura. O livro é assombroso, mexe com seus pensamentos, abala sua ideologia. Surpreendi-me e encantei-me com a obra.

Anthony Burgess, em Laranja Mecânica, retrata a vida do jovem anti-herói Alex, um adolescente amante da boa música clássica e conhecedor de cultura. Porém, por outro lado, nosso protagonista é extremamente agressivo; faz parte de uma gangue, sai durante a noite para perturbar e roubar, mesmo sem ter necessidade disso. Alex é um verdadeiro delinquente.


Outros personagens fundamentais na obra e que conhecemos logo no princípio da narrativa são Pete, Georgie e Tosko. Os três são os druguis de Alex – seus companheiros de gangue – e, assim como o protagonista, são extremamente insanos e violentos. Porém, com uma exceção: enquanto Alex ama a arte, os demais a ignoram.

“Se os plebeus são bons é porque eles gostam, e eu jamais iria interferir com seus prazeres, e o mesmo vale para a outra loja. E eu frequento a outra loja. E mais: maldade bem de dentro, do eu, de mim ou de você totalmente odinokis, e esse eu é criado pelo velho Bog ou Deus, e é seu grande orgulho e radóstia” (p. 89).

Em uma dada noite, ao saírem para uma das costumeiras farras, o destino prega uma peça nos amigos de gangue. Por causa da disputa de poder, a amizade é colocada à prova. Será que eles saberão enfrentar a disputa? Com a polícia no rastro deles, será que eles conseguirão escapar mais uma vez?

Perturbador é a palavra que melhor caracteriza esse livro. Apesar de ser uma distopia, o livro relata uma situação que poderia acontecer hoje, amanhã, no próximo mês. E a pergunta é: será que estamos preparados? Será que estamos maduros suficientes para entender e resolver os problemas do mundo em que vivemos?


Laranja Mecânica cutuca em uma das feridas mais abertas da sociedade contemporânea: a violência. Até onde será permitido ir para que esse fenômeno degradante que atinge nossa civilização seja controlado? Será válido mexer na mente alheia? Será que a cadeia realmente só piora o ser humano?

“Quando cheguei ao pé das escadas do flatbloco, fiquei um tanto surpreso. Mais do que isso até. Abri a minha rot como as velhas gárgulas faziam. Eles haviam vindo me encontrar” (p. 100).

O próprio nome do livro é totalmente profundo e filosófico. A laranja é um fruto cítrico, gostoso, que alimenta muitas pessoas. Porém, essa laranja aqui tratada não é natural, é mecânica. Ela não pode alimentar, ela é uma máquina. E máquinas não são nada mais do que um conjunto de engrenagens controladas por alguém. Alex é essa laranja.

Se todo o enredo é um tapa na cara da sociedade, Anthony dá outro show na construção de seus personagens. Ele cria um protagonista real, autêntico e totalmente distinto de tudo que eu já encontrei na literatura. Porém, apesar de ser distinto na literatura, certamente você consegue achar muitos Alex’s pelas ruas. 


Os demais personagens também são muito bem construídos e trabalhados. Assim como no protagonista, conseguimos perceber uma autenticidade nas ações de todos os coadjuvantes, o que torna o livro ainda mais real e assustador. Você lê a obra e se pergunta se isso não está acontecendo em alguma parte do mundo.

“Eu tinha espasmos mas não conseguia vomitar, videando primeiro uma britva cortar um olho, depois fatiar uma bochecham depois cortar cortar cortar tudo, enquanto um króvi vermelho espirrava na lente da câmera” (p. 167).

Se o livro é um espetáculo, a edição preparada pela editora Aleph – que já se tornou minha editora favorita – é um show à parte. A capa é dura, as folhas são estilo de revista, com uma qualidade que dá gosto. O livro conta com ilustrações maravilhosas e uma nova tradução. Quer mais? Tem mais! O livro ainda possui material exclusivo: artigos escritos pelo autor, entrevista e muito mais. Encontrei nesse exemplar a melhor edição que já vi nestes meus anos de literatura. Meus sinceros parabéns à editora. Livros bonitos estão um patamar acima.

Eu poderia ficar o dia todo falando da obra e não conseguiria demonstrar todo o meu amor e meu assombro. Minha dica é: leia, delicie-se, assuste-se, deixe-se assombrar. O livro é incrível e você precisa conhecer.

Livro: Laranja Mecânica
Autor: Anthony Borges
Editora: Aleph
ISBN: 9788576571360
Ano: 2012
Páginas: 352

Compre o livro aqui.
Outras fotos:









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Resultado das promoções Mausoléu e Branca de Neve

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Olá, galera. Vamos conferir o resultado de duas incríveis promoções que rolaram aqui no blog?

