Biografia:
F.T.Farah nasceu em São Paulo, em 1º de outubro de 1976. Aos seis meses, mudou-se com a família para São Carlos, no interior do estado. Antes de enveredar pelo jornalismo, fez dois semestres de Física na Universidade de São Paulo e cursou Língua e Civilização Francesa na Universitè de Poitiers (França). Aos 21 anos, assumiu o cargo de repórter em uma revista semanal de celebridades (IstoÉ GENTE), entrevistando brasileiros ilustres, como Sérgio Vieira de Mello, Raquel de Queiroz e Jô Soares. Em sua trajetória profissional, também atuou como editor de turismo em um portal na internet (iG), coordenador de redação em uma emissora de tevê (RedeTV!) e crítico gastronômico e de vinhos em diversos veículos.
Aficionado pelos primórdios da aviação, F.T.Farah tornou-se um dos maiores colecionadores privados de itens relacionados ao conterrâneo Alberto Santos-Dumont. No mesmo dia em que completou 35 anos, tornou-se curador de uma exposição sobre o aviador, no Museu da TAM, em São Carlos. Também estudou demonologia e ciências ocultas e, há vários anos, percorre os maiores santuários cristãos do mundo, de Santiago de Compostela a Jerusalém, em busca da face de Deus. Em sua jornada, cruzou algumas vezes com Samyaza. Não sabe quem é? Descubra em “A Outra Face de Deus”.
Alguns livros:
A outra face de Deus:Em 1589, o conselheiro da rainha Elizabeth I, John Dee, e seu discípulo, Edward Kelley, são surpreendidos com o Livro das Folhas Prateadas. Supostamente escrito por um anjo, ele carrega, em suas quarenta e oito páginas, a chave para uma nova era, contudo, apenas uma pessoa poderia iniciá-la.
Mais de quatrocentos anos depois, em uma basílica romana, o padre Pietro Amorth é desafiado durante um ritual de exorcismo com uma charada diabólica. Em uma reunião a sete chaves, no Vaticano, descobre seu significado e recebe das mãos de um cardeal a missão mais difícil de sua vida.
A Outra Face de Deus reúne mistérios históricos, sociedades secretas, seitas satânicas, profecias cristãs e alta espionagem, em uma trama com reviravoltas surpreendentes, capaz de prender o leitor da primeira até a última página.
O enigma das estrelas:
Antes de ser queimado em praça pública, um padre amaldiçoa Morro do Ferro. Pouco depois, luzes misteriosas começam a perseguir seus moradores.
O vilarejo mineiro, cercado por erosões sinistras, é o destino das férias de julho de cinco amigos: Jonas, Alfredo, Carola, Carmem e Vicentinho.
No primeiro volume da saga Clube dos Mistérios, a turma é encorajada a acampar no topo do Morro dos Anjos. Uma experiência do outro mundo marcará suas vidas. Para sempre.
Prepare-se para desvendar o enigma das estrelas. Mas tome cuidado. Alguém pode estar observando seus passos...
Entrevista:
1- Primeiramente, é uma grande satisfação poder fazer essa entrevista com você, Farah. Ao ler sua obra, notei que você é um jornalista. Como foi para você escrever um livro fantástico, totalmente diferente de sua profissão?
É uma satisfação ser entrevistado pelo blog. A experiência como jornalista aprimorou minha habilidade para contar histórias. Comecei nesta carreira como repórter em uma revista semanal. Para escrever uma matéria, é preciso prender a atenção do leitor no primeiro parágrafo. E fazê-lo não desistir no meio do caminho. Ao escrever perfis, iniciava com uma história marcante da personagem central. E procurava manter o interesse das pessoas pelo protagonista no decorrer do texto. Um ficcionista tem o mesmo objetivo do repórter de impresso – prender o leitor da primeira até a última linha – e usa os mesmos instrumentos – a palavra escrita e a criatividade.
Não à toa, diversos autores aclamados saíram de redações jornalísticas. O jornalismo é uma escola excepcional para quem quer se aventurar na ficção. Posso afirmar que o ficcionista é o repórter da imaginação.
2- Ao ler a obra, é possível notar uma vasta pesquisa sobre lugares, culturas e sobre a ideia da criação dos ETs. Quanto tempo você levou para concluir o livro?