A vencedora do livro Mausoléu, livro do autor Duda Falcão, foi...


Parabéns, Lori Joi Cardoso!

Enviaremos um e-mail solicitando seus dados. Você tem até 72 horas para responder nosso contato. Caso contrário, será feito um novo sorteio.


Vamos conferir agora o vencedor do concurso cultural Branca de Neve? Tal concurso consistia em fazer uma pergunta ao espelho mágico. O autor da melhor pergunta será premiado com um livro incrível e totalmente ilustrado da Branca de Neve.
Foram feitas diversas perguntas excelentes e foi muito difícil escolher a melhor. Porém, depois de diversas discussões e ajuda dos universitários, a frase escolhida foi:
"Qual pergunta ocuparia maior espaço no meu coração, este estando cheio delas? Talvez algo clichê e essencialmente humano: Espelho, espelho meu. Existe alguém com o coração solitário para, um dia, se juntar ao meu?"
Parabéns, Juliana Teixeira!

Enviaremos um e-mail solicitando seus dados. Você tem até 72 horas para responder nosso contato. Caso contrário, será escolhida uma nova frase.

Não ganhou? Não fique triste. Participe das demais promoções do blog!
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Resenha: Seis anos depois

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Sinopse:

Jake Fisher e Natalie Avery se conheceram no verão. Eles estavam em retiros diferentes, porém próximos um do outro. O dele era para escritores; o dela, para artistas. Eles se apaixonaram e, juntos, viveram os melhores meses de suas vidas. E foi por isso que Jake não entendeu quando Natalie decidiu romper com ele e se casar com Todd, um ex-namorado. No dia do casamento, ela pediu a Jake que os deixasse em paz e nunca mais voltasse a procurá-la.
Jake tentou esconder seu coração partido dedicando-se integralmente à carreira de professor universitário e assim manteve sua promessa... durante seis anos.
Ao ver o obituário de Todd, Jake não resiste e resolve se reaproximar de Natalie. No enterro, em vez de sua amada, encontra uma viúva diferente e logo descobre que o casamento de Natalie e Todd não passou de uma farsa.
Agora ele está decidido a ir atrás dela, esteja onde estiver, mas não imagina os perigos que envolvem procurar uma pessoa que não quer ser encontrada.
Em Seis Anos Depois Harlan Coben usa todo o seu talento para criar uma trama sensacional sobre um amor perdido e os segredos que ele esconde.

Resenha:
Seis anos depoisé o primeiro livro que leio de Harlan Coben e, com certeza, não será o único. Ele conseguiu superar todas as expectativas que tinha quanto a essa obra. Surpreendente é a palavra que define a história de maneira única.

Jake Fisher conhece Natalie Avery em um acampamento, eles estavam em retiros diferentes: ele para escritores e ela para artistas. O relacionamento deles foi tão curto quanto o verão que passaram juntos. De repente, tudo se acaba em um piscar de olhos; menos o amor de Jake que permanece firme e forte.

Ele não quer acreditar no que seus olhos estão vendo: Natalie casando com um antigo namorado. Ela o convida para o casamento e Jake vai porque precisa acreditar que aquilo não é um delírio de sua mente.

“Por que eu tinha vindo? Você acredita em amor à primeira vista? Nem eu. Mas acredito numa grande atração à primeira vista, mais que física”.



Ao sair da igreja, Natalie pede para que ele não a procure mais e deixe-a viver feliz com o seu marido Todd. Jake se vê obrigado a aceitar a promessa. Ele cumpre com o prometido, sem esquecer um dia sequer daquela mulher que mudara sua vida. Ele a deixa em paz, porém, apenas por seis anos.

Após seis anos, ao ler o obituário de Todd, Jake decide procurar Natalie. Ele não pensa duas vezes, pega um avião e parte rumo ao enterro e, ao notar a viúva, descobre que não é ela quem está lá. Onde estaria o seu grande amor? A trama começa a esquentar... Jake se vê perdido, confuso e com esperanças de encontrá-la.

Ao começar a investigar sobre Natalie, ele percebe que não encontra registro sobre ela em lugar algum. É nesse momento que o leitor se sente baleado com tantas surpresas e emoções. Essa é uma das primeiras e muitas outras surgirão durante o livro e que nos fará sentir assim.

“Lembranças dolorosas nunca chegam suavemente – elas arrombam a porta e entram todas ao mesmo tempo”.

Harlan Coben tem uma narrativa fluída, cativante, misteriosa e incrível. O leitor fica admirado pelos personagens criados e se apaixona pelo jeito de cada um. O amor que Jake sente por Natalie é lindo. Ele é um cara apaixonado que faz de tudo para encontrar a única pessoa que amou.


Jake se depara com uma série de mentiras e não espera encontrar uma teia de dúvidas. Agora, ele tem de correr para descobrir como se livrar de tudo o que conseguiu desvendar, até porque, agora a morte está atrás dele.

A trama é envolvente e o livro te prende de uma forma inexplicável. O mestre das noites em claro nos mostra como uma história pode te cativar a ponto de te tirar o sono e te deixar sem fôlego. Não leia antes de dormir, pois, certamente, você ficará com insônia e quererá terminar o livro antes e, mesmo terminando, não terá vontade de dormir porque ficará pensando na excepcionalidade da obra.

“– Você sabe o que é ter esperança, Jake?– Acho que sim – respondi.– É a coisa mais cruel do mundo. A morte é a melhor. Quando se morre, a dor para”.

A capa é linda e o nome é super chamativo. Harlan, nessa obra, já ultrapassou 60 milhões de exemplares vendidos. Adquira já o seu e não espere seis anos para ler o melhor livro do autor. Indico a todo ser humano que respira: vocês precisam ler!


Título: Seis anos depois
Autor: Harlan Coben
ISBN: 9788580412536
Editora: Arqueiro
Ano: 2014
Páginas: 272


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Quinta de Sorte + Um Mês Dedicado a Humberto Gessinger

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Quem gosta de promoções e sorteios? Você?! Então a editora Belas-Letras preparou uma grande surpresa para você. Agora toda quinta é quinta de sorte na Belas-Letras. Acesse a página da editora no Facebook e confira. Cada quinta um livro do catálogo será sorteado. Não fique fora dessa!


A Belas-Letras tem outra novidade para você: Um mês dedicado a Humberto Gessinger


O primeiro autor da editora Belas-Letras acaba de ganhar um mês especial e exclusivo só para ele. Em setembro, a Belas-Letras vai comemorar a volta ao mercado dos quatro livros do autor - Pra ser sincero (2009), Mapas do acaso (2011), Nas entrelinhas do horizonte (2012) e Seis Segundos de Atenção (2013). Para o mês temático, estão programadas promoções especiais, sorteios, brindes exclusivos e muito conteúdo especial dedicado aos fãs do cantor nas redes sociais da Belas-Letras. Aproveite!



Perfil do Poeta do Hawaii

Humberto Gessinger nasceu em Porto Alegre, em uma época em que uma TV colorida não era nada comparada a um toca-discos que encontrou perdido, e virou para ele uma "joia". Crescendo em uma casa com LPs e ao som de diferentes estilos, construiu sua carreira de músico pela originalidade. Tornou-se um compositor com "a pior caligrafia". Humberto se define como um fã completista: quando gosta de um artista, procura saber tudo sobre ele, adora as fases estranhas pelas quais os cantores de longa carreira passam e foi o último da turma a saber que Bob Marley era de verdade. Aos 15 anos, comprou uma guitarra e um amplificador com o próprio dinheiro. Mas foi na faculdade onde montou a banda que rodou o Brasil e o mundo - os Engenheiros do Hawaii. "Há uma autoironia no nome que me agrada", conta Humberto. Atualmente, Humberto Gessinger percorre o Brasil com a turnê Insular.


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Livro nacional: Ivvi

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Olá, leitores. Tem alguém fã aqui de livros nacionais?
Nós somos fissurados e, principalmente, quando o assunto nos remete ao gênero de poesia.
O escritor Leandro Andreo publicou o livro Ivvi e já estamos ansiosos para ler. Vamos conferir?



Sinopse:
Quando tu, bela Ivvi, conheci, meu mundi se virou completamente. Desalento, que outrora era aparente, perdeu-se de repente. Eu sorri. Os dias se passavam, percebi que tu não me saías mais da mente, eras tão jubilosa e, certamente, a mulher mais bonita que já vi. Ivvi é uma personagem não só desta obra, mas da vida de todos. Todos nós temos alguém na vida que nos inspira, que tira o melhor de nós e que permite manifestações tão verdadeiras como as mensagens de Amor dos poemas deste livro. A personagem Ivvi irá ultrapassar os limites destas páginas e irá refletir na Ivvi real que habita na vida de cada leitor.

“Quando tu, bela Ivvi, conheci,
Meu mundo se virou completamente.
Desalento, que outrora era aparente,
Perdeu-se de repente. Eu sorri.
Os dias se passavam, percebi
Que tu não me saías mais da mente,
Eras tão jubilosa e, certamente,
A mulher mais bonita que já vi.”