Quando começo a escrever uma história, ela está pronta na minha cabeça. Isso significa que a maior parte das peças de um amplo quebra-cabeças já foi juntada. Como é o processo? A mente se apropria de diversos lugares pelos quais passei, pelos quais gostaria de ter passado, histórias reais ou imaginárias, banais ou fantásticas. E, quando percebo, os personagens mergulham em um universo conhecido e, ao mesmo tempo, estranho.
Desde minha adolescência, coleciono histórias sobre aparições alienígenas e supostas abduções de seres humanos. Mas nunca vi nada parecido com o que acontece no meu livro. Aqui entra o trabalho do ficcionista: transformar algo familiar em inédito. Respondendo sua pergunta (risos): Demorei duas semanas para escrever a primeira versão do livro.
3- Escrever para o público infanto-juvenil é uma tarefa bastante complexa, requer uma escrita chamativa e uma fantasia bem criada, o que não falta em sua obra. De que maneira você compreendeu o gosto pelo gênero desse público alvo para despertar o gosto pela leitura?
Obrigado pelos elogios. Geralmente, os autores de livros juvenis já passaram por essa fase da vida. Os sentimentos, as percepções e as aspirações daquela época não se perdem, apenas ficam guardados. Quando o escritor consegue resgatá-los e colocá-los no papel, desperta o interesse do público-alvo. Não basta o desejo de escrever uma aventura sobre luzes misteriosas e alienígenas bizarros, por exemplo. É preciso acampar com os personagens em uma área deserta e sentir o coração acelerar a cada barulho estranho, a cada movimento suspeito. É preciso olhar para a escuridão e enxergar coisas que um adulto deixou para trás.
4- O Clube dos Mistérios será uma saga com cinco livros. Como surgiu a ideia para a criação dessa série?
Pretendi criar uma série de aventura aproveitando os temas que me fascinavam quando eu era adolescente. São cinco (o primeiro é a ufologia), por isso, há cinco protagonistas. E, em cada volume, um deles terá um destaque especial. Adianto que o segundo volume é sobre comunicação com os mortos por meio da famosa brincadeira do copo. Dessa vez, o Alfredo é o dono da bola.
5- Aos que leram O Enigma das Estrelas, o primeiro volume da saga, quando terão a oportunidade de ler o segundo livro da série? Tem data prevista para a Geração Editorial lançar o segundo volume do Clube dos Mistérios?
A previsão é que o segundo volume, A Diversão dos Mortos, seja lançado em setembro deste ano. No momento, trabalho no terceiro livro da coleção. A única coisa que posso adiantar sobre ele é que o título terá exatamente 18 letras, como os dois primeiros.
6- Além dessa série, você tem outros livros publicados ou algum em fase de conclusão? Conte-nos um pouco sobre suas obras.
Tenho livros para todas as faixas etárias (risos). Para os pequenos leitores, publiquei Pum de Peixe (Abacatte) e As Aventuras de Pépin, o Pequeno Peregrino(Lê). A coleção Clube dos Mistériosé direcionada ao público infantojuvenil. A ideia é que os leitores cresçam com os personagens. Isso significa que a trama se tornará mais complexa a cada volume. E os conflitos assumirão outros contornos.
Em 2012, publiquei meu primeiro romance adulto, A Outra Face de Deus. O thriller, primeiro de uma trilogia, se passa em Londres e envolve um exorcista italiano e um jornalista inglês. Juntos, eles precisam decifrar enigmas históricos para impedir que o diabo reescreva o Apocalipse. Teve uma ótima repercussão na imprensa brasileira. O estilo foi definido como “uma agradável combinação de Dan Brown e Stephen King com saborosas pitadas de sir Arthur Conan Doyle”. É um projeto promissor. No entanto, a editora (RAI) quebrou cláusulas contratuais. Consegui reaver os direitos autorais e estou em busca de uma nova casa para esse projeto.
7- Novamente, Farah, foi uma enorme satisfação poder entrevistá-lo. Ler sua obra foi bastante gratificante. Uma leitura agradável, misteriosa e descontraída. Queremos agradecer, novamente, por aceitar nosso convite. Deixe uma mensagem àqueles que leram sua obra e aos que ainda lerão.
Não acredite em nenhum deus-serpente que cruzar o seu caminho. E se uma nave pousar perto de você, corra o mais rápido que puder. O passeio não compensa.
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