Sobre o autor:
Leandro Andreo (São Paulo,1985) é escritor e poeta. É um dos autores convidados do portal A Voz da Poesia, além de ter participado de diversas antologias. Ivvi (Editora Pandorga, 2014) é seu primeiro livro.


Contato com o autor:
E-mail: leandroandreo@hotmail.com
Site:www.leandroandreo.com.br
Fanpage: www.facebook.com/leandroandreoescritor
Site: www.avozdapoesia.com.br/leandroandreo


Onde comprar o exemplar:

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Resenha: Indesejadas

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Sinopse:

Crimes brutais marcam um verão sueco. Suécia, meados de um verão chuvoso. O inspetor Alex Recht e sua equipe, auxiliada pela analista criminal Fredrika Bergman, começam a investigar o que parece ser um caso clássico de disputa familiar pela guarda de uma criança. No entanto, quando a menina é encontrada morta no extremo norte da Suécia, com a palavra “indesejada” escrita na testa, o caso se transforma rapidamente no pior pesadelo da equipe de investigadores.

Resenha:

Indesejadasé o primeiro livro da série de Kristina Ohlsson e seu romance de estreia. A autora é sueca e cientista policial. Sua obra foi uma surpresa para mim; a história é angustiante e eletrizante. Não dá para largar o livro e não ficar curioso pelo o que acontecerá.

Fredrika Bergman é a protagonista da série, uma analista criminal que seus colegas de trabalho, Alex e Peder, não fazem questão de seu auxílio nas investigações, menosprezando sua qualificação profissional.

Em muitos momentos, o preconceito predomina. Na maioria das vezes, o leitor se apega com raiva de Alex e Peder, por tratar Fredrika como se não tivesse nenhuma utilidade no trabalho. Porém, ela mostrará que é capaz de fazer muito mais do que eles pensam e do que ela acredita.
“As crianças não desaparecem, são as pessoas que as perdem” (p.19).
Os três realizarão um trabalho incrível, mesmo tendo alguns desentendimentos. A autora se preocupou até nisso: em mostrar que em toda relação trabalhista existe uma intriga, mas que é possível ser resolvido. Ohlsson soube criá-los de forma a mostrar que os detetives são extremamente humanos e passíveis de erros.


Indesejadasé um nome intrigante e chamativo. A trama não poderia ser inferior ao título do livro. Sara está com sua filha Lilian na estação de trem da segunda maior cidade da Suécia: Estocolmo. Porém, Ela deixa sua filha dentro do trem e vai fazer uma ligação. Contudo, é surpreendida por uma jovem que está com o seu cachorro passando mal e resolve ajudá-la. Porém, algo surpreendente acontece: o trem parte antes do horário e sua filha fica sozinha no vagão. O desespero toma conta de Sara e ela se vê atada sem saber o que fazer.

A criança simplesmente desaparece do trem e a equipe de Alex é designada para desvendar esse caso. Quando a criança aparece morta, nua e com a palavra “indesejada” estampada em sua testa, o temor toma conta e o caso repercute na mídia.
“De todas as pessoas doentes do mundo, nenhuma era mais repugnante do que as pessoas que violentavam crianças” (p.84).
O crime é totalmente voltado para um suspeito e, de repente, todas as pistas são jogadas na mesa e eles se veem preso a outro suspeito. A trama é totalmente bem feita, criativa e o crime é surpreendente. Ohlsson deixa o leitor indignado, estagnado e preso em sua narrativa.


Não teremos apenas um crime, mas outros que nos deixarão receosos pensando em se tratar de um serial killer; será? A história é bem desenvolvida e a autora não deixa pontas soltas. Para tudo existe um motivo e isso faz com que a autora ganhe destaque em minha biblioteca.

A capa é muito linda, sombria, misteriosa e dá um aperto só de ver o par de sapatos de Lilian na foto. Ao terminar a obra, fiquei olhando a capa e divagando em tudo o que acontecera com a garota. Ohlsson soube me tocar até mesmo em pequenos detalhes. A diagramação é simples, mas deixa a leitura rápida. Notei pequenos erros de tradução, mas nada que desmerecesse a qualidade do livro ou que diminuísse minhas cinco estrelas à obra.
“O mais importante não é o que você diz, mas o que você faz. Se eu não souber o quanto você me ama, se você tem que me dizer isso, é porque nosso amor não vale nada. Estou certo?” (p.124).
Se vocês precisavam de um ânimo para ler este livro, se existia algum resquício de dúvida se vocês deveriam ler ou não, acredite: leiam! É totalmente surpreendente a resolução desse caso. Parabéns à autora e à editora Vestígio que já virei fã.

Título: Indesejadas
Autora: Kristina Ohlsson
ISBN: 9788582860533
Editora: Vestígio
Ano: 2014
Páginas: 400


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